segunda-feira, 31 de agosto de 2009
ANP estuda mecanismos para aperfeiçoar a comercialização de etanol no Brasil
A proposta da criação de uma empresa de comercialização tem por finalidade aumentar o poder de financiamento das usinas e também participar de operações de warrantagem junto ao governo - operação em que o governo obtém recursos com a emissão de títulos no mercado externo para financiar o setor produtivo nacional. O objetivo é possibilitar o financiamento de estoques, diminuindo a pressão sobre os preços nos momentos em que o mercado estiver com excesso de ofertas.
Essa proposta se assemelha à tentativa dos usineiros de criar, em 1999, uma única empresa para centralizar a comercialização e estoques, mas que foi barrada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 2002. A diferença, segundo Jank em entrevista à Agência Estado, é que essa nova empresa agregaria somente algumas empresas e grande parte da comercialização ficaria sob responsabilidade das demais usinas.
Outro ponto em avaliação é a criação da figura de um agente comercializador (pessoa física ou jurídica) com isenção de PIS/Cofins e do ICMS sobre a comercialização de contratos futuros de etanol. Assim, a figura do especulador entra em cena no mercado de etanol, aumentando o volume de negociação e aumentando a liquidez do mercado.
No primeiro caso, da criação de uma empresa de comercialização, não vejo muita diferença quanto ao que se tentou lançar em 1999. O risco de criação de um cartel após autorização seria o mesmo que do passado. Contudo, vejo com bons olhos a possibilidade de criação da figura do agente comercializador e da isenção dos impostos para comercialização nos mercados futuros. A possibilidade de ver um mercado futuro com liquidez (o que não é a realidade atual) e poder participar dele como especulador pode ser um grande passo para o agronegócio brasileiro.
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As cotações da soja iniciam o dia em queda no eletrônico da Cbot
Tendência para o dia na BM&F: baixa
- Gráfico das cotações da soja setembro/09 da Cbot:
- Cotações do complexo soja no mercado interno
Mercado aguarda, para hoje, novos editais dos leilões da Conab
Tendência para o dia na BM&F: cotações devem seguir de lado.
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Pablo Amorim
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sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Forte demanda por soja continua dando suporte às cotações
Contudo, no médio prazo, devemos atentar para a intenção de plantio no Brasil. Devido ao cenário de preços baixos do milho e elevado nível dos estoques desse cereal, a inteção de plantio de soja deve aumentar significativamente em detrimento do milho. Esse fator, juntamente à colheita norte americana, pode significar uma reversão dessa tendência de alta.
Tendência para o dia: alta.
- Gráfico da Soja Chicago para Novembro/09
- Cotações do complexo soja no mercado físico
O mercado de milho volta suas atenções para os leilões de PEP da Conab
Contudo, o sucesso dessa estratégia depende da continuidade desses leilões e do aumento das exportações. Isso porque a comercialização, tanto para o mercado interno quanto externo, foram muito fracaas. O volume exportado no primeiro semestre desse ano somou 3,54 milhões de toneladas de milho. Como resultado, os estoques estão completamente cheios, mesmo antes do final da colheita da safrinha.
Diante desse cenário, as primeiras estimativas de intenção de plantio já apontam para uma drástica redução da área plantada. No Paraná, segundo a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), essa redução será superior a 20% naquele Estado.
Enquanto isso, na BM&F as cotações futuras seguem de lado, com os participantes aguardando maiores definições no cenário dos fundamentos de oferta e demanda.
Tendência para o dia (BM&F): Baixa
terça-feira, 25 de agosto de 2009
O mercado de milho segue com comercialização lenta
Na BM&F, após um dia de volatilidade, as cotações fecharam no mesmo patamar da sexta-feira. Ontem, a atenção ficou voltada para a forte alta nas cotações da soja na Cbot. A notícia altista veio da China, onde a seca nas regiões produtoras está prejudicando as lavouras. A expectativa de que essa alta da soja pudesse levar consigo as cotações do milho foi inevitável. Contudo, os ganhos do milho na Cbot foram marginais.
O mercado deve continuar sob predomínio da pressão baixista e aguardando os resutados dos leilões da próxima sexta-feira (28). Segundo informações do Ministério da Agricultura, a intenção do governo é prosseguir com leilões semanais e apoiar a comercialização de 3 milhões de toneladas. Caso essa informação se confirme, as cotações podem iniciar um movimento de recuperação. Contudo, a inteção de plantio para a safra 2009/10 é quem deve ditar os rumos das cotações futuras. Particularmente, eu acredito que essa intenção de plantio sofrerá forte queda em relação ao ano passado.
E você caro leito? Quais suas expectativas? Deixe seus comentários e sugestões para que possamos tornar esse blog mais útil.
Tendência do dia: deve ficar estável.
Soja fecha em forte alta diante dos riscos da safra chinesa
Tendência do dia: possibilidade de realização de lucros.
- Cotações da Soja Cbot para Setembro/09
- Cotações da Soja no Mercado Físico
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Cotações da soja acompanham mercados financeiros e fecha em alta
O atraso no desenvolvimento das lavouras norte-americanas ainda é citado em boa parte dos analistas como um fator de risco, pois pode expor a produção às geadas de outono dos EUA. Contudo, ainda é cedo para avaliar essa hipótese com algum grau de confiabilidade. Na verdade, as chuvas que atingiram e que são previstas para o Meio-Oeste dos EUA são benéficas e todas estimativas, privadas e governamentais, para a lavoura daquele país apontam para um índice de produtividade e de produção recorde.
Mesmo assim, acredito que esse fator não será suficiente para ditar uma tendência baixista já que a demanda também vem se mostrando forte. Na semana passada, foram reportadas vendas da ordem de 900 mil toneladas dos EUA para a China.
Particularmente, eu acredito que as cotações da soja devam acompanhar de perto o comportamento dos mercados financeiros até aproximar a colheita norte-americana.
Tendência para o dia: alta.
Conab divulga retomada dos leilões
Serão realizados, no próximo dia 28 (sexta-feira), leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para subsidiar o frete de 760 mil toneladas do cereal. Deste volume, serão destinados 500 mil toneladas de PEP ao Mato Grosso, sendo 200 mil toneladas no norte do Estado (Prêmio = R$6,66), outras 200 mil toneladas no meio-norte (Prêmio = R$ 6,06/saca) e mais 100 mil toneladas no Sul do Mato Grosso (Prêmio = R$5,46/saca). Também serão ofertados 80 mil toneladas para Goiás e Distrito Federal (Prêmio = R$ 3,18/saca), 80 mil toneladas para o Mato Grosso do Sul (Prêmio = R$ 3,78/saca) e 100 mil toneladas para o Paraná (Prêmio = R$ 1,74/saca). Os prêmios foram considerados bons, o que deve atrair os compradores.
Os leilões subsidiarão a exportação de parte do excedente de milho existente hoje, auxiliando na normalização dos níveis dos estoques nacionais. Contudo, o futuro da produção brasileira e a tendência dos preços ainda está muito dependente das cotações internacionais e do câmbio.
Na Cbot, as cotações encerraram a sexta-feira em alta, com o mercado influenciado pelo bom desempenho das bolsas americanas, das cotações do petróleo e pela desvalorização do dólar. Apesar disso, os fundamentos ainda apontam para um cenário baixista, diante da expectativa de recorde do suprimento de milho (produção e estoques de passagem) nos EUA para esta safra. A única preocupação é que o atraso no desenvolvimento das lavouras, grande parte devido ao atraso no plantio, possa significar perdas com as geadas de outono dos EUA.
Os produtores que ainda não definiram seu planejamento agrícola para esta safra, devem acompanhar atentamente esse cenário internacional na definição da área a ser cultivada com milho nessa safra 2009/2010, cujo plantio se inicia no próximo mês. Pessoalmente, eu acredito que haverá uma redução substancial da área cultivada com milho, principalmente nas regiões mais distantes dos centros consumidores domésticos e dos canais de exportação.
Na BM&F, o último dia da semana passada iniciou com uma leve alta que foi devolvida ao longo do dia, encerrando no mesmo nível do dia anterior. No after-market, as cotações voltaram a subir com a notícia de retomada dos leilões. Esta semana, o mercado deve acompanhar mais de perto a paridade de exportação.
Tendência para o dia (BM&F): alta
- Cotações do Milho BM&F para Todos Contratos em Aberto
- Cotações do Milho BM&F para Setembro/09
- Cotações do Milho Cbot para Setembro/09
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Com mercado cauteloso, as cotações da soja fecham em leve baixa
Tendência do dia para BM&F e Cbot: alta.
- Cotações da Soja Chicago para Setembro/09
Reinhold Stephanes anuncia aprovação de R$ 1,6 bilhões para auxílio ao mercado agrícola
Tendência do dia para BM&F: as cotações devem ficar estáveis.
- Cotações do Milho BM&F para Setembro/09:
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Cotações da soja fecham em baixa na Cbot
Na Cbot, as cotações futuras, que iniciaram o dia em forte baixa, se recuperaram no decorrer do dia mas ainda fecharam no vermelho. O mercado da soja acompanhou a desvalorização do dólar e forte alta do petróleo. Essa correlação deve continuar nos próximos dias, com a soja acompanhando o Dólar e petróleo.
Tendência do dia: alta.
Chuvas no Centro-Sul dificultam a colheita do milho
Tendência do dia: baixa.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Análise Diária do Mercado de Soja
A sequência de desvalorização da soja, até essa segunda-feira, colocaram as cotações futuras da soja em um novo patamar, sobre o qual deve ficar oscilando. Essa banda de oscilação terá como fator de pressão baixista o bom desenvolvimento das lavouras americanas e, como suporte às cotações, a forte demanda chinesa e baixo nível dos estoques norte-americanos.
Nos próximos dias a soja deve continuar acompanhando a situação dos mercados acionários, principalmente do dólar e petróleo.
Tendência do dia: baixa.
Análise Diária do Mercado de Milho
Em Mato Grosso, devido à lentidão do mercado em termos de comercialização e ao avanço da colheita, os estoques estão abarrotados e muitos produtores armazenam sua produção ao ar livre. A situação não é muito diferente nos demais estados do Centro-Sul do país. Em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, as chuvas retardam o avanço da colheita e dão relativo suporte às cotações, devido à preocupação com a qualidade dos grãos.
Em entrevista dada à Agência Estado, o presidente da Aprosoja apontou a necessidade urgente de retomada dos leilões (solução pontual segundo ele) e dos investimento em logística no Brasil (solução mais correta).
Diante desse cenário baixista para as cotações do milho, a perspectiva é que a produção do próximo ano seja significativamente reduzida. Os produtores deixarão de plantar milho em favor da soja, cujos preços estão muito mais remuneradores. Esse cenário se reflete sobre as cotações futuras na BM&F, que estão em um nível muito baixo e, lentamente, seguem essa tendência.
Tendência do dia: Baixa.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Análise Diária do Mercado de Milho
Tendência: baixa
- Cotações do Milho BM&F para Setembro/09
Análise Diária do Mercado de Soja
Tendência para o dia: deve seguir testando suporte.
- Cotações da Soja Cbot para Setembro/09 (US$/bushel)
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Análise Diária do Mercado de Milho
Tendência: Grande possibilidade de baixa, rompendo o suporte.
- Cotações do Milho BM&F para Setembro/09.
Análise Diária do Mercado de Soja
Tendência: baixa.
- Cotações da Soja CBOT para Setembro/09
domingo, 16 de agosto de 2009
Nesse artigo descreverei todo procedimento necessário para que uma pessoa (ou empresa) possa iniciar suas operações de compra e venda de futuros (café, soja, milho, dólar, etc) e/ou ações na BM&FBovespa. Como acima dito, o procedimento é o mesmo idependentemente se o leitor é um investidor ou um Hedger. Portanto, o artigo não foge ao foco desse blog.
1. O primeiro passo é a escoolha da corretora pela qual o cliente irá realizar suas operações de mercado. Segue abaixo os principais ítens a serem avaliados:
- Avalie o Home Broker da corretora (para investidor)
Um ponto muito importante para escolha da corretora é avaliar o Home Broker oferecido. Essa ferramenta é uma plataforma de negociação que possibilita ao investidor operar de qualquer lugar com acesso à internet via browser, dispensando a necessidade de ligar para a corretora para passar as ordens de compra e venda. Vale ressaltar que, com relação aos mercados futuros - BM&F, os Home Brokers somente possibilitam a negociação dos mini-contratos.
Na avaliação do Home-Broker, o investidor deve atentar para os seguintes pontos:
Em alguns Home-Brokers a taxa de atualização das cotações é demorada, o que pode significar perda de oportunidades e bem provavelmente perdas. Portanto, verifique se o Home-Broker tem atualização em real-time. Nesse mesmo quesito, o tempo de execução das ordens também deve ser imediato.
Grande parte dos investidores operam com estratégias de proteção contra perdas excessivas, que são chamadas Stop Loss. Além dessa, outra estratégia muito utilizada no mercado é a definição de um preço objetivo, onde o investidor realiza os lucros desfazendo a operação. Essa é a estratégia de Stop Gain. Verifique se o Home Broker permite a colocação de ordens de stop (gain/loss).
A disponibilização de gráficos e ferramentas de análise gráfica é essencial para que o investidor possa desenhar e acompanhar suas estratégias. Também é importante que esses gráficos tenham uma atualização rápida. Em média, a taxa de atualização é de um minuto.
Ao realizar uma negociação, sempre verificamos os preços no mercado como base para a tomada de decisão. Na bolsa não é diferente, ao comprar ou vender é necessário verificar as ofertas de compra e de venda dos demais participantes do mercado. Isso é verificado através do livro de
ofertas. O Home-Broker deve possuir o Livro de Ofertas com a listagem das quantidades, preços e corretoras que estão negociando o ativo que se deseja comprar/vender.
Um bom Home Broker deve disponibilizar em sua interface uma ferramenta de controle financeiro das operações, onde o cliente possa acompanhar e avaliar sua carteira de ativos, sua rentabilidade e os custos incorridos nas operações (Corretagem e Impostos).
Um ponto mais difícil de avaliar, porém extremamente importante, é a estabilidade de conexão do Home Broker. Imagine vocês aguardando uma oportunidade e seu Home Broker travar! Este é um problema encontrado na maioria dos Home Brokers, contudo, sua avaliação só é possível através da tentativa.
- Compare as taxas de corretagem
A BM&FBovespa estipula a Taxa Operacional Básica (TOB), como base (valor máximo) para a corretagem sobre as operações em ações e futuros. A partir dessa taxa, as corretoras estabelecem políticas de descontos que variam de acordo com seu mercado alvo, na disputa pela captura do maior número de clientes.
Nesse contexto, a principal diferença observada no mercado quanto à taxa de corretagem é que algumas corretoras ofertam uma taxa fixa enquanto outras adotam a Taxa Operacional Básica - pela qual o custo da operação varia de acordo com o volume financeiro. Assim, a vantagem entre uma ou outra forma de taxação vai depender do volume de negociação e cada caso merece uma avaliação individual.
Devido à diversidade de promoções das corretoras e à diversidade do volume de negociação dos leitores, tentar escrever essa análise se tornaria muito prolongada e cansativa para todos nós. Contudo, para não deixar meus leitores "na mão", elaborei uma planilha de análise de corretagem para lhes auxiliar nessa tarefa. Ela está disponível no menu AgroDownloads.
Para finalizar esse item, recomento aos leitores que nunca deixem de negociar descontos com suas corretoras! Quanto maior o volume de recursos que você tenha para investir, maior seu poder de barganha.
- Verifique a disponibilidade e qualidade das análises da corretora
As boas corretoras sempre disponibilizam aos seus clientes uma gama de serviços de apôio à tomada de decisões, sejam elas de investimento ou de hedge. Estes serviços podem ser relatórios de análises de empresas e/ou mercados (soja, milho, boi, dólar, macroeconomia, etc), ou mesmo analistas prontos para explicar aos clientes os principais acontecimentos e expectativas. Em muitos casos o cliente não tem tempo para acompanhar o mercado e precisa estabelecer um relacionamento mais próximo com o broker, o qual manterá um contato constante com o cliente por telefone, passando ao mesmo as oportunidades desejadas. Portanto, verifique a disponibilidade e qualidade dos serviços de apôio à tomada de decisão da corretora.
2. O segundo passo é preparar as documentações necessárias para o cadastro na corretora escolhida
O cadastro na corretora obedece critérios estabelecidos para cada tipo de cliente. Na grande maioria dos casos os documentos exigidos do cliente são os listados abaixo:
- pessoa física (PF):
- Cadastro da corretora;
- Declarações e Autorizações;
- Contratos (de acordo com o que o cliente deseja operar) BM&F, Bovespa, Internet, Tesouro e BTC;
- Cópia autenticada de RG e CPF;
- Cópia autenticada de comprovante de endereço;
- Cópia autenticada de certidão de casamento (se for o caso);
- Cartão de assinatura com firma reconhecida;
- Contrato de abertura de conta corrente;
- Cópia do último IR (para operações na BM&F);
- Se o cliente for Hedger (produtor por exemplo), cópia da nota fiscal onde conste os produtos comercializados.
- pessoa jurídica (PJ):
- Cadastro da corretora;
- Declarações e Autorizações;
- Contratos (de acordo com o que o cliente deseja operar) BM&F, Bovespa, Internet, Tesouro e BTC.
- Cópia autenticada do Estatuto Social (S/A) ou Contrato Social (Ltda);
- Cópia autenticada da última ata da eleição da diretoria (S/A) ou da última alteração contratual com nome da atual diretoria (LTDA);
- Procuração (se houver);
- Cópia autenticada do último Balanço assinado por um dos diretores, e pelo contador;
- Cartão de assinatura com firma reconhecida;
- Contrato de abertura de conta corrente;
- Se o cliente for Hedger (produtor por exemplo), cópia da nota fiscal onde conste os produtos comercializados.
3. O terceiro passo é fazer a transferência do dinheiro para a sua corretora
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) estabelece alguns critérios para a transferência de recursos para a conta na corretora. Segue abaixo os critérios:
O recurso deve ser enviado sempre da conta do próprio cliente, titular da conta na corretora;
Os recursos deverão ser enviados por DOC ou TED. Não são aceitos outros tipos de depósito (exemplo: em espécie ou cheque). Nesses casos é necessário comprovar a titularidade do depósito, que pode levar até 5 dias.
4. O quarto passo é começar a operar!
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
A CPR é um título de crédito lastreado em produto rural, emitido por produtor rural (Pessoa Física ou Jurídica) ou cooperativa de produtores, com a finalidade de obter recursos para o desenvolvimento de suas atividades (plantio, tratos culturais, compra de maquinário, etc).
Ao emitir uma CPR o produtor se compromete a entregar uma certa quantidade (especificada no título) de sua produção, em data futura, como forma de liquidação do título. Outra forma de liquidação é a financeira, onde o produtor paga o valor referente àquela quantidade de produto que consta na CPR. Além dessas duas modalidades de CPR, a de liquidação física (com entrega do produto) e a de liquidação financeira, há também variações específicas como por exemplo a modalidade de liquidação física com possibilidade de liquidação financeira, a liquidação financeira com possibilidade de liquidação física e outras variações considerando outros títulos do agronegócio. Tudo depende das estratégias de quem está carregando a CPR, ou seja, do comprador do título.
Desde a criação desses títulos, através da lei 8.929 de 1994, sua utilização tem evoluído consideravelmente. Hoje, é um dos principais meios de financiamento ao agronegócio. Entre as vantagens desse título podemos destacar:
- A vinculação do recurso financeiro obtido pelo produtor a parte de sua produção é um hedge, pois caso os preços caiam, seu custo também será reduzido;
- A CPR é um título líquido e certo, exigível pela qualidade e quantidade do produto. A liquidação parcial não elimina a exigibilidade do título, sendo anotado a ocorrência no verso do mesmo e ficando o emitente obrigado a cumprir a entrega do saldo;
- Ela pode ser endossada para transferência e admite hipoteca, penhor e alienação fiduciária como garantia da liquidação do título;
- Também pode ser garantida fidejusória, ou seja, garantia pessoal com aval bancário ou fiança;
- Pode ser emitida em qualquer fase da produção (pré-plantio, plantio, desenvolvimento, colheita);
- Pode ser negociada nos mercados de bolsa e de balcão;
As operações de hedge são, em português claro, operações de proteção contra as oscilações de preços dos mercados. Esta proteção consiste na venda (ou compra) antecipada de um produto, garantindo uma receita (ou custo) fixo para uma data futura.
Além da venda (ou compra) antecipada, outra forma de se proteger contra oscilações indesejáveis é através das opções. Estas são uma espécie de seguro, onde o indivíduo que o compra tem o direito de vender (ou comprar) certo produto a um preço pré-fixado, enquanto o que vende a opção tem a obrigação de comprar (ou vender) este produto, ao preços acordado, recebendo em troca um prêmio - preço da opção.
Essas formas de proteção acima citados são chamadas de derivativos, pois o preço de seu objeto de negociação (o produto para entrega futura) deriva do preço de um produto negociado no mercado à vista mais as expectativas futuras sobre o mesmo.
Os meios disponíveis para realização de hedge no agronegócio são inúmeros, podendo ser citados como os mais importantes: (Obs.: nos exemplos de mecanismos de hedge das citações abaixo, apenas para efeito de conhecimento, alguns meios de negociação que não se caracterizam como estratégia de hedge)
- Contratos de compra e venda a termo, ou seja, com data de liquidação futura à de contratação
- Mercado de títulos de crédito rural
CPR - Cédula de Produto Rural
CDA - Certificado de Depósito Agropecuário
WA - Warrant Agropecuário
CDCA - Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio
LCA - Letra de Crédito do Agronegócio
CRA - Certificado de Recebíveis do Agronegócio
- Bolsas de Derivativos (Termo, Futuros e Opções):
CBOT - Chicago Board of Trade - Chicago / EUA
Nybot / ICE - New York Board of Trade / ICE Futures U.S.
Nymex - New York Mercantil Exchange
- Leilões da Conab
Contratos de Opção (compra e/ou venda futuros)
Pepro - Prêmio Equalizador de Preços ao Produtor
Prop - Prêmio de Risco para Aquisição de Produto Agrícola oriundo de Contrato Privado de Opção de Venda (não configura como estratégia de hedge pois o beneficiário do prêmio assume todos riscos de oscilação do preço (alta e baixa) em troca do prêmio)
PEP - Prêmio para Escoamento de Produto
AGF - Aquisições do Governo Federal (não configura como estratégia de hedge porque a compra do governo é a vista)
Dentre todos meios de se executar uma operação de hedge, citados acima, destaco como mais importante os mercados de derivativos. Primeiro porque a forma de atuação desses mercados dá aos seus participantes uma garantia firme de que os contratos (futuros e/ou opções) negociados serão cumpridos. Segundo, porque o grande número de participantes (compradores e vendedores) gera liquidez ao mercado. Isto significa que há grande facilidade para entrar e sair do negócio, ou seja, para comprar e vender antes da data de liquidação do contrato.
Espero ter sido claro o suficiente para que os leitores entendam o significado da palavra hedge. Um de meus objetivos nesse artigo é mostrar que, ao contrário do que muitos pensam, são vários os mecanismos de hedge, muito além dos tradicionais contratos futuros exixtentes nas bolsas.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Um dos financiamentos mais utilizados no setor agropecuário é a chamada operação de barter, ou, em português mais claro, operação de troca. Esta operação consiste, basicamente, na troca de insumos (fertilizantes, defensivos, corretivos, etc) pela promessa de entrega futura da produção (soja, milho, boi gordo, café, etc).
Imaginemos que um produtor de Sorriso/MT precise, em novembro de 2008, adquirir uma quantidade de fertilizante equivalente a US$ 100.000,00 para aplicar no plantio de sua lavoura de soja. O produtor segue para negociar com seu fornecedor a obtenção dos insumos naquele momento para pagamento em sacas de soja na colheita (Abril de 2009). Após algum tempo de avaliação, o fornecedor informa que o produtor precisará garantir, através de Cédula de Produto Rural (CPR), a entrega de 6.486 sacas de soja na época da colheita para conseguir os fertilizantes.
A proposta do fornecedor é justa ou seria melhor pegar o financiamento oferecido pelo banco?
Para poder avaliar qual das duas alternativas é a melhor opção ao produtor é preciso, primeiramente, entender a lógica das duas operações de financiamento.
Quando o produtor decide pelo financiamento tradicional, ele fixa uma dívida cujo custo é explícito, o juros. Caso as cotações da soja sofram queda, sua dívida continua inalterada e assim o produtor poderá arcar com prejuízos caso não tenha realizado uma proteção (hedge) em mercados futuros.
Quanto o produtor se financia através de barter, ele assume uma venda antecipada da produção, recebendo o pagamento em insumos. Nesse caso, ele está se protegendo contra possíveis quedas nas cotações da soja, já que sua dívida está indexada à cotação da soja. Apesar de não estar explícito, há uma taxa de juros embutida nessa operação.
Entre outras avaliações que o produtor deve fazer ao escolher forma de financiar o custeio de sua lavoura, um fator muito importante para sua avaliação é justamente a comparação entre a taxa de juro embutida na operação de barter e o juro do financiamento bancário. Caso o produtor verifique que o juro do barter seja abusivo, maior que do financiamento bancário, ele deve optar pelo financiamento bancário e realizar sua proteção de preços (hedge) por conta própria (melhor: com o auxílio de um especialista!). E vice versa!
Descobrir a taxa de juros da operação de barter será o foco de nossa análise!
Obs.: Para avaliação dessa operação é necessário um nível mínimo de conhecimento de matemática financeira e mercados futuros. Caso haja dúvidas em qualquer ponto da análise, favor postar comentário com sua(s) dúvida(s) para que possamos eliminá-las.
Vejamos então o fluxo da operação de barter para, posteriormente, entender passo a passo o processo de negociação e análise financeira.
Processo de negociação para o exemplo citado:
1) O produtor solicita ao fornecedor, na época do pré-plantio (Nov/09), US$ 100.000,00 em insumos para pgto em soja na colheita (Abril/09);
2) O Fornecedor verifica a cotação da soja, na Bolsa de Mercadorias e Futuros, no vencimento/contrato equivalente ao da promessa de pagamento do produtor (maio/09).
Data da negociação: 10/11/2009
Promessa de Pagamento: Abril/09
Contrato Equivalente na BM&F: Maio/2009
Cotação: US$ 20,50 por saca (Paranaguá/PR)
3) O Fornecedor estipula, com base em série histórica, a diferença de cotação entre Paranaguá/PR e a praça de entrega da soja (Sorriso/MT); (Essa diferença é chamada de diferença de base)
Diferença de Base: -US$ 2,00 por saca
4) Assim, o fornecedor chega ao valor local de mercado da soja para maio/09, que é igual à cotação futura menos a diferença de base: US$ 20,50 – US$ 2,00 = US$ 18,50
5) Lembrando que o fornecedor estipulou 6.486 sacas de soja para poder disponibilizar o fertilizante ao produtor. Isso equivale a 6.486 sacas x US$ 18,50 = US$ 119.991,00
Neste ponto, vale ressaltar que o fornecedor já tinha definido o juros a ser cobrado do produtor e o utilizou para calcular o valor total do pagamento futuro de US$ 119.991,00. A taxa de juros é calculada considerando fatores de mercado e também a capacidade de pagamento do produtor (risco de inadimplência).
Agora, para saber qual a taxa de juro implícita nessa operação de barter basta utilizar uma regra clássica da matemática financeira:
VF = VP * (1 + r)
Onde,
VF = Valor Futuro = Valor Local de Mercado de 6.486 sacas de Soja para maio/09 = US$ 119.991,00
VP = Valor Presente = Valor Atual dos Insumos = US$ 100.000,00
r = Taxa de Juros
Portanto: r = (VF – VP)/VP = US$ 19.991,00 / US$ 100.000,00 = 19,99%
Resultado
O produtor está pagando uma taxa de juros implícita de 19,99% para um período de aproximadamente 5 meses. Isso equivale a aproximadamente 3,7% ao mês.
Serão postados no blog maiores informações sobre esse tipo de financiamento ao produtor rural. Caso tenha interesse em algum assunto específico, basta solicitar no blog Azimute Agronegócios.
AgroLinks
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA / ESALQ / USP):
- Indicadores e Análises de Açucar
- Indicadores e Análises de Álcool
- Indicadores e Análises de Soja
- Indicadores e Análises de Milho
- Indicadores e Análises de Algodão
- Indicadores e Análises de Café
- Indicadores e Análises de Boi Gordo
- 11º levantamento da safra de grãos 2008/09 (Agosto/2009)
- Posição dos Estoques Nacionais
- Série histórica da produção de soja
- Série histórica da produção de milho (total)
- Série histórica da produção de milho (1ª Safra)
- Série histórica da produção de milho (2ª Safra)
- Série histórica da produção de algodão
- Estudo - Corredores de escoamento da produção agrícola
- Estudo - Corredor Rio Madeira (Mato Grosso, Rondônia e Amazônia)
- Estudo - Corredor Cuiabá-Santarém (BR-163) (Mato Grosso e Pará)
- Mapa Georeferenciado das Usinas do Brasil
- Mapa da Produção Brasileira de Soja
- Mapa da Produção Brasileira de Milho (Produção total: 1ª Safra e 2ª Safra)
- Mapa da Produção Brasileira de Milho 1ª Safra
- Mapa da Produção Brasileira de Milho 2ª Safra
- Mapa da Produção Brasileira de Algodão
- Mapa da Produção Brasileira de Cana-de-Açucar
- Mapa da Produção Brasileira de Trigo
- Relatórios Agropecuários Diários - (cotações, gráficos, volatilidade diária, número de contratos negociados, contratos em aberto, spread, etc)
- Síntese Agrícola da BM&F (Análises do mercado agropecuário)
União da Indústria de Cana-de-Açucar (UNICA)
Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) - com informações e dados estatísticos
Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (ABEF) - com relatórios e dados estatísticos
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA):
- Agenda dos relatórios
- Relatórios de oferta e demanda mundial
- Série histórica de oferta e demanda mundial
- Desenvolvimento das lavouras dos EUA
- Vendas semanais para exportação dos EUA - Último Relatório
- Gráfico de Exportações por Ano Safra
- Gráfico comparativo entre as vendas atuais, a do último ano e a média dos últimos 5 anos
- Base de dados de vendas para exportação (séries históricas)
- Relatórios com dados e análises da comercialização agrícola dos EUA (Agricultural Marketing Service)
- Tour da Safra do Meio-Oeste dos EUA - Midwest Crop Tour
- Manchetes sobre Soja (Análises, Estimativas, Notícias, etc)
- Manchetes sobre Milho (Análises, Estimativas, Notícias, etc)
- Manchetes sobre Algodão (Análises, Estimativas, Notícias, etc)
- Manchetes sobre Biocombustíveis (Análises, Estimativas, Notícias, etc)
- Relação de editais e resultados dos leilões de biodiesel
- Relação das usinas de biodiesel e capacidades autorizadas pela ANP
- Portal do governo brasileiro de informações sobre biodiesel
- Site da associação norte americana dos produtores de biodiesel - National Biodiesel Board
- Site da associação européia dos produtores de biodiesel - European Biodiesel Board
- Gráficos e cotações futuras de milho
- Comentário de pré-abertura do mercado de milho
- Comentário de meio pregão do mercado de milho
- Comentário de encerramento do mercado de milho
- Gráficos e cotações futuras de Soja
- Comentários de pré-abertura do mercado de soja
- Comentários de meio pregão do mercado de soja
- Comentários de encerramento do mercado de soja
- Calculadora de conversão de cotações e unidades
ICE (New York Board of Trade / Nybot)