sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Cotações futuras do milho fecham em alta com compras especulativas para realização de lucros

As cotações futuras do milho encerraram essa quinta-feira em alta, com compras especulativas para realização de lucros. Essa alta, que começou no after da quarta-feira, veio com a lei que aprovou aumento no repasse de verbas ao Ministério da Agricultura e Pecuária as quais serão destinadas para formação de estoques governamentais e seguro safra. Também fez parte a alta que houve na quarta-feira nas cotações da Cbot. A expectativa de que parte destes recursos fossem destinadas aos leilões de milho da Conab foi assim o principal motivo para ativar o desejo de compras.

Enquanto isso, no mercado físico, os preços seguem sua tendência de baixa. Os estoques estão em níveis muito elevados e significativa parte da safra ainda não foi comercializada. Com isso os compradores seguem sua estratégia de adquirir somente o suficiente para as necessidades de curto prazo, aguardando preços mais baixos. Para hoje acredito que o mercado devolva os ganhos de ontem e feche em baixa.

Nervosismo do mercado financeiro derruba cotações da soja no eletrônico

O mercado interno de soja ficou travado nessa quinta-feira devido à ausência do referencial da Cbot que não operou ontem por causa do feriado de ação de graças nos EUA.

Enquanto isso, o anúncio de Dubai sobre a renegociação de dívidas deixou o mercado nervoso, com medo de um calote de aproximadamente US$ 80 bilhões.

Como resultado o Dólar se valorizou com a corrida dos mercados por proteção. O resultado dessa valorização já se reflete no eletrônico da Soja Cbot, com baixa em torno a 20 pontos passando (09h00) a testar incisivamente o suporte. Para hoje, o mercado deve observar atento ao relatório de vendas para exportação dos EUA, além, é claro, do comportamento dos mercados financeiros. A minha expectativa é que o mercado financeiro continue negativo hoje, o que deve manter as cotações da soja em baixa. O suporte desse mercado vai depender dos resultados das exportações, as quais estão em forte crescimento nos EUA.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Cotações da soja oscilam dentro de canal de consolidação na Cbot

No mercado interno de soja, o dia foi de fraca comercialização com os participantes atentos ao movimento de consolidação das cotações na Cbot e do Real x Dólar.

Na Cbot, as cotações da soja estão se mantendo acima dos US$10,00/bushel, com suporte da demanda internacional pela oleaginosa e também na desvalorização do Dólar. O movimento é de consolidação, já que os participantes desse mercado estão diante da entrada da safra norte americana e também a expectativa de uma safra muito maior na América do Sul.

Hoje não haverá pregão na Cbot devido ao feriado de Ação de Graças.

Milho: em forte tendência baixista, o mercado atenta às cotações internacionais

O mercado de milho encontra-se ainda em tendência de baixa, com estoques elevados e compradores adquirindo somente o necessário para as necessidades de curtíssimo prazo. Com isso, o indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa já acumula 5,75% de baixa no mês. Na BM&F os contratos futuros seguem o mesmo rítmo. Para hoje, as cotações esboçam uma leve recuperação. Os participantes, sabendo da dependência do mercado interno em relação às cotações internacionais, aproveitaram a forte alta de ontem na Cbot para realizar lucros liquidando posições vendidas. Por outro lado, a aprovação de lei permitindo o aumento do repasse de verbas suplementares para o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) - R$ 782,71 milhões - também serviu de fator para impulsionar as compras especulativas. A expectativa é que o Mapa destine parte desses recursos para realização de mais leilões. Contudo, a maior necessidade hoje é de escoamento dos estoques. Por isso, acredito que qualquer atuação do governo no sentido de comprar milho do mercado será pontual. Continuamos na dependência do mercado externo. Quem estiver na torcida para um aumento dos preços no mercado interno deve continuar rezando para aumentar a paridade de exportação. Ou seja, reza para o Real não se valorizar mais e as cotações em Chicago subir.

Retorno das análises de milho e soja

Caros leitores,

a partir de hoje retomaremos as análises diárias dos mercados de milho e soja. O blog Azimute Agronegócios pede desculpas pelo inconveniente.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Soja: após iniciar o dia com fortes ganhos, realização de lucros devolvem os ganhos do dia na Cbot

A Cbot inciou o dia com fortes ganhos do noturno, contudo, no decorrer do pregão devolveu os ganhos encerrando com as cotações praticamente iguais ao fechamento anterior.

Os participantes do mercado iniciaram o dia acompanhando o bom desempenho do petróleo e do ouro, devido à desvalorização do Dólar. Contudo, ao final do dia o Dólar se fortaleceu puxando para baixo todas as commodties utilizadas pelos fundos para hedgear suas carteiras contra inflação.

Nos fundamentos, o mercado continua encontrando suporte do lado da demanda. Hoje as atenções estão voltadas para dois importantes relatórios dos EUA, o de vendas para exportação pelo USDA e o de esmagamento em outubro pelo Census Bureau. A expectativa para o relatório de vendas semanais para exportação é de 1 milhão de toneladas. Para o Census Bureau, o mercado aguarda um número ainda maior que a estimativa divulgada segunda-feira pelo National Oilseeds Processors Association (NOPA), já que esta última engloba somente as esmagadoras associadas. Segundo a NOPA, o esmagamento em outubro foi de 155,3 milhões de bushels, bem acima do que esperava o mercado.

Milho: estoques elevados + aumento da oferta + compradores retraídos = baixa

Com o aumento das ofertas de milho pelos produtores os preços no mercado físico ficam pressionados.

Os compradores estão mantendo sua estratégia de comprar apenas o suficiente para as necessidades imediatas, confiantes de que poderão comprar a preços mais baixos. Diante de um cenário de estoques elevados, baixa demanda para exportação e pressão para desocupação dos silos para entrada da safra de soja, a expectativa é que o mercado siga em sua tendência de baixa.

O reflexo dessa expectativa se traduz na atual tendência baixista sobre os contratos futuros do milho na BM&F.

No cenário externo, a Cbot ontem fechou em baixa após registrar alta no início do pregão. As cotações acompanharam inicialmente a desvalorização do Dólar e alta do petróleo, contudo, ao final do dia, com a queda desses ativos os fundos se tornaram vendedores e o milho acabou encerrando no negativo. Nos fundamentos, a previsão de chuvas e neve no cinturão produtor deve atrasar a colheita o que pode significar suporte para as cotações. Ainda nos EUA, será divulgado hoje pelo USDA o relatório de vendas semanais para exportação. O mercado espera que as vendas semanais para exportação fiquem em 488,5 mil toneladas.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

As cotações da soja são as maiores em três meses

As cotações da soja, que iniciaram a terça-feira em baixa, acompanhando a força do Dólar, inverteu a tendência durante o dia para encerrar com a maior cotação desde 14 de agosto de 2009 no vencimento jan/10 da Bolsa de Chicago.

Os fundos especulativos sairam às compras e os motivos são claros: a) a demanda internacional e principalmente chinesa continua acima do que foi previsto pelo USDA; b) A demanda interna norte-americana para processamento está melhor que o esperado pelo mercado; c) A safra da Argentina deve sofrer perdas devido à seca que vinha atingindo a região; d) A tendência baixista do Dólar tornando o preço relativo da soja mais barato para outras moedas e atraindo compras para proteção contra inflação.

Todos esses motivos influenciaram o mercado ontem a se descolar do Dólar e encerrar em forte alta. Contudo, a tendência é que esse mercado continue seguindo o comportamento dos mercados acionários e do Dólar.

Aumenta a pressão baixista sobre o mercado de milho

O mercado físico do milho está sofrendo com a pressão baixistas sobre os preços devido ao elevado nível dos estoques. Desta vez os produtores aumentaram as ofertas enquanto os compradores ficam retraídos. Os produtores do Mato Grosso foram ontem reivindicar ao governo a realização de novos leilões e o escoamento do milho estocado nos armazéns da Conab, liberando espaço para entrada da safra de soja que começa a ser colhida em janeiro. O Ministério da Agricultura não descartou a possibilidade,contudo, afirmam que já estouraram o orçamento e estão dependentes de aprovação de novos recursos.

Enquanto isso, na BM&F, as cotações futuras seguem sua tendência de baixa. A expectativa dos participantes desse mercado é que o governo não realizará mais leilões devido questões orçamentárias. Além disso, mesmo que os estoques da Conab comecem a ser liberados agora, a logística não possibilitará o escoamento até entrada no mercado da soja.

A esperança dos produtores hoje está sobre o aumento da demanda para exportação. Para isso, é necessário que as cotações na Cbot se mantenham nessa tendência de alta e que o Real não se valorize contra o Dólar.

Ontem na Cbot, as cotações encerraram em leve baixa. Contudo, deve-se notar que o mercado suportou toda pressão baixista vinda do fortalecimento do Dólar e da baixa no petróleo. A preocupação está sobre a qualidade do milho norte-americano, o que serviu de suporte às cotações. Outro motivo que evitou uma baixa maior foi a forte alta observada nos mercados vizinhos, soja e trigo.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Dólar fraco e demanda forte impulsionam as cotações da soja na Cbot

As cotações da soja apresentaram forte valorização ontem em Chicado por conta da compras de fundos que procuraram se proteger contra a desvalorização do Dólar e acompanhando a forte alta nas cotações do petróleo e do ouro. Além disso, a forte demanda por soja continua servindo de suporte. Ontem, a Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos EUA divulgou uma estimativa de esmagamento de 155,262 milhões de bushels, aproximadamente 18 milhões de bushels acima da expectativa do mercado. Apesar do forte aumento no esmagamento norte americano, os estoques de óleo aumentaram pouco, de 2,289 bilhões para 2,262 bilhões de pounds. Isso porque a oferta ainda foi restrita em setembro devido ao apertado estoque de soja no mercado. Assim, espera-se uma mudança desse cenário com a entrada no mercado desta safra norte americana. Os indicadores da exportação norte americana da oleaginosa também seguem firmes. As inspeções semanais de exportação, divulgadas ontem pelo USDA, ficaram no topo das expectativas. Aqui no Brasil, as estimativas apontam que mais de 60% do cultivo já foi realizado, mas o clima chuvoso atrapalha o andamento. A previsão é de continuidade. Na Argentina, por outro lado, as chuvas estão sendo benéficas. O cenário é benéfico para as cotações da soja, contudo, atenção especial deve ser dada ao Dólar. Também deve-se atentar que as cotações acima dos US$10,00/bushel é atrativa para a realização de hedge dos produtores, o que deve atrair vendedores ao mercado.

Forte alta na Cbot dá suporte às cotações do milho no mercado interno

O mercado físico de milho segue com fraca comercialização e pressionado pelo elevado nível dos estoques e mínima possibilidade de realização de novos leilões da Conab para auxiliar nas exportações. Na BM&F, as cotações também seguem pressionadas, contudo, no after-market de ontem ensaiou-se uma leve recuperação devido à alta de Chicago. Percebe-se que o mercado continua acompanhando de perto qualquer movimento que possa resultar em maior demanda externa para o milho brasileiro. Mesmo assim, o mercado não deve demonstrar maior interesse de compra enquanto não se observar a realização desta alta externa na demanda para exportação. Nos EUA, as cotações voltaram novamente a testar os US$ 4,00/bushel no contrato mais curto. A forte alta foi resultado de compras de fundos de hedge buscando proteção contra a desvalorização do Dólar. Outro motivo para alta é a preocupação do mercado norte americano com a alta incidência de vomitoxina no milho. Por esse motivo a CBOT anunciou que irá fazer mudanças nos contratos futuros para resguardar a qualidade do milho negociado na bolsa. Essa mudança pode resultar em menor volume de liquidação de contratos por entrega física de milho. Além disso, o ritmo da colheita continua sendo alvo da preocupação dos traders. Ontem o USDA divulgou que a colheita norte americana está em 54% da área plantada nos EUA, dentro das expectativas do mercado mas bem abaixo dos 77% registrados nesse mesmo período na safra passada. Por outro lado, as exportações americanas seguem abaixo das estimativas do USDA.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O mercado de soja opera sem direção definida enquanto aguarda maiores novidades dos fundamentos.

O pregão de soja nesta quarta-feira na Cbot operou sem uma direção definida. Os participantes desse mercado encontram-se indecisos devido aos balanceamento entre os fatores de alta e de baixa, ou seja, existentes tando do lado da oferta (safra recorde dos EUA) quando da demanda (refletida na forte demanda para exportação dos EUA).

Enquanto não surgem novidades mais significativas dos fundamentos, o mercado segue acompanhando o comportamento dos mercados financeiros e do petróleo, com grande participação de fundos especulativos.

Nos fundamentos, as previsões continuam apontando trégua para avanço da colheita nos EUA, o que é um fator baixista. Segundo o USDA, a colheita já atinge 75% da área de soja nos EUA e, segundo especialistas, ela deve terminar dentro de 10 a 15 dias.

Aqui no Brasil o plantio avança e já temos 71% da área cultivada, ante 56% em mesmo período do ano passado.

Na Argentina, o clima seco dificulta o trabalho de plantio pois dificulta a germinação das sementes. Contudo, há previsão de chuvas naquela região ainda esta semana.

Mesmo com alta nas cotações internacionais, valorização do Real impossibilita recuperação no volume exportado de milho

As cotações futuras do milho encerraram em mais um dia de baixa na BM&F.

Apesar dos produtores continuarem se recusando a aceitar os atuais níveis de preços, os compradores seguem a mesma estratégia e adquirem somente o necessário para as necessidades de curtíssimo prazo.

O mercado observa atentamente os atuais níveis elevados dos estoques, com grande parte da produção ainda a comercializar. Além disso, pouca gente acredita na possibilidade de uma recuperação das exportações sem o auxílio do governo através da realização dos leilões da Conab.

Se por um lado vê-se a possibilidade de alta nas cotações internacionais, devido à fraqueza do dólar contra as principais moedas internacionais e devido à alta no petróleo aumentando as margens das usinas de etanol nos EUA, essa mesma desvalorização também deixa o Real mais valorizado, anulando os ganhos nas cotações externas.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Mercado de milho atento ao relatório de oferta e demanda mundial divulgado hoje pelo USDA

O mercado físico do milho iniciou essa semana travado, com recuo de vendedores e compradores. O interesse de compradores para exportação aumentou, com a alta registrada na Cbot, contudo não houve oferta já que os preços ainda continuam abaixo do praticado no mercado interno. Segundo alguns traders, os participantes estão atentos à divulgação do relatório de oferta e demanda mundial de milho pelo USDA. A preocupação com esse relatório deve-se à expectativa de que uma redução na produção norte americana pode dar possibilidade à exportação ao milho brasileiro. Enquanto isso, as cotações futuras seguem pressionadas na BM&F.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O mercado de soja está pressionado pelo avanço da colheita nos EUA

As cotações da soja encerraram a sexta-feira em baixa na Cbot. O mercado continua acompanhando as previsões climáticas e, com a possibilidade de continuidade do clima seco durante essa semana, as cotações voltam a ficar pressionadas. Outro fator baixista é a produtividade que vem sendo alcançada pelos produtores norte americanos com o avanço da colheita. As elevadas produtividades estão eliminando o medo que o mercado tinha destas terem sido afetadas pelo atraso das lavouras, pelas chuvas e geadas.

Na sexta-feira, fatores externos aos fundamentos da soja também influenciaram negativamente nas cotações. A forte baixa no petróleo encadeada pelos número histórico de desemprego nos EUA acabaram inserindo mais pessimismo ao mercado.

O resultado técnico desse cenário de pressão baixista é que as cotações futuras acabaram rompendo importante suporte aos US$ 9,65/bushel no vencimento novembro/2009 da Cbot. Contudo, no eletrônico as cotações já devolveram dessa perda e já se posicionam acima deste suporte.

O mercado deve atentar essa semana para a divulgação do relatório de oferta e demanda mundial que será divulgado amanhã (10) pelo USDA e também ao relatório de vendas para exportação que será divulgado na sexta-feira (13).

Cotações do milho seguem tendência de baixa na BM&F, mas encontram suporte no físico

A semana passada registrou queda de 1,56% nos preços do milho no mercado físico. Esta baixa poderia ser maior não fosse a leve alta registrada na sexta-feira. O mercado continua com uma demanda pontual, enquanto a oferta segue restrita e a preços acima do mercado. Tal situação tem sido responsável pela manutenção, e até mesmo aumento, das cotações no mercado físico.

Na BM&F, as cotações seguem uma trajetória de baixa devido à ausência de expectativas altistas para o cereal. Nem mesmo a redução de área plantada para esta safra supera a expectativa de grande volume excedente de milho no mercado interno. Aliando-se esse cenário à pressão baixista na Cbot exercida pelo avanço da colheita de uma safra recorde nos EUA, a possibilidade de recuperação nas cotações futuras fica cada vez mais remota.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Cotações da soja sofreram forte baixa ontem na Cbot com realização de lucros

As cotações da soja encerraram o pregão de ontem em forte baixa na Cbot. Os fundos aproveitaram o dia de estabilidade do Dólar para realizar lucros.

A expectativa de que a safra norte americana de soja não sofreu perdas significativas com o clima adverso de outubro, além da expectativa de avanço da colheita na próxima semana estão pesando sobre as cotações.

Ontem, também pesou sobre as cotações o volume de vendas para exportação que ficou abaixo do esperado pelo mercado, com apenas 522 mil toneladas. Por outro lado, a expectativa é que a demanda siga forte e continue servindo de suporte para as cotações, podendo evitar quedas mais significativas.

Tecnicamente, as cotações estão testando o suporte. Somente com o surgimento de mais fatores baixistas para trazer as cotações abaixo deste suporte. Assim, hoje a soja deve acompanhar os mercados financeiros, principalmente o Dólar.

Queda nas cotações do milho acumulam 1,79% este mês no indicador ESALQ/BM&FBovespa

Após a forte alta ocorrida em setembro e a relativa estabilidade dos preços do milho Campinas em outubro, o indicador ESALQ/BM&FBovespa já acumula baixa de 1,79% neste início de mês.

As cotações futuras da BM&F também seguem o mesmo rítmo de baixa, contudo, ontem ficaram estáveis.

Os fundamentos desse mercado não são suficientes para determinar quais fatores de oferta e demanda terão mais impacto sobre os preços. Hoje, o excedente de milho no mercado interno e a dependência dos leilões da Conab para exportação são fatores baixistas para as cotações. Por outro lado, a restrição de oferta dos produtores, a demanda pontual dos compradores do mercado interno, a redução de área plantada com milho nesta safra e a baixa qualidade do milho do sul (devido ao excesso de chuvas) são fatores altistas.

Por enquanto, os fatores baixistas estão sendo mais significativos sobre a expectativa dos participantes dos mercados futuros.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Cotações da soja não se sustentam acima dos US$ 10,00/bushel

Mesmo com um dólar mais fraco e os ganhos observados no petróleo, as cotações da soja encerraram o pregão de ontem em baixa na Cbot.

O principal motivo foi atribuído à previsão de clima seco para a próxima semana no cinturão produtor dos EUA. Por outro lado, os preços acima de US$10,00/bushel tornam a venda muito atraente, já que este é uma resistência psicológica muito forte.

Para hoje as atenções estão todas voltadas para o relatório de vendas semanais para exportação dos EUA que será divulgado pelo USDA. A expectativa do mercado é que o volume fique acima de 700.000 toneladas. Caso se confirme essa expectativa, a soja encontrará significativo suporte.

Mercado físico de milho com preços estáveis enquanto na BM&F as cotações fecham em mais um dia de baixa

O mercado físico de milho segue com preços estáveis e pontualidade nos negócios. Os compradores têm observado a baixa qualidade do milho ofertado no Paraná devido às chuvas, o que também dificulta as negociações. Hoje será realizado mais um leilão de PEP no Mato Grosso para 130 mil toneladas do cereal. Os prêmios variam entre R$5,40/saca (Sul) e R$6,60/saca (Norte). Enquanto isso as cotações futuras encerram em mais um dia de baixa, sendo a maior no vencimento janeiro/2010. Na Cbot o mercado de milho também fechou em baixa, devolvendo parte dos lucros do pregão anterior. Segundo traders locais, a possibilidade de clima seco na próxima semana no Meio Oeste americano foi o principal motivo da baixa.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Cotações da soja seguem firmes em Chicago, rompendo a resistência psicológica dos SU$ 10,00/bushel

As cotações da soja encerraram essa terça-feira em mais um dia de alta na Cbot, rompendo mais uma vez a barreira psicológica dos US$10,00/bushel.

O mercado ignorou a firmeza do Dólar frente às demais moedas e acompanhou a forte alta do petróleo e recuperação nos mercados acionários. Além disso, as previsões de chuvas para a semana também serviram de suporte.

Contudo, o principal suporte deste mercado continua sendo a forte demanda, traduzida nos relatórios de vendas para exportação e inspeção das exportações nos EUA. Estes vêm se apresentando firmes nas últimas seis semanas, posicionando as exportações acumuladas do ano significativamente acima das estimativas do USDA.

O atual nível de preços é bastante atrativo para os produtores norte americanos fazerem hedge, o que significa uma resistência contra altas mais significativas já que estes devem entrar no mercado vendendo. A permanência das cotações neste patamar depende agora do comportamento dos mercados acionários, do dólar, do clima no cinturão produtor e, principalmente, das exportações. Assim, atenção especial deve ser dada ao relatório de vendas para exportação que será divulgado amanhã pelo USDA.

Exportações de milho ficam em 817,9 mil toneladas em outubro, volume abaixo das expectativas.

No mercado físico os preços seguem estáveis com mercado sem liquidez.

Nos fundamentos as novidades ficam por conta do avanço do plantio e dos números da exportação de milho. O plantio avança com a trégua das chuvas, atingindo 80% no Paraná, 62% no Rio Grande do Sul, 60% no Mato Grosso, 62% em Goiás e 68% em São Paulo.

As exportações de outubro, segundo o Secex, foram de 817,9 mil toneladas. Esse volume representa um bom volume, contudo, ficou abaixo da expectativa, já que no levantamento dos line-ups dos portos, feito pela agência Safras, apontava um volume superior a 1 milhão de toneladas.

Enquanto isso, na BM&F as cotações encerraram o dia em baixa, mas ainda se movimentando dentro do canal de consolidação. O spread entre os vencimentos em aberto na BM&F voltam a se fechar mais uma vez devido à baixa mais forte nos vencimentos curtos (entressafra) que nos vencimentos mais longos (safra).

Na Cbot, o mercado contrariou a expectativa de devolução dos ganhos e fechou em mais um dia de alta. As cotações reverteram uma tendência inicial de baixa acompanhando o bom desempenho dos mercados acionários ao final do dia, a forte alta no petróleo e também precificando o risco associado à previsão de chuvas para essa semana no cinturão produtor dos EUA.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Mercado de soja segue com grande volatilidade diante de fortes fundamentos de oferta e de demanda

O mercado de soja encerrou a semana pressionado pela valorização do Dólar e pessimismo nos mercados acionários mundiais. Por outro lado, a demanda crescente ainda impõe forte suporte. Ontem, o mercado devolveu toda perda da última sexta-feira e encerrou em forte alta na Bolsa de Chicago. Os ganhos iniciaram-se no eletrônico noturno e muitos analistas atribuíram essa recuperação inicial à desvalorização do Dólar. Contudo, no decorrer do pregão de ontem, o Dólar voltou a se valorizar sem, contudo, pressionar as cotações da soja. O principal motivo foi a divulgação do relatório de inspeção semanal das exportação dos EUA, que veio bem acima do esperado pelo mercado pela sexta semana consecutiva. Quanto ao clima nos EUA, esse final de semana foi de clima seco e ensolarado, o que pode significar grande avanço na colheita da oleaginosa. O mercado espera que a colheita agora fique acima de 55% da área cultivada, ante 44% na semana anterior. Para esta semana, o mercado deve continuar apresentando grande volatilidade, acompanhando a pressão baixista da colheita, a volatilidade do Dólar e os relatórios demonstrativos da demanda. O suporte está posicionado a US$9,60/bushel e a resistência a US$10,00/bushel no vencimento maio/2009.

Cotações futuras do milho oscilam dentro de canal de consolidação

O mercado de milho encerrou a semana em ritmo lento de negociações e preços estáveis. A restrição de oferta dos produtores ainda oferece suporte às cotações enquanto a necessidade de reposição de estoques dos setores consumidores obriga a aceitação do atual nível de preços. Contudo, essa demanda é pontual, comprando somente o necessário para as necessidades de curtíssimo prazo.

Na BM&F as cotações encerraram a semana em leve baixa, se posicionando dentro de um novo canal de consolidação formado entre o suporte a R$20,50/saca e a resistência a R$ 20,80/saca no vencimento janeiro/2010. Os participantes desse mercado acompanharam atentos à forte baixa na Cbot e consequente queda nos referenciais para exportação de Paranaguá-PR.

Para hoje, há possibilidade do mercado testar a resistência do canal de consolidação, acompanhando a forte recuperação nas cotações do milho na Cbot essa segunda-feira. Contudo, não deve ter forças para rompê-lo devido à situação dos fundamentos no mercado interno.