quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Cotações da soja experimentam novas máximas na Cbot mas realização de lucros devolvem os ganhos e mercado fecha de lado

A soja iniciou este mês experimentando novas máximas nas cotações de Chicago, contudo, vendas de fundos retiraram os ganhos do início do pregão, trazendo as cotações de volta ao nível do dia anterior.

O mercado continua seguindo de perto o comportamento dos mercados financeiros, com fundos de commodities detendo grande parte dos contratos em aberto (39,66%) e realizando posições de acordo com o comportamento do Dólar frente às demais moedas internacionais.

Nos fundamentos, as expectativas dos participantes se dividem. De um lado temos a forte demanda chinesa dando suporte às cotações. Do outro, a estimativa de um aumento de 18,7% na safra mundial pressionando.

Particularmente, acredito que as cotações continuarão seguindo de perto os mercados financeiros e que no primeiro sinal de problemas, o peso dessa super safra derrubará as cotações da soja.

Aumento das exportações de milho revigora a expectativa de melhora nas cotações

Inicio meus comentários de dezembro sobre o mercado de milho com boas expectativas aos produtores desse cereal. Isso porque desde outubro, enquanto observávamos uma forte queda nas cotações do milho no mercado interno, em Chicago as cotações caminharam no sentido contrário. Por outro lado, em outubro e novembro, o Real não manteve a mesma tendência de valorização observada no período anterior. Esses fatores juntos tem resultado em uma melhora da paridade de exportação, tornando o milho brasileiro mais competitivo no mercado internacional. Confirmação disso é o aumento das exportações em novembro, que registrou um volume de 1,08 milhão. Mesmo assim, as exportações precisam atingir a marca de 1,46 milhões de toneladas para que se confirme a estimativa da Conab de exportações de 8 milhões.

Voltando ao cenário internacional, a desvalorização do dolar e as chuvas sobre a região produtora norte americana ainda dão suporte às cotações na Cbot. A expectativa sobre o a demanda de milho para produção de etanol nos EUA também são otimistas e devem dar um bom suporte às cotações. Em 2010 o governo americano tomará sua decisão sobre o aumento do percentual de etanol na gasolina daquele país. A expectativa é que aumente de 10% para 15%.

Portanto, caros leitores, acredito que este seja o ponto de uma inversão de tendência. Mesmo considerando o elevado nível dos estoques atuais.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Cotações futuras do milho fecham em alta com compras especulativas para realização de lucros

As cotações futuras do milho encerraram essa quinta-feira em alta, com compras especulativas para realização de lucros. Essa alta, que começou no after da quarta-feira, veio com a lei que aprovou aumento no repasse de verbas ao Ministério da Agricultura e Pecuária as quais serão destinadas para formação de estoques governamentais e seguro safra. Também fez parte a alta que houve na quarta-feira nas cotações da Cbot. A expectativa de que parte destes recursos fossem destinadas aos leilões de milho da Conab foi assim o principal motivo para ativar o desejo de compras.

Enquanto isso, no mercado físico, os preços seguem sua tendência de baixa. Os estoques estão em níveis muito elevados e significativa parte da safra ainda não foi comercializada. Com isso os compradores seguem sua estratégia de adquirir somente o suficiente para as necessidades de curto prazo, aguardando preços mais baixos. Para hoje acredito que o mercado devolva os ganhos de ontem e feche em baixa.

Nervosismo do mercado financeiro derruba cotações da soja no eletrônico

O mercado interno de soja ficou travado nessa quinta-feira devido à ausência do referencial da Cbot que não operou ontem por causa do feriado de ação de graças nos EUA.

Enquanto isso, o anúncio de Dubai sobre a renegociação de dívidas deixou o mercado nervoso, com medo de um calote de aproximadamente US$ 80 bilhões.

Como resultado o Dólar se valorizou com a corrida dos mercados por proteção. O resultado dessa valorização já se reflete no eletrônico da Soja Cbot, com baixa em torno a 20 pontos passando (09h00) a testar incisivamente o suporte. Para hoje, o mercado deve observar atento ao relatório de vendas para exportação dos EUA, além, é claro, do comportamento dos mercados financeiros. A minha expectativa é que o mercado financeiro continue negativo hoje, o que deve manter as cotações da soja em baixa. O suporte desse mercado vai depender dos resultados das exportações, as quais estão em forte crescimento nos EUA.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Cotações da soja oscilam dentro de canal de consolidação na Cbot

No mercado interno de soja, o dia foi de fraca comercialização com os participantes atentos ao movimento de consolidação das cotações na Cbot e do Real x Dólar.

Na Cbot, as cotações da soja estão se mantendo acima dos US$10,00/bushel, com suporte da demanda internacional pela oleaginosa e também na desvalorização do Dólar. O movimento é de consolidação, já que os participantes desse mercado estão diante da entrada da safra norte americana e também a expectativa de uma safra muito maior na América do Sul.

Hoje não haverá pregão na Cbot devido ao feriado de Ação de Graças.

Milho: em forte tendência baixista, o mercado atenta às cotações internacionais

O mercado de milho encontra-se ainda em tendência de baixa, com estoques elevados e compradores adquirindo somente o necessário para as necessidades de curtíssimo prazo. Com isso, o indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa já acumula 5,75% de baixa no mês. Na BM&F os contratos futuros seguem o mesmo rítmo. Para hoje, as cotações esboçam uma leve recuperação. Os participantes, sabendo da dependência do mercado interno em relação às cotações internacionais, aproveitaram a forte alta de ontem na Cbot para realizar lucros liquidando posições vendidas. Por outro lado, a aprovação de lei permitindo o aumento do repasse de verbas suplementares para o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) - R$ 782,71 milhões - também serviu de fator para impulsionar as compras especulativas. A expectativa é que o Mapa destine parte desses recursos para realização de mais leilões. Contudo, a maior necessidade hoje é de escoamento dos estoques. Por isso, acredito que qualquer atuação do governo no sentido de comprar milho do mercado será pontual. Continuamos na dependência do mercado externo. Quem estiver na torcida para um aumento dos preços no mercado interno deve continuar rezando para aumentar a paridade de exportação. Ou seja, reza para o Real não se valorizar mais e as cotações em Chicago subir.

Retorno das análises de milho e soja

Caros leitores,

a partir de hoje retomaremos as análises diárias dos mercados de milho e soja. O blog Azimute Agronegócios pede desculpas pelo inconveniente.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Soja: após iniciar o dia com fortes ganhos, realização de lucros devolvem os ganhos do dia na Cbot

A Cbot inciou o dia com fortes ganhos do noturno, contudo, no decorrer do pregão devolveu os ganhos encerrando com as cotações praticamente iguais ao fechamento anterior.

Os participantes do mercado iniciaram o dia acompanhando o bom desempenho do petróleo e do ouro, devido à desvalorização do Dólar. Contudo, ao final do dia o Dólar se fortaleceu puxando para baixo todas as commodties utilizadas pelos fundos para hedgear suas carteiras contra inflação.

Nos fundamentos, o mercado continua encontrando suporte do lado da demanda. Hoje as atenções estão voltadas para dois importantes relatórios dos EUA, o de vendas para exportação pelo USDA e o de esmagamento em outubro pelo Census Bureau. A expectativa para o relatório de vendas semanais para exportação é de 1 milhão de toneladas. Para o Census Bureau, o mercado aguarda um número ainda maior que a estimativa divulgada segunda-feira pelo National Oilseeds Processors Association (NOPA), já que esta última engloba somente as esmagadoras associadas. Segundo a NOPA, o esmagamento em outubro foi de 155,3 milhões de bushels, bem acima do que esperava o mercado.

Milho: estoques elevados + aumento da oferta + compradores retraídos = baixa

Com o aumento das ofertas de milho pelos produtores os preços no mercado físico ficam pressionados.

Os compradores estão mantendo sua estratégia de comprar apenas o suficiente para as necessidades imediatas, confiantes de que poderão comprar a preços mais baixos. Diante de um cenário de estoques elevados, baixa demanda para exportação e pressão para desocupação dos silos para entrada da safra de soja, a expectativa é que o mercado siga em sua tendência de baixa.

O reflexo dessa expectativa se traduz na atual tendência baixista sobre os contratos futuros do milho na BM&F.

No cenário externo, a Cbot ontem fechou em baixa após registrar alta no início do pregão. As cotações acompanharam inicialmente a desvalorização do Dólar e alta do petróleo, contudo, ao final do dia, com a queda desses ativos os fundos se tornaram vendedores e o milho acabou encerrando no negativo. Nos fundamentos, a previsão de chuvas e neve no cinturão produtor deve atrasar a colheita o que pode significar suporte para as cotações. Ainda nos EUA, será divulgado hoje pelo USDA o relatório de vendas semanais para exportação. O mercado espera que as vendas semanais para exportação fiquem em 488,5 mil toneladas.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

As cotações da soja são as maiores em três meses

As cotações da soja, que iniciaram a terça-feira em baixa, acompanhando a força do Dólar, inverteu a tendência durante o dia para encerrar com a maior cotação desde 14 de agosto de 2009 no vencimento jan/10 da Bolsa de Chicago.

Os fundos especulativos sairam às compras e os motivos são claros: a) a demanda internacional e principalmente chinesa continua acima do que foi previsto pelo USDA; b) A demanda interna norte-americana para processamento está melhor que o esperado pelo mercado; c) A safra da Argentina deve sofrer perdas devido à seca que vinha atingindo a região; d) A tendência baixista do Dólar tornando o preço relativo da soja mais barato para outras moedas e atraindo compras para proteção contra inflação.

Todos esses motivos influenciaram o mercado ontem a se descolar do Dólar e encerrar em forte alta. Contudo, a tendência é que esse mercado continue seguindo o comportamento dos mercados acionários e do Dólar.

Aumenta a pressão baixista sobre o mercado de milho

O mercado físico do milho está sofrendo com a pressão baixistas sobre os preços devido ao elevado nível dos estoques. Desta vez os produtores aumentaram as ofertas enquanto os compradores ficam retraídos. Os produtores do Mato Grosso foram ontem reivindicar ao governo a realização de novos leilões e o escoamento do milho estocado nos armazéns da Conab, liberando espaço para entrada da safra de soja que começa a ser colhida em janeiro. O Ministério da Agricultura não descartou a possibilidade,contudo, afirmam que já estouraram o orçamento e estão dependentes de aprovação de novos recursos.

Enquanto isso, na BM&F, as cotações futuras seguem sua tendência de baixa. A expectativa dos participantes desse mercado é que o governo não realizará mais leilões devido questões orçamentárias. Além disso, mesmo que os estoques da Conab comecem a ser liberados agora, a logística não possibilitará o escoamento até entrada no mercado da soja.

A esperança dos produtores hoje está sobre o aumento da demanda para exportação. Para isso, é necessário que as cotações na Cbot se mantenham nessa tendência de alta e que o Real não se valorize contra o Dólar.

Ontem na Cbot, as cotações encerraram em leve baixa. Contudo, deve-se notar que o mercado suportou toda pressão baixista vinda do fortalecimento do Dólar e da baixa no petróleo. A preocupação está sobre a qualidade do milho norte-americano, o que serviu de suporte às cotações. Outro motivo que evitou uma baixa maior foi a forte alta observada nos mercados vizinhos, soja e trigo.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Dólar fraco e demanda forte impulsionam as cotações da soja na Cbot

As cotações da soja apresentaram forte valorização ontem em Chicado por conta da compras de fundos que procuraram se proteger contra a desvalorização do Dólar e acompanhando a forte alta nas cotações do petróleo e do ouro. Além disso, a forte demanda por soja continua servindo de suporte. Ontem, a Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos EUA divulgou uma estimativa de esmagamento de 155,262 milhões de bushels, aproximadamente 18 milhões de bushels acima da expectativa do mercado. Apesar do forte aumento no esmagamento norte americano, os estoques de óleo aumentaram pouco, de 2,289 bilhões para 2,262 bilhões de pounds. Isso porque a oferta ainda foi restrita em setembro devido ao apertado estoque de soja no mercado. Assim, espera-se uma mudança desse cenário com a entrada no mercado desta safra norte americana. Os indicadores da exportação norte americana da oleaginosa também seguem firmes. As inspeções semanais de exportação, divulgadas ontem pelo USDA, ficaram no topo das expectativas. Aqui no Brasil, as estimativas apontam que mais de 60% do cultivo já foi realizado, mas o clima chuvoso atrapalha o andamento. A previsão é de continuidade. Na Argentina, por outro lado, as chuvas estão sendo benéficas. O cenário é benéfico para as cotações da soja, contudo, atenção especial deve ser dada ao Dólar. Também deve-se atentar que as cotações acima dos US$10,00/bushel é atrativa para a realização de hedge dos produtores, o que deve atrair vendedores ao mercado.

Forte alta na Cbot dá suporte às cotações do milho no mercado interno

O mercado físico de milho segue com fraca comercialização e pressionado pelo elevado nível dos estoques e mínima possibilidade de realização de novos leilões da Conab para auxiliar nas exportações. Na BM&F, as cotações também seguem pressionadas, contudo, no after-market de ontem ensaiou-se uma leve recuperação devido à alta de Chicago. Percebe-se que o mercado continua acompanhando de perto qualquer movimento que possa resultar em maior demanda externa para o milho brasileiro. Mesmo assim, o mercado não deve demonstrar maior interesse de compra enquanto não se observar a realização desta alta externa na demanda para exportação. Nos EUA, as cotações voltaram novamente a testar os US$ 4,00/bushel no contrato mais curto. A forte alta foi resultado de compras de fundos de hedge buscando proteção contra a desvalorização do Dólar. Outro motivo para alta é a preocupação do mercado norte americano com a alta incidência de vomitoxina no milho. Por esse motivo a CBOT anunciou que irá fazer mudanças nos contratos futuros para resguardar a qualidade do milho negociado na bolsa. Essa mudança pode resultar em menor volume de liquidação de contratos por entrega física de milho. Além disso, o ritmo da colheita continua sendo alvo da preocupação dos traders. Ontem o USDA divulgou que a colheita norte americana está em 54% da área plantada nos EUA, dentro das expectativas do mercado mas bem abaixo dos 77% registrados nesse mesmo período na safra passada. Por outro lado, as exportações americanas seguem abaixo das estimativas do USDA.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O mercado de soja opera sem direção definida enquanto aguarda maiores novidades dos fundamentos.

O pregão de soja nesta quarta-feira na Cbot operou sem uma direção definida. Os participantes desse mercado encontram-se indecisos devido aos balanceamento entre os fatores de alta e de baixa, ou seja, existentes tando do lado da oferta (safra recorde dos EUA) quando da demanda (refletida na forte demanda para exportação dos EUA).

Enquanto não surgem novidades mais significativas dos fundamentos, o mercado segue acompanhando o comportamento dos mercados financeiros e do petróleo, com grande participação de fundos especulativos.

Nos fundamentos, as previsões continuam apontando trégua para avanço da colheita nos EUA, o que é um fator baixista. Segundo o USDA, a colheita já atinge 75% da área de soja nos EUA e, segundo especialistas, ela deve terminar dentro de 10 a 15 dias.

Aqui no Brasil o plantio avança e já temos 71% da área cultivada, ante 56% em mesmo período do ano passado.

Na Argentina, o clima seco dificulta o trabalho de plantio pois dificulta a germinação das sementes. Contudo, há previsão de chuvas naquela região ainda esta semana.

Mesmo com alta nas cotações internacionais, valorização do Real impossibilita recuperação no volume exportado de milho

As cotações futuras do milho encerraram em mais um dia de baixa na BM&F.

Apesar dos produtores continuarem se recusando a aceitar os atuais níveis de preços, os compradores seguem a mesma estratégia e adquirem somente o necessário para as necessidades de curtíssimo prazo.

O mercado observa atentamente os atuais níveis elevados dos estoques, com grande parte da produção ainda a comercializar. Além disso, pouca gente acredita na possibilidade de uma recuperação das exportações sem o auxílio do governo através da realização dos leilões da Conab.

Se por um lado vê-se a possibilidade de alta nas cotações internacionais, devido à fraqueza do dólar contra as principais moedas internacionais e devido à alta no petróleo aumentando as margens das usinas de etanol nos EUA, essa mesma desvalorização também deixa o Real mais valorizado, anulando os ganhos nas cotações externas.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Mercado de milho atento ao relatório de oferta e demanda mundial divulgado hoje pelo USDA

O mercado físico do milho iniciou essa semana travado, com recuo de vendedores e compradores. O interesse de compradores para exportação aumentou, com a alta registrada na Cbot, contudo não houve oferta já que os preços ainda continuam abaixo do praticado no mercado interno. Segundo alguns traders, os participantes estão atentos à divulgação do relatório de oferta e demanda mundial de milho pelo USDA. A preocupação com esse relatório deve-se à expectativa de que uma redução na produção norte americana pode dar possibilidade à exportação ao milho brasileiro. Enquanto isso, as cotações futuras seguem pressionadas na BM&F.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O mercado de soja está pressionado pelo avanço da colheita nos EUA

As cotações da soja encerraram a sexta-feira em baixa na Cbot. O mercado continua acompanhando as previsões climáticas e, com a possibilidade de continuidade do clima seco durante essa semana, as cotações voltam a ficar pressionadas. Outro fator baixista é a produtividade que vem sendo alcançada pelos produtores norte americanos com o avanço da colheita. As elevadas produtividades estão eliminando o medo que o mercado tinha destas terem sido afetadas pelo atraso das lavouras, pelas chuvas e geadas.

Na sexta-feira, fatores externos aos fundamentos da soja também influenciaram negativamente nas cotações. A forte baixa no petróleo encadeada pelos número histórico de desemprego nos EUA acabaram inserindo mais pessimismo ao mercado.

O resultado técnico desse cenário de pressão baixista é que as cotações futuras acabaram rompendo importante suporte aos US$ 9,65/bushel no vencimento novembro/2009 da Cbot. Contudo, no eletrônico as cotações já devolveram dessa perda e já se posicionam acima deste suporte.

O mercado deve atentar essa semana para a divulgação do relatório de oferta e demanda mundial que será divulgado amanhã (10) pelo USDA e também ao relatório de vendas para exportação que será divulgado na sexta-feira (13).

Cotações do milho seguem tendência de baixa na BM&F, mas encontram suporte no físico

A semana passada registrou queda de 1,56% nos preços do milho no mercado físico. Esta baixa poderia ser maior não fosse a leve alta registrada na sexta-feira. O mercado continua com uma demanda pontual, enquanto a oferta segue restrita e a preços acima do mercado. Tal situação tem sido responsável pela manutenção, e até mesmo aumento, das cotações no mercado físico.

Na BM&F, as cotações seguem uma trajetória de baixa devido à ausência de expectativas altistas para o cereal. Nem mesmo a redução de área plantada para esta safra supera a expectativa de grande volume excedente de milho no mercado interno. Aliando-se esse cenário à pressão baixista na Cbot exercida pelo avanço da colheita de uma safra recorde nos EUA, a possibilidade de recuperação nas cotações futuras fica cada vez mais remota.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Cotações da soja sofreram forte baixa ontem na Cbot com realização de lucros

As cotações da soja encerraram o pregão de ontem em forte baixa na Cbot. Os fundos aproveitaram o dia de estabilidade do Dólar para realizar lucros.

A expectativa de que a safra norte americana de soja não sofreu perdas significativas com o clima adverso de outubro, além da expectativa de avanço da colheita na próxima semana estão pesando sobre as cotações.

Ontem, também pesou sobre as cotações o volume de vendas para exportação que ficou abaixo do esperado pelo mercado, com apenas 522 mil toneladas. Por outro lado, a expectativa é que a demanda siga forte e continue servindo de suporte para as cotações, podendo evitar quedas mais significativas.

Tecnicamente, as cotações estão testando o suporte. Somente com o surgimento de mais fatores baixistas para trazer as cotações abaixo deste suporte. Assim, hoje a soja deve acompanhar os mercados financeiros, principalmente o Dólar.

Queda nas cotações do milho acumulam 1,79% este mês no indicador ESALQ/BM&FBovespa

Após a forte alta ocorrida em setembro e a relativa estabilidade dos preços do milho Campinas em outubro, o indicador ESALQ/BM&FBovespa já acumula baixa de 1,79% neste início de mês.

As cotações futuras da BM&F também seguem o mesmo rítmo de baixa, contudo, ontem ficaram estáveis.

Os fundamentos desse mercado não são suficientes para determinar quais fatores de oferta e demanda terão mais impacto sobre os preços. Hoje, o excedente de milho no mercado interno e a dependência dos leilões da Conab para exportação são fatores baixistas para as cotações. Por outro lado, a restrição de oferta dos produtores, a demanda pontual dos compradores do mercado interno, a redução de área plantada com milho nesta safra e a baixa qualidade do milho do sul (devido ao excesso de chuvas) são fatores altistas.

Por enquanto, os fatores baixistas estão sendo mais significativos sobre a expectativa dos participantes dos mercados futuros.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Cotações da soja não se sustentam acima dos US$ 10,00/bushel

Mesmo com um dólar mais fraco e os ganhos observados no petróleo, as cotações da soja encerraram o pregão de ontem em baixa na Cbot.

O principal motivo foi atribuído à previsão de clima seco para a próxima semana no cinturão produtor dos EUA. Por outro lado, os preços acima de US$10,00/bushel tornam a venda muito atraente, já que este é uma resistência psicológica muito forte.

Para hoje as atenções estão todas voltadas para o relatório de vendas semanais para exportação dos EUA que será divulgado pelo USDA. A expectativa do mercado é que o volume fique acima de 700.000 toneladas. Caso se confirme essa expectativa, a soja encontrará significativo suporte.

Mercado físico de milho com preços estáveis enquanto na BM&F as cotações fecham em mais um dia de baixa

O mercado físico de milho segue com preços estáveis e pontualidade nos negócios. Os compradores têm observado a baixa qualidade do milho ofertado no Paraná devido às chuvas, o que também dificulta as negociações. Hoje será realizado mais um leilão de PEP no Mato Grosso para 130 mil toneladas do cereal. Os prêmios variam entre R$5,40/saca (Sul) e R$6,60/saca (Norte). Enquanto isso as cotações futuras encerram em mais um dia de baixa, sendo a maior no vencimento janeiro/2010. Na Cbot o mercado de milho também fechou em baixa, devolvendo parte dos lucros do pregão anterior. Segundo traders locais, a possibilidade de clima seco na próxima semana no Meio Oeste americano foi o principal motivo da baixa.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Cotações da soja seguem firmes em Chicago, rompendo a resistência psicológica dos SU$ 10,00/bushel

As cotações da soja encerraram essa terça-feira em mais um dia de alta na Cbot, rompendo mais uma vez a barreira psicológica dos US$10,00/bushel.

O mercado ignorou a firmeza do Dólar frente às demais moedas e acompanhou a forte alta do petróleo e recuperação nos mercados acionários. Além disso, as previsões de chuvas para a semana também serviram de suporte.

Contudo, o principal suporte deste mercado continua sendo a forte demanda, traduzida nos relatórios de vendas para exportação e inspeção das exportações nos EUA. Estes vêm se apresentando firmes nas últimas seis semanas, posicionando as exportações acumuladas do ano significativamente acima das estimativas do USDA.

O atual nível de preços é bastante atrativo para os produtores norte americanos fazerem hedge, o que significa uma resistência contra altas mais significativas já que estes devem entrar no mercado vendendo. A permanência das cotações neste patamar depende agora do comportamento dos mercados acionários, do dólar, do clima no cinturão produtor e, principalmente, das exportações. Assim, atenção especial deve ser dada ao relatório de vendas para exportação que será divulgado amanhã pelo USDA.

Exportações de milho ficam em 817,9 mil toneladas em outubro, volume abaixo das expectativas.

No mercado físico os preços seguem estáveis com mercado sem liquidez.

Nos fundamentos as novidades ficam por conta do avanço do plantio e dos números da exportação de milho. O plantio avança com a trégua das chuvas, atingindo 80% no Paraná, 62% no Rio Grande do Sul, 60% no Mato Grosso, 62% em Goiás e 68% em São Paulo.

As exportações de outubro, segundo o Secex, foram de 817,9 mil toneladas. Esse volume representa um bom volume, contudo, ficou abaixo da expectativa, já que no levantamento dos line-ups dos portos, feito pela agência Safras, apontava um volume superior a 1 milhão de toneladas.

Enquanto isso, na BM&F as cotações encerraram o dia em baixa, mas ainda se movimentando dentro do canal de consolidação. O spread entre os vencimentos em aberto na BM&F voltam a se fechar mais uma vez devido à baixa mais forte nos vencimentos curtos (entressafra) que nos vencimentos mais longos (safra).

Na Cbot, o mercado contrariou a expectativa de devolução dos ganhos e fechou em mais um dia de alta. As cotações reverteram uma tendência inicial de baixa acompanhando o bom desempenho dos mercados acionários ao final do dia, a forte alta no petróleo e também precificando o risco associado à previsão de chuvas para essa semana no cinturão produtor dos EUA.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Mercado de soja segue com grande volatilidade diante de fortes fundamentos de oferta e de demanda

O mercado de soja encerrou a semana pressionado pela valorização do Dólar e pessimismo nos mercados acionários mundiais. Por outro lado, a demanda crescente ainda impõe forte suporte. Ontem, o mercado devolveu toda perda da última sexta-feira e encerrou em forte alta na Bolsa de Chicago. Os ganhos iniciaram-se no eletrônico noturno e muitos analistas atribuíram essa recuperação inicial à desvalorização do Dólar. Contudo, no decorrer do pregão de ontem, o Dólar voltou a se valorizar sem, contudo, pressionar as cotações da soja. O principal motivo foi a divulgação do relatório de inspeção semanal das exportação dos EUA, que veio bem acima do esperado pelo mercado pela sexta semana consecutiva. Quanto ao clima nos EUA, esse final de semana foi de clima seco e ensolarado, o que pode significar grande avanço na colheita da oleaginosa. O mercado espera que a colheita agora fique acima de 55% da área cultivada, ante 44% na semana anterior. Para esta semana, o mercado deve continuar apresentando grande volatilidade, acompanhando a pressão baixista da colheita, a volatilidade do Dólar e os relatórios demonstrativos da demanda. O suporte está posicionado a US$9,60/bushel e a resistência a US$10,00/bushel no vencimento maio/2009.

Cotações futuras do milho oscilam dentro de canal de consolidação

O mercado de milho encerrou a semana em ritmo lento de negociações e preços estáveis. A restrição de oferta dos produtores ainda oferece suporte às cotações enquanto a necessidade de reposição de estoques dos setores consumidores obriga a aceitação do atual nível de preços. Contudo, essa demanda é pontual, comprando somente o necessário para as necessidades de curtíssimo prazo.

Na BM&F as cotações encerraram a semana em leve baixa, se posicionando dentro de um novo canal de consolidação formado entre o suporte a R$20,50/saca e a resistência a R$ 20,80/saca no vencimento janeiro/2010. Os participantes desse mercado acompanharam atentos à forte baixa na Cbot e consequente queda nos referenciais para exportação de Paranaguá-PR.

Para hoje, há possibilidade do mercado testar a resistência do canal de consolidação, acompanhando a forte recuperação nas cotações do milho na Cbot essa segunda-feira. Contudo, não deve ter forças para rompê-lo devido à situação dos fundamentos no mercado interno.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

As cotações da soja fecham em baixa mas encontram suporte.

As cotações da soja encerraram essa quarta-feira em mais um dia de baixa na Cbot, contudo, desta vez encontrando um suporte bem mais próximo. O mercado segue acompanhando a forte valorização do dólar e a queda nos mercados acionários.

O suporte vem da expectativa de continuidade da forte demanda asiática pela soja norte americana. Nesse ponto, é válido acompanhar o relatório de vendas semanais para exportação que será liberado hoje. A expectativa do mercado é que estas vendas fiquem em aproximadamente 987 mil toneladas.

As previsões climáticas para a região produtora dos EUA (Meio-Oeste) ainda apontam clima chuvoso para esta semana, contudo, para a próxima, apresenta uma janela de clima seco. Tal fator também vem servindo de pressão baixista para as cotações.

Mercado físico do milho segue sem liquidez mas com leve alta nos preços enquanto as cotações futuras assumem tendência baixista

Os preços do milho no mercado físico seguem com valorização contudo em um mercado sem liquidez. O indicador ESALQ/BM&FBovespa do milho (região de Campinas – SP) traduz esses ganhos do mercado físico com alta acumulada de 7,64% na parcial do mês. Segundo a Agência Safras, nas demais regiões produtoras os preços também ficaram entre estáveis a mais firmes.

No MT, o mercado deve seguir travado até a realização do próximo leilão da Conab (150 mil toneladas de PEP de milho) que está programado para o dia 05/11.

A demanda pontual que tem gerado essa alta no milho vem do bom desempenho nas vendas de frango e suínos. Contudo, os compradores seguem adquirindo somente o necessário para o curtíssimo prazo devido à expectativa de queda nos preços.

Na BM&F, ao contrário do que acontece no mercado físico, as cotações futuras seguem uma tendência de baixa. A expectativa é que, mesmo com o bom volume de exportações que devem ser registrados nesse mês devido ao apoio da Conab, os estoques de milho do país devem exercer pressão baixista sobre as cotações. Por outro lado, as forte baixa nas cotações da Cbot também pressionam as cotações interno. Por enquanto, esse efeito tem sido amenizado na paridade de exportação pela desvalorização do Real frente o Dólar. Mesmo assim, com a forte baixa na Cbot deixa os compradores para exportação fora do mercado.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Cotações da soja despencam com fortalecimento do Dólar e previsão de clima seco nos EUA

Esta terça-feira se configurou em mais um dia de forte baixa para a soja na Cbot. O mercado cedeu diante da valorização do Dólar, que foi responsável pela queda das cotações da maioria das commodities agrícolas. Também influenciou para a pressão baixista a previsão de clima seco para a próxima semana possibilitando o avanço da colheita. Os fundos estão aproveitando para embolsar os lucros das últimas altas, já que, mesmo com o atraso na colheita, a expectativa ainda é de uma safra recorde nos EUA. O mercado deve continuar seguindo a força do Dólar contra as principais moedas internacionais, contudo deve encontrar suporte na demanda asiática pela oleaginosa.

Enquanto os preços do milho ficam estáveis no mercado físico, nos futuros seguem tendência de baixa

O leilão de PEP realizado ontem negociou 100% dos lotes ofertados e teve deságio no prêmio pago pelo governo devido disputa pelo mesmo. Segundo levantamento da Aprosoja, entre todos leilões realizados pela Conab para esta safra foram negociados cerca de 65% da produção de milho do Mato Grosso. Contudo, os produtores reinvidicam mais um leilão de 800 mil toneladas, já que os estoques ao norte do Estado ainda estão repletos. Enquanto isso, o mercado físico segue com pouco volume de negócios e preços estáveis. Na BM&F as cotações seguem uma tendência baixista. Na Cbot, as cotações também cederam com a forte valorização do Dólar. Apesar da previsão de clima úmido no Meio-Oeste dos EUA para esta semana, é esperado clima seco para a próxima semana possibilitando avanço da colheita, o que também serviu para pressionar as cotações do milho.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Força do Dólar e previsão de clima seco nos EUA derrubam cotações da soja

As cotações da soja, que iniciaram o dia em alta e acima dos US$10,00/bushel, não resistiram às pressões baixistas do dia e fecharam em forte baixa. O lado negativo para a soja veio da valorização do Dólar diante das principais moedas internacionais e também das previsões de clima seco para o decorrer da semana. Além desses fatores, os US$ 10,00/bushel é uma forte resistência psicológica que atraiu as vendas especulativas.

Forte baixa nas cotações do milho Cbot pressiona mercado interno

Enquanto no mercado físico os preços do milho encontram suporte na retração dos produtores em comercializar nos atuais níveis de preços e na demanda pontual dos compradores, na BM&F as cotações seguem em baixa. Ontem, o principal fator a pressionar o mercado nacional foi a forte baixa nas cotações do milho na Cbot, que cederam às previsões de clima mais seco e, principalmente, à forte valorização do Dólar contra as principais moedas internacionais. Tal cenário só não foi pior ao Brasil devido à desvalorização do Real contra o Dólar, que eliminou parte do efeito da baixa da Cbot sobre a paridade de exportação.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A expectativa é que as cotações da soja fiquem de lado essa semana

Na sexta-feira, as cotações da soja na Cbot iniciaram o dia em forte alta, rompendo a resistência dos US$10,00/bushel, contudo, ao longo do dia os ganhos foram devolvidos e as cotações encerraram o pregão praticamente estáveis.

O mercado continua adicionando prêmio de risco devido às previsões de continuidade das chuvas no Meio-Oeste americano, que atrapalham a colheita. A forte demanda asiática pela oleaginosa norte americana também está dando suporte às cotações.

Se por um lado esses fatores servem de suporte às cotações, por outro temos a expectativa de uma safra recorde servindo de resistência contra altas mais significativas. Assim, a expectativa para esta semana é que o mercado siga de lado, sem fortes ganhos ou perdas, enquanto não surgirem novidades nos fundamentos.

Milho com preços firmes no mercado físico mas sob pressão baixista nos futuros

O mercado físico de milho segue com poucos negócios devido à retração de compradores, a espera de preços mais baixos, e dos produtores, que se recusam a aceitar os atuais níveis de preços. Os poucos negócios realizados apontam a firmeza dos preços, contudo, o baixo volume denota a fragilidade do mercado.

No Mato Grosso os participantes aguardam o leilão de PEP da Conab para 300 mil toneladas de milho que será realizado amanhã. Contudo, a baixa registrada na Cbot na sexta-feira derrubaram os preços ofertados para exportação em Paranaguá, o que pode significar retração na demanda para este leilão.

Na BM&F, as cotações futuras encerraram entre estáveis a leve baixa. O mercado está se movendo dentro de um canal de consolidação, contudo a pressão baixista se faz mais presente.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Cotações da soja disparam no eletrônico da Cbot rompendo a resistência dos US$10,00/bushel

As cotações da soja encerraram o pregão de ontem em leve baixa na Cbot, com vendas especulativas de fundos pressionando o mercado em dia de pouco movimento. Contudo, no eletrônico (noturno) as cotações já estão em forte alta.

O mercado continua sendo fortemente influenciado pelo clima na região produtora dos EUA, onde a previsão aponta mais chuvas atrapalhando o andamento da colheita. Contudo, o risco de quebra de safra nos EUA é pequeno.

Por outro lado as exportações seguem elevadas, principalmente com as compras chinesas para formação de estoques daquele país. Segundo o USDA, na última semana foram comercializados 987,3 mil toneladas para exportação. Vale lembrar que, no acumulado desse ano safra dos EUA, as vendas para exportação estão aproximadamente 63% acima do que foi projetado pelo USDA.

Acompanhando esses fundamentos e a desvalorização mundial do Dólar que os traders noturnos da Cbot (boa parte dos mercados asiáticos) impulsionaram as compras levando as cotações da soja de forma a romperem a forte resistência dos US$10,00/bushel que vinha sendo testada nas últimas semanas. Agora o mercado volta a operar no mesmo patamar observado no início de agosto/09.

Minha expectativa é que, enquanto as previsões apontarem chuvas no Meio-Oeste americano, as cotações devam se manter firmes no curto prazo, com auxílio da forte demanda chinesa e da fraqueza do dólar. Contudo, com o avanço da colheita, o mercado deve impor uma forte resistência contra altas mais expressivas.

Participantes dos mercados futuro e físico aguardam maiores definições dos fundamentos e cotações ficam estáveis

As cotações do milho, tanto no mercado futuro (BM&F) quanto no físico, ficaram relativamente estáveis nessa quinta feira.

No mercado físico os produtores ainda seguram a oferta para obter melhores preços enquanto a demanda segue comprando somente "da mão pra boca", ou seja, o mínimo diante do necessário.

No Paraná, as chuvas atrapalham o plantio do milho e da soja. Enquanto em período igual do ano passado já haviam sido plantados 82% da área total de milho, esse ano o plantio está em aproximadamente 69% do total estimado. Já o atraso no plantio da soja, pode significar problemas para a safrinha do miho, que é plantada após colheita da soja. Esse atraso pode aumentar o risco para o cultivo da safrinha naquela região e, juntamente aos preços baixos, resultar em uma redução ainda maior da projeção para a safra 2009/10 de milho.

Por outro lado, até o mês de setembro, 40% do total comercializado de sementes foram transgênicas. Segundo especialistas no assunto essas novas variedades reduzem a necessidade de aplicação de defensivos (reduz os custos) e aumenta a produtividade em aproximadamente 15%. Desta forma, espera-se que parte da redução de área para esta primeira safra de milho seja compensada pelo ganho de produtividade.

Já na BM&F, o mercado já não enxerga fundamentos que justifiquem uma alta mais expressiva nas cotações. Com o forte volume de exportações desse mês de outubro, os estoques ficam em níveis mais confortáveis, contudo, a oferta ainda é maior que a demanda interna. A expectativa é que o milho futuro siga relativamente estável mas prevalecendo a pressão baixista.

Enquanto isso, é válido observar o comportamento do câmbio e das cotações internacionais, já que as exportações continuam sendo o "calcanhar de aquiles" do mercado interno.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A desvalorização do Real neutralizou a queda nas cotações da soja na Cbot

As cotações da soja encerraram essa terça-feira em baixa na Cbot diante de vendas especulativas. O mercado continua fortemente influenciado pela situação climática no cinturão produtor dos EUA, onde o clima continua seco e a colheita avança sem problemas. Por outro lado, a forte desvalorização do Real contra o Dólar ajudou a neutralizar as perdas na Cbot, sustentando os preços no mercado interno. Devemos continuar atentos ao avanço da colheita nos EUA e, portanto, às previsões climáticas para aquela região. Tecnicamente, as cotações devem continuar se movendo dentro do canal de consolidação formado desde a última semana.

Governo anuncia mais um leilão de PEP para o milho de Mato Grosso

O mercado físico do milho segue com baixo volume de negócios e preços estáveis. O leilão de PEP realizado ontem apresentou deságio no prêmio devido à forte disputa que houve no MT. Diante disso o governo anunciou a realização de mais um leilão de PEP especificamente para o MT. Na BM&F, as cotações futuras ficaram praticamente estáveis. Já na Cbot, as cotações encerraram em baixa com realização de lucros diante de queda nos mercados vizinhos e do clima que ainda permanece seco no cinturão produtor norte americano.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Previsões climáticas seguem ditando o rumo das cotações da soja

As cotações da soja fecharam em alta ontem na Cbot, diante de compras especulativas, motivadas pela previsão de chuvas para o restante da semana na região produtora dos EUA. Além dos fatores climáticos, a desvalorização do Dólar ante as demais moedas internacionais também serviu para inflar o interesse de compra pelos fundos. Isso acontece porque, com a desvalorização cambial, os especuladores adquirem commodities como forma de proteção contra a possibilidade de inflação.

Contudo, o fundamento mais forte contra baixas significativas nas cotações da soja continua sendo a forte demanda. Para se ter uma idéia, as exportações acumuladas dos EUA para esse ano safra se encontram aproximadamente 60% acima das estimativas do USDA.

Tecnicamente, a alta não rompeu a resistência e as cotações continuam a se mover dentro do canal de consolidação. As cotações estão testando a resistência, portanto, ha possibilidade de que hoje ocorram realizações de lucros.

Mercado de milho atento ao último leilão da Conab

O mercado de milho atenta hoje para o leilão da Conab para 800 mil toneladas de PEP, cuja demanda deve ser fortalecida pela alta registrada ontem nas cotações da Cbot. Esses fatores foram os principais responsáveis pela alta nas cotações futuras do milho na BM&F. Mas também devemos lembrar do forte volume de exportações que estão sendo registrados neste mês de outubro.

Na Cbot, as previsões climáticas seguem ditando os rumos das cotações. Ontem o mercado foi movido por compras especulativas de fundos devido à previsão de chuvas durante o restante da semana, o que deve atrasar ainda mais a colheita. Mesmo assim, o risco de perdas na produção norte americana é pequeno e as chuvas somente adiam a entrada no mercado de uma quantidade recorde do cereal. Portanto, apesar do suporte dado pela desvalorização do Dólar perante as principais moedas internacionais, com o avanço da colheita a pressão baixista deve prevalecer.

Voltando ao Brasil, diante do cenário descrito acima, acredito que as cotações futuras para os vencimentos mais curtos (entressafra) devem seguir mais pressionadas que dos vencimentos mais longos (safra).

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O mercado de soja segue com alta volatilidade e sem tendência definida

O mercado de soja segue com alta volatilidade na Cbot e sem uma tendência definida.

As cotações estão oscilando em um canal de consolidação enquanto os participantes do mercado aguardam maiores definições nos fundamentos.

A dúvida do mercado é sobre quais fatores de oferta e demanda prevalecerão sobre as cotações da soja. Se de um lado temos a expectativa de safra recorde e a colheita avançando consideravalemnte com o clima seco, de outro temos a forte demanda mundial pela soja e a desvalorização do Dólar dando maior poder de compra para as demais moedas importantes do globo.

Na última semana, o relatório de vendas semanais para exportação foram de 654,5 mil toneladas, bem acima do esperado pelo mercado. No acumulado dessa safra, as exportações nos EUA estão aproximadamente 60% acima do previsto pelo USDA.

Esse cenário também se observa no Brasil, onde as exportações desse ano já ultrapassam a marca dos 27 milhões de toneladas ante 21,96 milhões de toneladas em mesmo período de 2008.

Exportações de milho em outubro já ultrapassam 1 milhão de toneladas

A última semana foi de preços firmes no mercado físico mas forte queda nas cotações futuras da BM&F.

O mercado físico segue com produtores retraídos e compradores adquirindo somente para o curtíssimo prazo. A expectativa essa semana está sobre o último leilão de PEP da Conab, que será realizado amanhã. Acompanhando os números das exportações e as cotações do cereal, percebe-se que os leilões cumpriram seu objetivo.

Segundo a Safras & Mercado, os embarques em outubro já ultrapassam os 1 milhão de toneladas. Este já é o maior volume de exportações mensais de 2009, o que pode significar suporte às cotações na BM&F.

Nos EUA, a colheita do milho avança e há previsão de clima seco, o que deve acelerar o ritmo e gerar pressão baixista sobre as cotações. Por outro lado, a desvalorização do Dólar e alta nas cotações do petróleo continuam dando suporte na Cbot.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Em dia de grande volatilidade, as cotações da soja encerram em baixa na Cbot

Em dia de grande volatilidade, o mercado de soja encerrou o pregão dessa quinta-feira em baixa na Cbot, contudo, acima das mínimas registradas no eletrônico. A pressão baixista veio da possibilidade de avanço da colheita devido previsões de uma janela de tempo seco no Meio-Oeste esse final de semana. Por outro lado, a desvalorização do Dólar e a aquecida demanda por soja ainda servem de suporte. Nesse sentido, é muito importante acompanhar o resultado das vendas semanais para exportação dos EUA, que será divulgado hoje pelo USDA. A expectativa do mercado é que esse número venha acima das 451 mil toneladas registradas na semana anterior.

Pressão baixista sobre as cotações futuras do milho

No mercado físico de milho, enquanto os produtores restringem a oferta do cereal requisitando preços melhores, os compradores não aceitam pagar mais e seguram suas compras, adquirindo somente para cobrir suas necessidades de curtíssimo prazo. Com isso os preços ficaram estáveis.

Na BM&F as cotações encerraram em mais um dia de baixa, rompendo o canal de alta formado desde meados de setembro. A expectativa de recuperação das cotações para a entressafra está se esvaindo diante da reta final dos leilões da Conab, da constante desvalorização do Dólar ante o Real e da pressão baixista sobre as cotações da Cbot. Por outro lado, a redução de área para a produção de milho no Brasil suporta as cotações dos vencimentos dessa safra (mai/10) na BM&F. Como resultado, o spread entre os contratos da entressafra (jan/10) e da safra (mai/10) volta novamente a se fechar, tendendo uma inversão.

Vale ressaltar a forte queda das cotações do milho na Cbot ontem diante de vendas especulativas. A possibilidade de uma janela de clima seco para avanço da colheita do milho nos EUA foi o principal fator baixista. Mesmo assim, a possibilidade de perdas nas lavouras é cada vez menor, o que reforça o movimento de vendas dos fundos. Nem mesmo a valorização do barril de petróleo foi suficiente para conter a queda nas cotações do milho.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Pressão baixista sobre o mercado de soja deve prevalecer no curto prazo

As cotações da soja encerraram essa quarta-feira em leve alta na Cbot. O dia foi de volatilidade com o mercado operando entre o positivo e o negativo ao longo do pregão. O suporte veio do clima chuvoso e frio no Meio-Oeste americano, atrapalhando o andamento da colheita. Também serviu de suporte a desvalorização do Dólar contra as principais moedas internacionais e a alta nas cotações do petróleo.

Nos fundamentos, o quadro é de extrema dúvida sobre quais fatores de oferta e demanda terão maior peso para para a formação de preços nessa safra. Enquanto de um lado temos a estimativa de safra recorde nos EUA, de outro temos a forte demanda asiática pela oleaginosa.

Particularmente, acredito que a oferta da safra norte americana de soja deve exercer maior pressão no curto prazo, ocasionando baixa nas cotações. Contudo, no médio prazo, a forte demanda asiática e a tendência global de desvalorização do Dólar dará suporte ao mercado e, no médio prazo, trará forças para para uma recuperação das cotações.

P.S.: As cotações no eletrônico já estão em forte baixa nesse momento!

Mercado observa o enfraquecimento do suporte às cotações do milho

No mercado físico as cotações seguem firmes devido à retração dos produtores na oferta do milho e ao interesse dos compradores em refazer estoques.

Já na BM&F as cotações futuras encerraram em baixa nessa quarta-feira. Tomando em consideração que boa parte das expectativas estavam voltadas para uma possível melhora no volume de exportações, vê-se que os fatores que embasavam essa possibilidade são inconsistentes no médio prazo.

Primeiramente, a alta observada no mercado físico foi obtida com um baixo volume de negócios, com os compradores adquirindo somente o necessário para o curtíssimo prazo. Isso denota a fragilidade dessa tendência altista.

Segundo, a alta nas cotações da Cbot foi neutralizada pela forte valorização do Real contra o Dólar, impedindo uma melhora na paridade de exportação. Também deve-se considerar que a alta na Cbot está sendo fortemente influenciada por riscos climáticos sobre a safra dos EUA. Passada essa fase, a super safra norte americana deve exercer uma pressão baixista sobre as cotações na Cbot e inviabilizar ainda mais as exportações brasileiras.

Por último, os leilões da Conab estão em sua reta final. Ontem, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura, o próximo leilão de PEP, marcado para o dia 20/10, será o último.

Assim, verifica-se que os fatores que estavam dando suporte às cotações estão se esgotando. Particularmente, acredito que o mercado futuro deve buscar um patamar de preços inferior, rompendo o canal de alta formado nas duas últimas semanas.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Cotações da soja seguem firmes com suporte dado pela forte demanda asiática

As cotações da soja encerraram essa terça-feira em baixa, em um dia de volatilidade. O pregão iniciou em leve baixa mas se recuperou ao longo do dia, chegando a romper os US$ 10 / bushel. Contudo, o mercado não sustentou e devolveu todos os ganhos para fechar em baixa. A volatilidade é resultado da dúvida dos participantes quanto ao cenário futuro para a soja. Mesmo com o baixo risco de perdas consideráveis para soja em razão das geadas e da expectativa de produção recorde nos EUA, a demanda internacional (principalmente Chinesa) por soja continua dando suporte às cotações. Principalmente depois do USDA ter revisto sua projeção de exportação dos EUA para cima. Também tem servido de suporte a desvalorização do Dólar perante as demais moedas importantes do mundo.

Mercado físico do milho opera sem liquidez e com preços firmes.

Os produtores continuam retraídos na oferta de milho enquanto os compradores apresentam demanda pontual. Segundo relatos dos participantes do mercado, os compradores estão com estoques em baixo nível. Como resultado observa-se um mercado físico sem liquidez, contudo a preços mais firmes a cada dia. No MT, o mercado aguarda o leilão de PEP da Conab que está programado para a próxima terça-feira (20).

Na BM&F, as cotações encerraram mistas. Enquanto os contratos mais curtos (nov/09 e jan/10) fecharam em leve alta, os contratos mais longos fecharam em baixa. Essa situação pode ser explicada pela expectativa dos participantes do mercado. Muitos acreditam que a restrição de oferta dos produtores, aliada ao leilão de PEP da Conab e à força das cotações do milho na Cbot podem resultar em escoamento de parte do excedente de milho do mercado interno. Por outro lado, essa expectativa de melhora nas exportações não perdura para a safra 2009/10, gerando resistência contra uma alta semelhante nos contratos mais longos da BM&F.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Cotações da soja fecham em alta na Cbot

O mercado brasileiro de soja operou essa quinta-feira com preços nominais mais firmes, acompanhando o bom desempenho das cotações na Cbot. A comercialização segue fraca e pontual, normal nessa época do ano (entressafra).

Em Chicago, as cotações foram impulsionadas pela desvalorização do Dólar e forte alta do petróleo. Nos fundamentos, as fortes chuvas que atingem a região produtora dos EUA estão atrasando a colheita. Além disso, as previsões de geadas para esse final de semana ainda são válidas e preocupam o mercado, que já precificou esse risco.

Hoje será divulgado o relatório de oferta e demanda mundial do USDA, contudo, esse não deve surtir muito efeito sobre o mercado da soja. A expectativa é que o USDA eleve sua projeção de produção de 88,32 milhões para 89,8 milhões de toneladas.

O governo liberou a realização de mais um leilão de escoamento de milho

No mercado físico do milho os preços continuam firmes com restrição de oferta pelos produtores e aumento da demanda. Os pedidos da Aprosoja para continuidade dos leilões de escoamento do milho da Conab foram atendidos e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento liberou a realização de mais um leilão para o próximo dia 20 de outubro. Serão ofertados prêmio para o escoamento de mais 800 mil toneladas. Segundo o presidente da Aprosoja, os estoques excedentes do Mato Grosso são de aproximadamente 2 milhões de toneladas, sendo necessário mais 3 leilões para escoar esse milho.

Na BM&F, as cotações futuras estão acompanhando o desempenho do mercado físico e os preços estão firmes na alta. Além da restrição de oferta pelos produtores e da continuidade dos leilões da Conab, a alta nas cotações da Cbot também dão suporte às cotações futuras internas. Isso ocorre porque gera-se a expectativa de aumento na paridade de exportação e, consequentemente, possibilita o aumento da demanda externa pelo milho brasileiro.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Produtores já visualizam prejuízo com a soja devido à valorização cambial e baixa das cotações internacionais

As cotações da soja encerraram o pregão de ontem em leve alta na Cbot. O mercado especula o risco de geada que está prevista para atingir a região produtora norte americana neste final de semana. Os ganhos de ontem só não foram maiores devido à valorização do Dólar ante as principais moedas internacionais e à baixa registrada nas cotações do petróleo.

Para hoje está programado a divulgação do relatório de vendas semanais para exportação e para amanhã o relatório de oferta e demanda mundial do USDA. As atenções do mercado estão focadas na possibilidade de geada, o que não elimina a importância desses relatórios.

No mercado interno, os produtores seguram a oferta da oleaginosa devido à baixa nas cotações. Até o momento, somente 20% da safra 2009/2010 foi comercializada, enquanto no mesmo período da safra 2008/09 já haviam sido comercializados 40%. Algumas consultorias e a própria Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso) já contabilizam prejuízos aos produtores devido à valorização do Real e à baixa nas cotações da Cbot. Diante desse fato, o presidente da Aprosoja, Glauber, já cogita solicitar ao governo que sejam direcionados R$ 1 bilhão para auxílio à comercialização da oleaginosa.

Mercado de milho com preços firmes mas baixo volume de negócios

O mercado físico de milho segue firme, suportado pela restrição de ofertas dos produtores que se recusam a comercializar nos atuais níveis de preços. Por outro lado, a necessidade de reposição dos estoques dos setores consumidores faz com que a demanda seja pontual e os preços praticados apresentem algum ganho em relação às ofertas do mercado.

Na BM&F, as cotações dos contratos mais curtos do milho (entressafra) encerraram em leve alta enquanto os mais longos (safra) encerraram em leve baixa. O mercado está se consolidando enquanto os participantes aguardam maiores definições dos fundamentos.

Parte das atenções está sobre o leilão de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) que será realizado hoje pela Conab. Especula-se que este seja o último leilão para auxiliar a comercialização da safrinha. Caso isso se confirme, o mercado deve voltar a ficar pressionado e dependente de uma forte recuperação nas cotações internacionais e do câmbio.

Na Cbot, os participantes precificaram os riscos da geada, a qual segue prevista para este final de semana. Caso essa geada não se confirme, ou não traga prejuízos significativos às lavouras norte americanas, o mercado devolverá esse prêmio de risco embutido nos preços do milho. Portanto, devemos atentar para a definição do governo quanto à continuidade dos leilões de PEP e também para o clima no Meio-Oeste americano.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Possibilidade de geada nos EUA dá forças às cotações da soja na Cbot

As cotações da soja encerraram essa terça-feira em forte alta na Cbot, recuperando-se das perdas da última sexta (02). A preocupação com a possibilidade de geada entrando na região produtora dos EUA a partir de amanhã foram o principal motivo do movimento de compras liderado pelos fundos. Além disso, também serviu de fator altistas a desvalorização do Dólar e a valorização do petróleo. Apesar dessa alta, alguns analistas dos EUA relatam que o risco de perdas para a soja é baixo nesse momento devido ao estágio em que se encontram as plantações. Contudo, o medo de uma quebra na produtividade falou mais alto, trazendo as cotações de volta ao canal de consolidação formado desde as duas últimas semanas de setembro.

Aumento pontual de demanda gera alta nas cotações do milho

Os preços do milho no mercado físico vêm reagindo nos últimos dias. Ontem, o indicador CEPEA acumulou alta de 1,02%, sendo que no mês essa alta já é de 3,75%. Entre os motivos para essa reversão de tendência estão: a atual demanda para recomposição dos estoques dos setores consumidores; o aumento das exportações em setembro; e a expectativa de grande redução do plantio desse cereal nessa safra.

A forte alta observada em Chicago também serve de fator altista para o mercado interno, já que aumenta as expectativas de melhora na paridade de exportação. Mesmo com a desvalorização do Dólar contra o Real, essa alta na Cbot está sendo mais significativa. A expectativa naquele país é sobre a entrada de uma frente fria levando geadas para as regiões produtoras a partir desta quinta-feira. Além disso, a desvalorização do Dólar contra as principais moedas mundiais e os ganhos no petróleo também impulsionaram o mercado.

Acompanhando todo esse cenário, as cotações futuras na BM&F estão em alta. Tecnicamente, o mercado está testando uma resistência posicionada próxima a R$ 22,30 / saca. Para o contrato com vencimento em novembro, essa resistência está a R$ 21,30 / saca.

Contudo, devemos atentar que, apesar da alta nas exportações em setembro (716,3 mil toneladas), o volume exportado ainda está abaixo do necessário para atingir as estimativas públicas e privadas de exportações para este ano. Estas estimativas apontam para algo entre 7 milhões e 8 milhões de toneladas, mas até o momento somente 4,6 milhões de toneladas foram exportadas. Assim, seria necessário exportar, pelo menos, 800 mil toneladas mensais para se atingir o esperado. Ou seja, ainda há forte dependência da continuidade dos leilões da Conab para viabilizar as exportações. O próximo está programado para esta quinta-feira (8) e especula-se que este seja o último leilão dessa safrinha.

Acredito que as cotações encontrarão forte resistência contra uma alta acima do atual nível de preços na BM&F e que há grande possibilidade de realização de lucros no momento.

Para os especuladores de plantão, vejo uma oportunidade de arbitragem no mercado. Observem que o spread Safra x Entressafra (Mai/2010 x Jan/2010) fechou e tenta voltar à normalidade, ou seja, o contrato safra (Mai/2010) ficar com cotação menor que o contrato pra entressafra (Jan/2010). Contudo, acredito que essa diferença voltará ao nível que estava antes dessa recuperação nas cotações. Os motivos são vários: 1) a redução de área plantada nesta safra; 2) as exportações abaixo do esperado; 3) Possibilidade de encerramento dos leilões da Conab; 4) Elevado nível dos estoques; e 6) Safra recorde nos EUA. O único fator que poderia inviabilizar esta análise, em meu ponto de vista, seria uma forte quebra de safra norte americana com esta geada que está prevista. Isso provocaria o aumento da paridade de exportação no mercado interno, possibilitando uma retomada da demanda. Contudo, acho essa possibilida bem remota.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Cotações da soja despencam na Cbot

As cotações da soja encerraram o pregão da sexta-feira em forte baixa. A desvalorização das cotações do petróleo contribuiu para a queda da soja, contudo, o principal motivo foi o avanço da maturação da soja norte americana e o encerramento de posições antes do final de semana.

Nem mesmo os fortes números da exportação divulgados na quinta-feira foram suficientes para reforçar o suporte do canal de consolidação no qual as cotações vinham se movendo ao longo das duas últimas semanas de setembro. Na última semana, os EUA exportaram 1,38 milhão de toneladas ante uma expectativa entre 700 mil e 1 milhão de toneladas.

Dificilmente, o mercado terá forças para retornar ao canal de consolidação no qual estavam as cotações da soja. Contudo, os fundamentos do curtíssimo prazo devem continuar dando suporte contra baixas mais significativas. O mercado deve aguardar a divulgação dos indicadores de produtividade da safra norte americana para avaliar as projeções desta super-safra.

Tendência para o dia: indefinida.

Preços do milho suportados pela restrição de ofertas, mas exportações abaixo do esperado devem pressionar mercado.

As cotações do milho encerraram a sexta-feira em leve alta, suportada pela restrição de oferta dos produtores e com uma demanda, mesmo que pontual, pagando mais para as necessidades de curtíssimo prazo.

Por outro lado, os números da exportação de milho em setembro decepcionaram os participantes do mercado. Enquanto o mercado aguardava vendas acima de 800 mil toneladas, as exportações de setembro foram de apenas 716,3 mil toneladas. Apesar do número ser 96% maior que o embarcado em agosto e 161% acima do que foi embarcado em setembro do ano passado, o volume embarcado até o momento ainda está muito abaixo das estimativas privadas e públicas para esse ano. Até o momento os embarques acumularam somente 4,6 milhões de toneladas sendo que as estimativas apontam para algo entre 7 milhões e 8 milhões de exportações nesse ano.

Diante dessa constatação, o governo ainda não anunciou qual modalidade de leilão adotará para esse próximo que será realizado na quinta-feira (08). O governo parece ainda não ter chegado numa conclusão a respeito dessa que é uma das reinvidicações dos produtores, ou seja, a mudança de PEP para Pepro.

Vale lembrar que essa discussão já ocorreu no início dos leilões, quando estavam sendo realizados Pepro, contudo sem gerar suporte às cotações na época. A diferença entre os dois é que no PEP, o prêmio é pago ao comprador que é obrigado a adquirir milho ao preço mínimo para receber a subvenção. Já no Pepro, o prêmio é dado ao produtor, que é obrigado vender o milho ao valor do preço mínimo reduzido do prêmio recebido. Assim, eu acredito que o PEP continue sendo o mais recomendável para o momento.

Atenção especial deve continuar sendo dada aos leilões da Conab, ao câmbio e às cotações internacionais.

Tendência para o dia: baixa

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mesmo com notícias baixistas dos fundamentos, mercado de soja se manteve firme

Mesmo com a divulgação pelo USDA de estoques acima do esperado pelo mercado nos EUA e ausência de ameaças de geada nas previsões climáticas para o Meio Oeste, as cotações encerraram essa quarta-feira em alta na Cbot. O suporte veio da alta registrada nas cotações do petróleo e da atual escassez de soja dada a crescente demanda internacional. Tecnicamente, as cotações estão testando a resistência do canal de consolidação formado desde a semana passada, refletindo as incertezas do mercado sobre quais fatores fundamentais de oferta e demanda prevalecerão sobre o futuro dessa commodity.
Tendência para o dia: Baixa.

Fonte: Chicago Board of Trade



Fonte: Ag Estado / Cepea

Suspensão do leilão da Conab deve influenciar negativamente as cotações do milho hoje

As cotações do milho, tanto no mercado físico quanto no futuro, encerraram em alta nessa quarta-feira. A recuperação nos preços tem sido consequência, principalmente, dos leilões da Conab que vinham viabilizando o escoamento do excedente de milho das regiões produtoras, principalmente do Mato Grosso, ao mercado externo. Contudo, ontem foi anunciado a suspensão do leilão que estava programado para hoje pela Conab. A justificativa é avaliar a demanda de alguns Estados produtores e fazer alterações operacionais. As dúvidas sobre essa atitude do governo geram preocupação aos participantes desse mercado, já que pode ser interpretada como um possível preparo para o fim do apôio à comercialização da safrinha. Esse fato deve exercer influência negativa sobre as cotações do milho hoje.

Tendência para o dia: baixa

Fonte: Ag Estado / Cepea


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O mercado de soja opera sem direção definida

As cotações da soja encerraram essa terça-feira em leve baixa, em movimento de consolidação, enquanto mercado aguarda maiores novidades dos fundamentos. Para hoje, a atenção estará voltada para o relatório de estoques do USDA. A expectativa é que os estoques de passagem dos EUA fiquem entre 2,4 milhões e 3,0 milhões de toneladas, o que deve servir de suporte ao mercado juntamente à continuidade da forte demanda asiática. Por outro lado, a expectativa de safra recorde naquele país se mantém cada vez mais firme, já que a perda de produção com geadas diminui a cada dia com o avanço da colheita. Assim, o mercado deve continuar se consolidando nos atuais níveis de preços e, na ausência de novidades dos fundamentos, deve passar a acompanhar mais de perto os mercados financeiros, principalmente o Dólar.

Cotações do milho seguem em alta

As cotações futuras do milho na BM&F encerraram essa terça-feira em alta, ainda refletindo a expectativa do mercado sobre um aumento nas exportações devido ao sucesso dos leilões no MT. Tecnicamente, o mercado rompeu uma resistência formada em agosto, quando as cotações oscilavam entre R$ 20,70 e R$ 21,44 por saca no contrato nov/09. A explicação para essa recuperação também pode ser atribuída à restrição de ofertas pelos produtores, à redução da área plantada com milho nessa safra e à tendência de alta assumida na Cbot. Como resultado, no mercado físico também pode ser observada uma recuperação nos preços.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Cotações da soja pressionadas pelo início da colheita nos EUA

Diante da transferência de área do milho para soja, a Secretaria de Agricultura do Paraná estima que a área cultivada naquele Estado será a maior da história, com 4,3 milhões de hectares e uma produção que pode chegar a 13,15 milhões de toneladas. Enquanto isso, na Cbot as cotações iniciaram a semana em baixa devido à ausência de riscos de geada previstos para os próximos dias e também por causa do início da colheita nos EUA. Segundo estimativas do USDA, aproximadamente 5% da nova safra já foi colhida até domingo. Essa colheita deve pressionar o mercado nos próximos dias, aumentando a possibilidade de rompimento do suporte do canal de alta.

Cotações do milho voltam a fechar em alta na BM&F

As cotações futuras do milho voltam a fechar em leve alta na BM&F e no mercado físico. Notícias de uma grande movimentação de caminhões ao longo da BR 163 para transporte de milho animou os participantes do mercado, reforçando a expectativa de que os leilões da Conab conseguirão viabilizar o escoamento do excedente de milho ao mercado externo. Para essa semana, o mercado aguarda a realização de mais um leilão para 800 mil toneladas de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP). Essa tendência de recuperação nas cotações do milho depende em grande parte do sucesso desses leilões. Por outro lado, a forte redução da área plantada também dá suporte às cotações. Segundo o Deral, no Paraná o milho deve perder aproximadamente 22% da área, que será cultivada com soja. Devemos atentar para o câmbio e para as cotações na Cbot, os quais são balizadores da paridade de exportação e, portanto, influenciam diretamente no sucesso dos leilões da Conab.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Mercado de soja continua sem tendência definida

Na última semana, os preços nominais da soja ficaram de lado nas principais praças de comercialização do país, acompanhando a falta de direcionamento das cotações futuras de Chicago. Na sexta-feira as cotações da Cbot fecharam em leve alta, encontrando suporte na atual demanda aquecida e aperto da oferta. O mercado tem oscilado de acordo com as alterações na previsão do tempo dos EUA, mais especificamente sobre as indicações de possibilidade de geadas nas regiões produtoras daquele país. Essa semana inicia com previsões de tempo afastando os riscos de geada naquela país, o que já pressiona as cotações no pregão eletrônico da Cbot. O dia deve iniciar em baixa superior a 10 pontos na Cbot.

A semana foi positiva para o mercado de milho.

Na sexta-feira as cotações futuras do milho encerraram em baixa na BM&F, com realização de lucros. Contudo, essa queda não foi suficiente para denotar uma reversão da tendência de alta registrada durante a semana. Assim, pode-se dizer que a semana foi positiva para o mercado do milho, sendo marcada pela alta dos preços do milho tanto no mercados físicos quanto futuros. O principal motivo pode ser atribuído aos leilões da Conab que têm viabilizado as exportações do cereal, deixando os compradores mais presentes que os vendedores no mercado. Além desses leilões, o clima chuvoso também tem dado suporte ao mercado, já que impede a intensificação do avanço do plantio. Não podemos deixar de citar a forte alta registrada durante a semana na Cbot, aumentando as expectativas de melhora na paridade de exportação. Em Chicago, a alta nas cotações do milho têm sido influenciadas principalmente pelas previsões de possibilidade de geadas nas regiões produtoras. Para esta semana, o mercado interno, físico e futuro, deve seguir sob expectativa de aumento do volume de exportações e, portanto, de olho nas cotações internacionais, no câmbio e nos resultados dos leilões da Conab.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Instabilidade das previsões de tempo para o EUA está gerando grande volatilidade para a Soja

As cotações da soja iniciaram o pregão de ontem em significativa baixa até o meio pregão da Cbot, quando a previsão do tempo passou a apontar aumento da possibilidade de geada na região produtora dos EUA na próxima semana. A partir dessa notícia, as cotações iniciaram o movimento de alta devolvendo todas perdas do dia.

Contudo, a instabilidade dessas previsões tem dado alta volatilidade ao mercado, deixando as cotações sem uma tendência definida. Nos fundamentos a dúvida é sobre qual fator pesará mais sobre as cotações, se a grande safra prevista para os EUA ou se a forte demanda asiática. Assim o mercado opera com caltela, acompanhando de perto as previsões climáticas e o mercado financeiro, principalmente o Dólar e Petróleo.

Cotações do milho encerram em forte alta essa quarta-feira na BM&F

As negociações do milho seguem pontuais no mercado físico. Contudo, nos poucos negócios realizados os preços estão sendo mais favoráveis aos produtores. Nos últimos quatro dias, o Indicador Cepea apontou uma alta de 2,35% nos preços médios da região de Campinas/SP, referência para os contratos da BM&F. Nesse período as cotações futuras da BM&F acompanharam timidamente a alta do indicador Cepea. Ontem, entretanto, o milho encerrou com forte alta na BM&F, acompanhando Chicago.

Ontem foi dia de forte alta com especulações sobre a possibilidade de geada. Com isso cresce as expectativas internas de melhora da demanda para exportação. Consequentemente, essa expectativa pode significar aumento do interesse pelos leilões de PEP que serão realizados hoje pela Conab. Contudo, as instabilidades das previsões do tempo nos EUA dificultam a análise sobre o direcionamento das cotações. O mercado está cauteloso, portanto, nossas atenções devem se voltar para os leilões da Conab e as cotações da Cbot.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Cotações do milho: chegamos no fim do poço?

O mercado físico de milho segue em sua rotineira fraqueza de negócios. Se de um lado temos os produtores aguardando a recuperação no volume de exportações, incentivadas pelos leilões da Conab, de outro lado temos um mercado consumidor sem urgência para aquisição do cereal. Como se costuma dizer, os consumidores estão comprando "da mão pra boca".
Para esta quinta-feira está programado mais um leilão da Conab para 800 mil toneladas de milho.

Na BM&F, as cotações encerraram essa terça-feira em leve alta. Grande parte dos traders acreditam que já estamos no fundo do poço para as cotações do milho e que os leilões da Conab devem escoar boa parte do excedente do mercado interno. Analisando-se tecnicamente, parece que essa teoria pode se confirmar, já que desde o dia 14/09 vem se formando um suporte em todos contratos futuros do milho na BM&F. Pode ser um bom momento para hedgear a compra futura de milho! (Essa é apenas uma opinião própria, não é uma recomendação!)

Enquanto isso, só nos resta acompanhar a situação do mercado norte americano, que está operando com forte volatilidade devido à grande expectativa sobre as previsões climáticas e seus possíveis resultados para a safra dos EUA. Nossas exportações dependem, em grande parte, das cotações do milho nos EUA.

Na Cbot, ontem foi dia de alta nas cotações. O mercado iniciou no positivo acompanhando a desvalorização do Dólar frente as principais moedas internacionais. Durante o dia, previsões climáticas de empresas privadas aumentaram a possibilidade de quedas de temperaturas nas regiões produtoras, o que aumentou o apetite dos traders em cobrir posições vendidas.

Tendência para o dia na BM&F: possibilidade de leve alta.

Clima ainda gera peocupações e alta nas cotações da Soja

As cotações da soja fecharam essa terça-feira em alta na Cbot com mercado especulando previsões climáticas para a região produtora dos EUA e suportado pela desvalorização do Dólar contra as principais moedas do globo. Outro suporte dado às cotações da soja vem da forte demanda internacional pela oleaginosa. Os prêmios oferecidos nos portos do Golfo do México (principal porta de saída da soja dos EUA) estão muito atraentes devido à forte procura.

Apesar da alta, a expectativa de safra recorde ainda exerce forte pressão baixista sobre as cotações. Por esse motivo o mercado iniciou o dia em baixa ontem na Cbot. Contudo, a partir do meio pregão, algumas agências privadas de previsão do tempo apontaram para a possibilidade de queda de temperatura no Meio-Oeste americano. Isso desencadeou uma série de compras para cobertura de posições vendidas, embutindo nos preços um prêmio para o risco climático.

Tendência para o dia: indefinida.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Qual o Futuro das Cotações do Milho?

O atual cenário do mercado de milho tem tornado monótona a tarefa de analisá-lo. Por isso, acredito que a melhor coisa a ser feita para quebrar esse "gelo" seja divagar sobre as possibilidades futuras tomando como base os fundamentos atuais e fatos passados. Para isso, analisemos a oferta e demanda de milho no mercado interno, segundo dados da Conab.



Observem que na safra 2007/08 o mercado de milho enfrentou um problema semelhante ao que passamos hoje, com forte incremento da produção e redução significativa das exportações. O resultado foi um nível muito elevado de estoques finais e forte pressão baixista sobre os preços. A reversão da tendência veio com o aumento no volume de exportações no último semestre de 2008, da redução da área plantada e dos problemas climáticos (seca) do início da safra 2008/09.


Nesta safra 2008/09, apesar da redução na produção total, o suprimento do mercado interno foi praticamente igual ao observado na safra 2007/08, da ordem de 62,7 milhões de toneladas. Entretanto, a Conab estima um aumento no consumo do cereal tanto no mercado interno quanto para exportação, o que diminuiria os estoques finais em comparação à safra anterior. Daí a importância do aumento das exportações e do consumo interno para a recuperação dos preços.

Particularmente, acredito que estamos perto da reversão dessa tendência baixista. Tal possibilidade, é uma opinião própria e depende de uma série de acontecimentos incertos. Portanto, resalvo que se trata de uma opinião e não uma recomendação de compra e/ou venda.


Segue abaixo os fatos e possibilidades que embasaram essa expectativa:
  • Os produtores estão firmes em segurar a oferta do cereal devido aos preços abaixo dos mínimos de garantia. Tal fato tem dado certo suporte aos preços no mercado físico;
  • Os leilões da Conab estão demonstrando resultados quanto ao aumento das exportações;
  • Diante de duas safras com sérios problemas e preços abaixo dos custos de produção, o plantio para esta safra sofrerá forte retração;
  • Ao primeiro sinal de problemas climáticos no desenvolvimento dessa safra 2009/2010, o mercado adicionará o prêmio de risco aos preços. As previsões da somar apontam para o risco de uma primavera tempestuosa no Sul do Brasil, com possibilidades de frentes frias, tempestades de ventos e geadas;
  • Se no Brasil estamos enfrentando problemas, imaginem os produtores da Argentina! Estimativas apontam para uma forte redução na área plantada com milho e trigo naquele país.

Caros leitores, conto com vossos comerntários, sugestões, dúvidas e/ou críticas para melhorar nosso blog e proporcionar o melhor conteúdo. Espero que nosso blog esteja contribuindo para seus agronegócios.

Menor risco de geadas nos EUA pressiona cotações da soja na Cbot

Os mercados futuros da soja operaram sem uma direção definida ontem. Se de um lado as previsões diminuindo o risco de geadas sobre as lavouras dos EUA pressionavam o mercado, por outro, as fortes vendas semanais para exportações deram suporte, impedindo as cotações de fecharem nas mínimas. O mercado deve seguir atento, principalmente, às previsões climáticas, o que dá uma tendência indefinida sobre as cotações. Por outro lado, a desvalorização do dólar e a forte demanda devem continuar servindo de suporte ao mercado. Enquanto esses fatores não tomam maiores definições o mercado deve seguir de lado.

Mercado físico de milho segue travado

Os produtores seguem resistindo às vendas de milho nos atuais níveis de preços enquanto os compradores continuam adquirindo somente o necessário para o curto prazo, resultando em um mercado travado.

Diante da persistência desse problema, o governo autorizou mais um leilão de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) para 800 mil toneladas de milho no próximo dia 24 (quinta-feira). Vale destacar que o Mato Grosso é o Estado com maior volume de ofertas de PEP devido à forte demanda apresentada nos últimos leilões.

O baixo escoamento da produção nacional ao mercado externo é o principal motivo das baixas cotações que estamos vendo nestas duas últimas safras (2007/08 e 2008/09). Nesse sentido, o principal propósito dos leilões é viabilizar o escoamento do milho nacional para o mercado externo. Assim, quanto melhor estiver a paridade de exportação, menor o prêmio necessário para viabilizar as exportações e mais efetivo se tornam os leilões da Conab. Portanto, devemos manter uma atenção constante sobre as cotações internacionais e sobre o câmbio.
Na Cbot, após a forte alta observada na terça-feira, o mercado devolveu praticamente todos os ganhos e fechou em forte queda ontem. O principal fator observado pelo mercado foi a diminuição dos riscos de geadas nas regiões produtoras. Isso diminui a expectativa do mercado interno sobre uma possível melhora na paridade de exportação.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Cotações da soja fecharam em baixa mas acima das mínimas

As cotações da soja encerraram o pregão de ontem em baixa, contudo, acima das mínimas do dia na Cbot. A atenção do mercado esteve divida entre as previsões climáticas para o Meio-Oeste Americano e o Dólar.

O dia iniciou com o mercado aumentando as perdas iniciadas no eletrônico noturno devido, principalmente, à divulgação de um novo relatório climático eliminando a possibilidade de geadas para o próximo final de semana. Entretanto, o mercado reagiu positivamente à desvalorização do Dólar, devolvendo parte das perdas iniciais.

Os participantes estão cautelosos em assumir riscos nesse momento, já que as previsões climáticas estão sendo muito inconsistentes. O que se tem por certo é que o extenso período de tempo frio que é esperado para a região produtora norte americana pode diminuir os altos índices produtivos abaixo do que está sendo projetado até o momento.

Cotações futuras do milho voltam a fechar em baixa na BM&F

As cotações do milho no mercado físico estão praticamente estáveis há semanas mesmo com toda pressão baixista do excedente de oferta sobre o mercado. A comercialização segue lenta em praticamente todas praças de negoicação, tendo nos leilões da Conab a única saída para aumentar o volume de escoamento das regiões produtoras para o mercado consumidor interno e externo. Na BM&F, as cotações futuras voltaram a registrar baixa ontem acompanhando a baixa nas cotações do milho da Cbot. Isso porque o mercado acompanha atento ao movimento de exportação e, consequentemente, às cotações do milho no mercado internacional. Nesse ponto, vale destacar que os ganhos registrados no início dessa semana na Cbot despertaram nos participantes do mercado interno a expectativa de uma possível alta na paridade de exportação do milho.

  • Cotações do milho no mercado físico Fonte: Cepea/Ag Estado



    • Milho Cbot para Dezembro/2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Com a previsão de geadas nos EUA, as cotações da soja fecham em forte alta.

A previsão de geadas na região produtora dos EUA gerou fortes ganhos para a soja na Cbot. A preocupação com as possíveis perdas em decorrência do atraso das lavouras fez com que fundos comprassem quase 9 mil contratos da oleaginosa. Além disso, os mercados financeiros também deram suporte às cotações, principalmente a desvalorização do Dólar contra as principais moedas internacionais. O mercado deve seguir atento às previsões climáticas dos próximos dias. Caso essa geada não se confirme, o mercado deve devolver parte dos ganhos.