quinta-feira, 29 de outubro de 2009

As cotações da soja fecham em baixa mas encontram suporte.

As cotações da soja encerraram essa quarta-feira em mais um dia de baixa na Cbot, contudo, desta vez encontrando um suporte bem mais próximo. O mercado segue acompanhando a forte valorização do dólar e a queda nos mercados acionários.

O suporte vem da expectativa de continuidade da forte demanda asiática pela soja norte americana. Nesse ponto, é válido acompanhar o relatório de vendas semanais para exportação que será liberado hoje. A expectativa do mercado é que estas vendas fiquem em aproximadamente 987 mil toneladas.

As previsões climáticas para a região produtora dos EUA (Meio-Oeste) ainda apontam clima chuvoso para esta semana, contudo, para a próxima, apresenta uma janela de clima seco. Tal fator também vem servindo de pressão baixista para as cotações.

Mercado físico do milho segue sem liquidez mas com leve alta nos preços enquanto as cotações futuras assumem tendência baixista

Os preços do milho no mercado físico seguem com valorização contudo em um mercado sem liquidez. O indicador ESALQ/BM&FBovespa do milho (região de Campinas – SP) traduz esses ganhos do mercado físico com alta acumulada de 7,64% na parcial do mês. Segundo a Agência Safras, nas demais regiões produtoras os preços também ficaram entre estáveis a mais firmes.

No MT, o mercado deve seguir travado até a realização do próximo leilão da Conab (150 mil toneladas de PEP de milho) que está programado para o dia 05/11.

A demanda pontual que tem gerado essa alta no milho vem do bom desempenho nas vendas de frango e suínos. Contudo, os compradores seguem adquirindo somente o necessário para o curtíssimo prazo devido à expectativa de queda nos preços.

Na BM&F, ao contrário do que acontece no mercado físico, as cotações futuras seguem uma tendência de baixa. A expectativa é que, mesmo com o bom volume de exportações que devem ser registrados nesse mês devido ao apoio da Conab, os estoques de milho do país devem exercer pressão baixista sobre as cotações. Por outro lado, as forte baixa nas cotações da Cbot também pressionam as cotações interno. Por enquanto, esse efeito tem sido amenizado na paridade de exportação pela desvalorização do Real frente o Dólar. Mesmo assim, com a forte baixa na Cbot deixa os compradores para exportação fora do mercado.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Cotações da soja despencam com fortalecimento do Dólar e previsão de clima seco nos EUA

Esta terça-feira se configurou em mais um dia de forte baixa para a soja na Cbot. O mercado cedeu diante da valorização do Dólar, que foi responsável pela queda das cotações da maioria das commodities agrícolas. Também influenciou para a pressão baixista a previsão de clima seco para a próxima semana possibilitando o avanço da colheita. Os fundos estão aproveitando para embolsar os lucros das últimas altas, já que, mesmo com o atraso na colheita, a expectativa ainda é de uma safra recorde nos EUA. O mercado deve continuar seguindo a força do Dólar contra as principais moedas internacionais, contudo deve encontrar suporte na demanda asiática pela oleaginosa.

Enquanto os preços do milho ficam estáveis no mercado físico, nos futuros seguem tendência de baixa

O leilão de PEP realizado ontem negociou 100% dos lotes ofertados e teve deságio no prêmio pago pelo governo devido disputa pelo mesmo. Segundo levantamento da Aprosoja, entre todos leilões realizados pela Conab para esta safra foram negociados cerca de 65% da produção de milho do Mato Grosso. Contudo, os produtores reinvidicam mais um leilão de 800 mil toneladas, já que os estoques ao norte do Estado ainda estão repletos. Enquanto isso, o mercado físico segue com pouco volume de negócios e preços estáveis. Na BM&F as cotações seguem uma tendência baixista. Na Cbot, as cotações também cederam com a forte valorização do Dólar. Apesar da previsão de clima úmido no Meio-Oeste dos EUA para esta semana, é esperado clima seco para a próxima semana possibilitando avanço da colheita, o que também serviu para pressionar as cotações do milho.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Força do Dólar e previsão de clima seco nos EUA derrubam cotações da soja

As cotações da soja, que iniciaram o dia em alta e acima dos US$10,00/bushel, não resistiram às pressões baixistas do dia e fecharam em forte baixa. O lado negativo para a soja veio da valorização do Dólar diante das principais moedas internacionais e também das previsões de clima seco para o decorrer da semana. Além desses fatores, os US$ 10,00/bushel é uma forte resistência psicológica que atraiu as vendas especulativas.

Forte baixa nas cotações do milho Cbot pressiona mercado interno

Enquanto no mercado físico os preços do milho encontram suporte na retração dos produtores em comercializar nos atuais níveis de preços e na demanda pontual dos compradores, na BM&F as cotações seguem em baixa. Ontem, o principal fator a pressionar o mercado nacional foi a forte baixa nas cotações do milho na Cbot, que cederam às previsões de clima mais seco e, principalmente, à forte valorização do Dólar contra as principais moedas internacionais. Tal cenário só não foi pior ao Brasil devido à desvalorização do Real contra o Dólar, que eliminou parte do efeito da baixa da Cbot sobre a paridade de exportação.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A expectativa é que as cotações da soja fiquem de lado essa semana

Na sexta-feira, as cotações da soja na Cbot iniciaram o dia em forte alta, rompendo a resistência dos US$10,00/bushel, contudo, ao longo do dia os ganhos foram devolvidos e as cotações encerraram o pregão praticamente estáveis.

O mercado continua adicionando prêmio de risco devido às previsões de continuidade das chuvas no Meio-Oeste americano, que atrapalham a colheita. A forte demanda asiática pela oleaginosa norte americana também está dando suporte às cotações.

Se por um lado esses fatores servem de suporte às cotações, por outro temos a expectativa de uma safra recorde servindo de resistência contra altas mais significativas. Assim, a expectativa para esta semana é que o mercado siga de lado, sem fortes ganhos ou perdas, enquanto não surgirem novidades nos fundamentos.

Milho com preços firmes no mercado físico mas sob pressão baixista nos futuros

O mercado físico de milho segue com poucos negócios devido à retração de compradores, a espera de preços mais baixos, e dos produtores, que se recusam a aceitar os atuais níveis de preços. Os poucos negócios realizados apontam a firmeza dos preços, contudo, o baixo volume denota a fragilidade do mercado.

No Mato Grosso os participantes aguardam o leilão de PEP da Conab para 300 mil toneladas de milho que será realizado amanhã. Contudo, a baixa registrada na Cbot na sexta-feira derrubaram os preços ofertados para exportação em Paranaguá, o que pode significar retração na demanda para este leilão.

Na BM&F, as cotações futuras encerraram entre estáveis a leve baixa. O mercado está se movendo dentro de um canal de consolidação, contudo a pressão baixista se faz mais presente.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Cotações da soja disparam no eletrônico da Cbot rompendo a resistência dos US$10,00/bushel

As cotações da soja encerraram o pregão de ontem em leve baixa na Cbot, com vendas especulativas de fundos pressionando o mercado em dia de pouco movimento. Contudo, no eletrônico (noturno) as cotações já estão em forte alta.

O mercado continua sendo fortemente influenciado pelo clima na região produtora dos EUA, onde a previsão aponta mais chuvas atrapalhando o andamento da colheita. Contudo, o risco de quebra de safra nos EUA é pequeno.

Por outro lado as exportações seguem elevadas, principalmente com as compras chinesas para formação de estoques daquele país. Segundo o USDA, na última semana foram comercializados 987,3 mil toneladas para exportação. Vale lembrar que, no acumulado desse ano safra dos EUA, as vendas para exportação estão aproximadamente 63% acima do que foi projetado pelo USDA.

Acompanhando esses fundamentos e a desvalorização mundial do Dólar que os traders noturnos da Cbot (boa parte dos mercados asiáticos) impulsionaram as compras levando as cotações da soja de forma a romperem a forte resistência dos US$10,00/bushel que vinha sendo testada nas últimas semanas. Agora o mercado volta a operar no mesmo patamar observado no início de agosto/09.

Minha expectativa é que, enquanto as previsões apontarem chuvas no Meio-Oeste americano, as cotações devam se manter firmes no curto prazo, com auxílio da forte demanda chinesa e da fraqueza do dólar. Contudo, com o avanço da colheita, o mercado deve impor uma forte resistência contra altas mais expressivas.

Participantes dos mercados futuro e físico aguardam maiores definições dos fundamentos e cotações ficam estáveis

As cotações do milho, tanto no mercado futuro (BM&F) quanto no físico, ficaram relativamente estáveis nessa quinta feira.

No mercado físico os produtores ainda seguram a oferta para obter melhores preços enquanto a demanda segue comprando somente "da mão pra boca", ou seja, o mínimo diante do necessário.

No Paraná, as chuvas atrapalham o plantio do milho e da soja. Enquanto em período igual do ano passado já haviam sido plantados 82% da área total de milho, esse ano o plantio está em aproximadamente 69% do total estimado. Já o atraso no plantio da soja, pode significar problemas para a safrinha do miho, que é plantada após colheita da soja. Esse atraso pode aumentar o risco para o cultivo da safrinha naquela região e, juntamente aos preços baixos, resultar em uma redução ainda maior da projeção para a safra 2009/10 de milho.

Por outro lado, até o mês de setembro, 40% do total comercializado de sementes foram transgênicas. Segundo especialistas no assunto essas novas variedades reduzem a necessidade de aplicação de defensivos (reduz os custos) e aumenta a produtividade em aproximadamente 15%. Desta forma, espera-se que parte da redução de área para esta primeira safra de milho seja compensada pelo ganho de produtividade.

Já na BM&F, o mercado já não enxerga fundamentos que justifiquem uma alta mais expressiva nas cotações. Com o forte volume de exportações desse mês de outubro, os estoques ficam em níveis mais confortáveis, contudo, a oferta ainda é maior que a demanda interna. A expectativa é que o milho futuro siga relativamente estável mas prevalecendo a pressão baixista.

Enquanto isso, é válido observar o comportamento do câmbio e das cotações internacionais, já que as exportações continuam sendo o "calcanhar de aquiles" do mercado interno.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A desvalorização do Real neutralizou a queda nas cotações da soja na Cbot

As cotações da soja encerraram essa terça-feira em baixa na Cbot diante de vendas especulativas. O mercado continua fortemente influenciado pela situação climática no cinturão produtor dos EUA, onde o clima continua seco e a colheita avança sem problemas. Por outro lado, a forte desvalorização do Real contra o Dólar ajudou a neutralizar as perdas na Cbot, sustentando os preços no mercado interno. Devemos continuar atentos ao avanço da colheita nos EUA e, portanto, às previsões climáticas para aquela região. Tecnicamente, as cotações devem continuar se movendo dentro do canal de consolidação formado desde a última semana.

Governo anuncia mais um leilão de PEP para o milho de Mato Grosso

O mercado físico do milho segue com baixo volume de negócios e preços estáveis. O leilão de PEP realizado ontem apresentou deságio no prêmio devido à forte disputa que houve no MT. Diante disso o governo anunciou a realização de mais um leilão de PEP especificamente para o MT. Na BM&F, as cotações futuras ficaram praticamente estáveis. Já na Cbot, as cotações encerraram em baixa com realização de lucros diante de queda nos mercados vizinhos e do clima que ainda permanece seco no cinturão produtor norte americano.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Previsões climáticas seguem ditando o rumo das cotações da soja

As cotações da soja fecharam em alta ontem na Cbot, diante de compras especulativas, motivadas pela previsão de chuvas para o restante da semana na região produtora dos EUA. Além dos fatores climáticos, a desvalorização do Dólar ante as demais moedas internacionais também serviu para inflar o interesse de compra pelos fundos. Isso acontece porque, com a desvalorização cambial, os especuladores adquirem commodities como forma de proteção contra a possibilidade de inflação.

Contudo, o fundamento mais forte contra baixas significativas nas cotações da soja continua sendo a forte demanda. Para se ter uma idéia, as exportações acumuladas dos EUA para esse ano safra se encontram aproximadamente 60% acima das estimativas do USDA.

Tecnicamente, a alta não rompeu a resistência e as cotações continuam a se mover dentro do canal de consolidação. As cotações estão testando a resistência, portanto, ha possibilidade de que hoje ocorram realizações de lucros.

Mercado de milho atento ao último leilão da Conab

O mercado de milho atenta hoje para o leilão da Conab para 800 mil toneladas de PEP, cuja demanda deve ser fortalecida pela alta registrada ontem nas cotações da Cbot. Esses fatores foram os principais responsáveis pela alta nas cotações futuras do milho na BM&F. Mas também devemos lembrar do forte volume de exportações que estão sendo registrados neste mês de outubro.

Na Cbot, as previsões climáticas seguem ditando os rumos das cotações. Ontem o mercado foi movido por compras especulativas de fundos devido à previsão de chuvas durante o restante da semana, o que deve atrasar ainda mais a colheita. Mesmo assim, o risco de perdas na produção norte americana é pequeno e as chuvas somente adiam a entrada no mercado de uma quantidade recorde do cereal. Portanto, apesar do suporte dado pela desvalorização do Dólar perante as principais moedas internacionais, com o avanço da colheita a pressão baixista deve prevalecer.

Voltando ao Brasil, diante do cenário descrito acima, acredito que as cotações futuras para os vencimentos mais curtos (entressafra) devem seguir mais pressionadas que dos vencimentos mais longos (safra).

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O mercado de soja segue com alta volatilidade e sem tendência definida

O mercado de soja segue com alta volatilidade na Cbot e sem uma tendência definida.

As cotações estão oscilando em um canal de consolidação enquanto os participantes do mercado aguardam maiores definições nos fundamentos.

A dúvida do mercado é sobre quais fatores de oferta e demanda prevalecerão sobre as cotações da soja. Se de um lado temos a expectativa de safra recorde e a colheita avançando consideravalemnte com o clima seco, de outro temos a forte demanda mundial pela soja e a desvalorização do Dólar dando maior poder de compra para as demais moedas importantes do globo.

Na última semana, o relatório de vendas semanais para exportação foram de 654,5 mil toneladas, bem acima do esperado pelo mercado. No acumulado dessa safra, as exportações nos EUA estão aproximadamente 60% acima do previsto pelo USDA.

Esse cenário também se observa no Brasil, onde as exportações desse ano já ultrapassam a marca dos 27 milhões de toneladas ante 21,96 milhões de toneladas em mesmo período de 2008.

Exportações de milho em outubro já ultrapassam 1 milhão de toneladas

A última semana foi de preços firmes no mercado físico mas forte queda nas cotações futuras da BM&F.

O mercado físico segue com produtores retraídos e compradores adquirindo somente para o curtíssimo prazo. A expectativa essa semana está sobre o último leilão de PEP da Conab, que será realizado amanhã. Acompanhando os números das exportações e as cotações do cereal, percebe-se que os leilões cumpriram seu objetivo.

Segundo a Safras & Mercado, os embarques em outubro já ultrapassam os 1 milhão de toneladas. Este já é o maior volume de exportações mensais de 2009, o que pode significar suporte às cotações na BM&F.

Nos EUA, a colheita do milho avança e há previsão de clima seco, o que deve acelerar o ritmo e gerar pressão baixista sobre as cotações. Por outro lado, a desvalorização do Dólar e alta nas cotações do petróleo continuam dando suporte na Cbot.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Em dia de grande volatilidade, as cotações da soja encerram em baixa na Cbot

Em dia de grande volatilidade, o mercado de soja encerrou o pregão dessa quinta-feira em baixa na Cbot, contudo, acima das mínimas registradas no eletrônico. A pressão baixista veio da possibilidade de avanço da colheita devido previsões de uma janela de tempo seco no Meio-Oeste esse final de semana. Por outro lado, a desvalorização do Dólar e a aquecida demanda por soja ainda servem de suporte. Nesse sentido, é muito importante acompanhar o resultado das vendas semanais para exportação dos EUA, que será divulgado hoje pelo USDA. A expectativa do mercado é que esse número venha acima das 451 mil toneladas registradas na semana anterior.

Pressão baixista sobre as cotações futuras do milho

No mercado físico de milho, enquanto os produtores restringem a oferta do cereal requisitando preços melhores, os compradores não aceitam pagar mais e seguram suas compras, adquirindo somente para cobrir suas necessidades de curtíssimo prazo. Com isso os preços ficaram estáveis.

Na BM&F as cotações encerraram em mais um dia de baixa, rompendo o canal de alta formado desde meados de setembro. A expectativa de recuperação das cotações para a entressafra está se esvaindo diante da reta final dos leilões da Conab, da constante desvalorização do Dólar ante o Real e da pressão baixista sobre as cotações da Cbot. Por outro lado, a redução de área para a produção de milho no Brasil suporta as cotações dos vencimentos dessa safra (mai/10) na BM&F. Como resultado, o spread entre os contratos da entressafra (jan/10) e da safra (mai/10) volta novamente a se fechar, tendendo uma inversão.

Vale ressaltar a forte queda das cotações do milho na Cbot ontem diante de vendas especulativas. A possibilidade de uma janela de clima seco para avanço da colheita do milho nos EUA foi o principal fator baixista. Mesmo assim, a possibilidade de perdas nas lavouras é cada vez menor, o que reforça o movimento de vendas dos fundos. Nem mesmo a valorização do barril de petróleo foi suficiente para conter a queda nas cotações do milho.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Pressão baixista sobre o mercado de soja deve prevalecer no curto prazo

As cotações da soja encerraram essa quarta-feira em leve alta na Cbot. O dia foi de volatilidade com o mercado operando entre o positivo e o negativo ao longo do pregão. O suporte veio do clima chuvoso e frio no Meio-Oeste americano, atrapalhando o andamento da colheita. Também serviu de suporte a desvalorização do Dólar contra as principais moedas internacionais e a alta nas cotações do petróleo.

Nos fundamentos, o quadro é de extrema dúvida sobre quais fatores de oferta e demanda terão maior peso para para a formação de preços nessa safra. Enquanto de um lado temos a estimativa de safra recorde nos EUA, de outro temos a forte demanda asiática pela oleaginosa.

Particularmente, acredito que a oferta da safra norte americana de soja deve exercer maior pressão no curto prazo, ocasionando baixa nas cotações. Contudo, no médio prazo, a forte demanda asiática e a tendência global de desvalorização do Dólar dará suporte ao mercado e, no médio prazo, trará forças para para uma recuperação das cotações.

P.S.: As cotações no eletrônico já estão em forte baixa nesse momento!

Mercado observa o enfraquecimento do suporte às cotações do milho

No mercado físico as cotações seguem firmes devido à retração dos produtores na oferta do milho e ao interesse dos compradores em refazer estoques.

Já na BM&F as cotações futuras encerraram em baixa nessa quarta-feira. Tomando em consideração que boa parte das expectativas estavam voltadas para uma possível melhora no volume de exportações, vê-se que os fatores que embasavam essa possibilidade são inconsistentes no médio prazo.

Primeiramente, a alta observada no mercado físico foi obtida com um baixo volume de negócios, com os compradores adquirindo somente o necessário para o curtíssimo prazo. Isso denota a fragilidade dessa tendência altista.

Segundo, a alta nas cotações da Cbot foi neutralizada pela forte valorização do Real contra o Dólar, impedindo uma melhora na paridade de exportação. Também deve-se considerar que a alta na Cbot está sendo fortemente influenciada por riscos climáticos sobre a safra dos EUA. Passada essa fase, a super safra norte americana deve exercer uma pressão baixista sobre as cotações na Cbot e inviabilizar ainda mais as exportações brasileiras.

Por último, os leilões da Conab estão em sua reta final. Ontem, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura, o próximo leilão de PEP, marcado para o dia 20/10, será o último.

Assim, verifica-se que os fatores que estavam dando suporte às cotações estão se esgotando. Particularmente, acredito que o mercado futuro deve buscar um patamar de preços inferior, rompendo o canal de alta formado nas duas últimas semanas.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Cotações da soja seguem firmes com suporte dado pela forte demanda asiática

As cotações da soja encerraram essa terça-feira em baixa, em um dia de volatilidade. O pregão iniciou em leve baixa mas se recuperou ao longo do dia, chegando a romper os US$ 10 / bushel. Contudo, o mercado não sustentou e devolveu todos os ganhos para fechar em baixa. A volatilidade é resultado da dúvida dos participantes quanto ao cenário futuro para a soja. Mesmo com o baixo risco de perdas consideráveis para soja em razão das geadas e da expectativa de produção recorde nos EUA, a demanda internacional (principalmente Chinesa) por soja continua dando suporte às cotações. Principalmente depois do USDA ter revisto sua projeção de exportação dos EUA para cima. Também tem servido de suporte a desvalorização do Dólar perante as demais moedas importantes do mundo.

Mercado físico do milho opera sem liquidez e com preços firmes.

Os produtores continuam retraídos na oferta de milho enquanto os compradores apresentam demanda pontual. Segundo relatos dos participantes do mercado, os compradores estão com estoques em baixo nível. Como resultado observa-se um mercado físico sem liquidez, contudo a preços mais firmes a cada dia. No MT, o mercado aguarda o leilão de PEP da Conab que está programado para a próxima terça-feira (20).

Na BM&F, as cotações encerraram mistas. Enquanto os contratos mais curtos (nov/09 e jan/10) fecharam em leve alta, os contratos mais longos fecharam em baixa. Essa situação pode ser explicada pela expectativa dos participantes do mercado. Muitos acreditam que a restrição de oferta dos produtores, aliada ao leilão de PEP da Conab e à força das cotações do milho na Cbot podem resultar em escoamento de parte do excedente de milho do mercado interno. Por outro lado, essa expectativa de melhora nas exportações não perdura para a safra 2009/10, gerando resistência contra uma alta semelhante nos contratos mais longos da BM&F.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Cotações da soja fecham em alta na Cbot

O mercado brasileiro de soja operou essa quinta-feira com preços nominais mais firmes, acompanhando o bom desempenho das cotações na Cbot. A comercialização segue fraca e pontual, normal nessa época do ano (entressafra).

Em Chicago, as cotações foram impulsionadas pela desvalorização do Dólar e forte alta do petróleo. Nos fundamentos, as fortes chuvas que atingem a região produtora dos EUA estão atrasando a colheita. Além disso, as previsões de geadas para esse final de semana ainda são válidas e preocupam o mercado, que já precificou esse risco.

Hoje será divulgado o relatório de oferta e demanda mundial do USDA, contudo, esse não deve surtir muito efeito sobre o mercado da soja. A expectativa é que o USDA eleve sua projeção de produção de 88,32 milhões para 89,8 milhões de toneladas.

O governo liberou a realização de mais um leilão de escoamento de milho

No mercado físico do milho os preços continuam firmes com restrição de oferta pelos produtores e aumento da demanda. Os pedidos da Aprosoja para continuidade dos leilões de escoamento do milho da Conab foram atendidos e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento liberou a realização de mais um leilão para o próximo dia 20 de outubro. Serão ofertados prêmio para o escoamento de mais 800 mil toneladas. Segundo o presidente da Aprosoja, os estoques excedentes do Mato Grosso são de aproximadamente 2 milhões de toneladas, sendo necessário mais 3 leilões para escoar esse milho.

Na BM&F, as cotações futuras estão acompanhando o desempenho do mercado físico e os preços estão firmes na alta. Além da restrição de oferta pelos produtores e da continuidade dos leilões da Conab, a alta nas cotações da Cbot também dão suporte às cotações futuras internas. Isso ocorre porque gera-se a expectativa de aumento na paridade de exportação e, consequentemente, possibilita o aumento da demanda externa pelo milho brasileiro.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Produtores já visualizam prejuízo com a soja devido à valorização cambial e baixa das cotações internacionais

As cotações da soja encerraram o pregão de ontem em leve alta na Cbot. O mercado especula o risco de geada que está prevista para atingir a região produtora norte americana neste final de semana. Os ganhos de ontem só não foram maiores devido à valorização do Dólar ante as principais moedas internacionais e à baixa registrada nas cotações do petróleo.

Para hoje está programado a divulgação do relatório de vendas semanais para exportação e para amanhã o relatório de oferta e demanda mundial do USDA. As atenções do mercado estão focadas na possibilidade de geada, o que não elimina a importância desses relatórios.

No mercado interno, os produtores seguram a oferta da oleaginosa devido à baixa nas cotações. Até o momento, somente 20% da safra 2009/2010 foi comercializada, enquanto no mesmo período da safra 2008/09 já haviam sido comercializados 40%. Algumas consultorias e a própria Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso) já contabilizam prejuízos aos produtores devido à valorização do Real e à baixa nas cotações da Cbot. Diante desse fato, o presidente da Aprosoja, Glauber, já cogita solicitar ao governo que sejam direcionados R$ 1 bilhão para auxílio à comercialização da oleaginosa.

Mercado de milho com preços firmes mas baixo volume de negócios

O mercado físico de milho segue firme, suportado pela restrição de ofertas dos produtores que se recusam a comercializar nos atuais níveis de preços. Por outro lado, a necessidade de reposição dos estoques dos setores consumidores faz com que a demanda seja pontual e os preços praticados apresentem algum ganho em relação às ofertas do mercado.

Na BM&F, as cotações dos contratos mais curtos do milho (entressafra) encerraram em leve alta enquanto os mais longos (safra) encerraram em leve baixa. O mercado está se consolidando enquanto os participantes aguardam maiores definições dos fundamentos.

Parte das atenções está sobre o leilão de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) que será realizado hoje pela Conab. Especula-se que este seja o último leilão para auxiliar a comercialização da safrinha. Caso isso se confirme, o mercado deve voltar a ficar pressionado e dependente de uma forte recuperação nas cotações internacionais e do câmbio.

Na Cbot, os participantes precificaram os riscos da geada, a qual segue prevista para este final de semana. Caso essa geada não se confirme, ou não traga prejuízos significativos às lavouras norte americanas, o mercado devolverá esse prêmio de risco embutido nos preços do milho. Portanto, devemos atentar para a definição do governo quanto à continuidade dos leilões de PEP e também para o clima no Meio-Oeste americano.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Possibilidade de geada nos EUA dá forças às cotações da soja na Cbot

As cotações da soja encerraram essa terça-feira em forte alta na Cbot, recuperando-se das perdas da última sexta (02). A preocupação com a possibilidade de geada entrando na região produtora dos EUA a partir de amanhã foram o principal motivo do movimento de compras liderado pelos fundos. Além disso, também serviu de fator altistas a desvalorização do Dólar e a valorização do petróleo. Apesar dessa alta, alguns analistas dos EUA relatam que o risco de perdas para a soja é baixo nesse momento devido ao estágio em que se encontram as plantações. Contudo, o medo de uma quebra na produtividade falou mais alto, trazendo as cotações de volta ao canal de consolidação formado desde as duas últimas semanas de setembro.

Aumento pontual de demanda gera alta nas cotações do milho

Os preços do milho no mercado físico vêm reagindo nos últimos dias. Ontem, o indicador CEPEA acumulou alta de 1,02%, sendo que no mês essa alta já é de 3,75%. Entre os motivos para essa reversão de tendência estão: a atual demanda para recomposição dos estoques dos setores consumidores; o aumento das exportações em setembro; e a expectativa de grande redução do plantio desse cereal nessa safra.

A forte alta observada em Chicago também serve de fator altista para o mercado interno, já que aumenta as expectativas de melhora na paridade de exportação. Mesmo com a desvalorização do Dólar contra o Real, essa alta na Cbot está sendo mais significativa. A expectativa naquele país é sobre a entrada de uma frente fria levando geadas para as regiões produtoras a partir desta quinta-feira. Além disso, a desvalorização do Dólar contra as principais moedas mundiais e os ganhos no petróleo também impulsionaram o mercado.

Acompanhando todo esse cenário, as cotações futuras na BM&F estão em alta. Tecnicamente, o mercado está testando uma resistência posicionada próxima a R$ 22,30 / saca. Para o contrato com vencimento em novembro, essa resistência está a R$ 21,30 / saca.

Contudo, devemos atentar que, apesar da alta nas exportações em setembro (716,3 mil toneladas), o volume exportado ainda está abaixo do necessário para atingir as estimativas públicas e privadas de exportações para este ano. Estas estimativas apontam para algo entre 7 milhões e 8 milhões de toneladas, mas até o momento somente 4,6 milhões de toneladas foram exportadas. Assim, seria necessário exportar, pelo menos, 800 mil toneladas mensais para se atingir o esperado. Ou seja, ainda há forte dependência da continuidade dos leilões da Conab para viabilizar as exportações. O próximo está programado para esta quinta-feira (8) e especula-se que este seja o último leilão dessa safrinha.

Acredito que as cotações encontrarão forte resistência contra uma alta acima do atual nível de preços na BM&F e que há grande possibilidade de realização de lucros no momento.

Para os especuladores de plantão, vejo uma oportunidade de arbitragem no mercado. Observem que o spread Safra x Entressafra (Mai/2010 x Jan/2010) fechou e tenta voltar à normalidade, ou seja, o contrato safra (Mai/2010) ficar com cotação menor que o contrato pra entressafra (Jan/2010). Contudo, acredito que essa diferença voltará ao nível que estava antes dessa recuperação nas cotações. Os motivos são vários: 1) a redução de área plantada nesta safra; 2) as exportações abaixo do esperado; 3) Possibilidade de encerramento dos leilões da Conab; 4) Elevado nível dos estoques; e 6) Safra recorde nos EUA. O único fator que poderia inviabilizar esta análise, em meu ponto de vista, seria uma forte quebra de safra norte americana com esta geada que está prevista. Isso provocaria o aumento da paridade de exportação no mercado interno, possibilitando uma retomada da demanda. Contudo, acho essa possibilida bem remota.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Cotações da soja despencam na Cbot

As cotações da soja encerraram o pregão da sexta-feira em forte baixa. A desvalorização das cotações do petróleo contribuiu para a queda da soja, contudo, o principal motivo foi o avanço da maturação da soja norte americana e o encerramento de posições antes do final de semana.

Nem mesmo os fortes números da exportação divulgados na quinta-feira foram suficientes para reforçar o suporte do canal de consolidação no qual as cotações vinham se movendo ao longo das duas últimas semanas de setembro. Na última semana, os EUA exportaram 1,38 milhão de toneladas ante uma expectativa entre 700 mil e 1 milhão de toneladas.

Dificilmente, o mercado terá forças para retornar ao canal de consolidação no qual estavam as cotações da soja. Contudo, os fundamentos do curtíssimo prazo devem continuar dando suporte contra baixas mais significativas. O mercado deve aguardar a divulgação dos indicadores de produtividade da safra norte americana para avaliar as projeções desta super-safra.

Tendência para o dia: indefinida.

Preços do milho suportados pela restrição de ofertas, mas exportações abaixo do esperado devem pressionar mercado.

As cotações do milho encerraram a sexta-feira em leve alta, suportada pela restrição de oferta dos produtores e com uma demanda, mesmo que pontual, pagando mais para as necessidades de curtíssimo prazo.

Por outro lado, os números da exportação de milho em setembro decepcionaram os participantes do mercado. Enquanto o mercado aguardava vendas acima de 800 mil toneladas, as exportações de setembro foram de apenas 716,3 mil toneladas. Apesar do número ser 96% maior que o embarcado em agosto e 161% acima do que foi embarcado em setembro do ano passado, o volume embarcado até o momento ainda está muito abaixo das estimativas privadas e públicas para esse ano. Até o momento os embarques acumularam somente 4,6 milhões de toneladas sendo que as estimativas apontam para algo entre 7 milhões e 8 milhões de exportações nesse ano.

Diante dessa constatação, o governo ainda não anunciou qual modalidade de leilão adotará para esse próximo que será realizado na quinta-feira (08). O governo parece ainda não ter chegado numa conclusão a respeito dessa que é uma das reinvidicações dos produtores, ou seja, a mudança de PEP para Pepro.

Vale lembrar que essa discussão já ocorreu no início dos leilões, quando estavam sendo realizados Pepro, contudo sem gerar suporte às cotações na época. A diferença entre os dois é que no PEP, o prêmio é pago ao comprador que é obrigado a adquirir milho ao preço mínimo para receber a subvenção. Já no Pepro, o prêmio é dado ao produtor, que é obrigado vender o milho ao valor do preço mínimo reduzido do prêmio recebido. Assim, eu acredito que o PEP continue sendo o mais recomendável para o momento.

Atenção especial deve continuar sendo dada aos leilões da Conab, ao câmbio e às cotações internacionais.

Tendência para o dia: baixa

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mesmo com notícias baixistas dos fundamentos, mercado de soja se manteve firme

Mesmo com a divulgação pelo USDA de estoques acima do esperado pelo mercado nos EUA e ausência de ameaças de geada nas previsões climáticas para o Meio Oeste, as cotações encerraram essa quarta-feira em alta na Cbot. O suporte veio da alta registrada nas cotações do petróleo e da atual escassez de soja dada a crescente demanda internacional. Tecnicamente, as cotações estão testando a resistência do canal de consolidação formado desde a semana passada, refletindo as incertezas do mercado sobre quais fatores fundamentais de oferta e demanda prevalecerão sobre o futuro dessa commodity.
Tendência para o dia: Baixa.

Fonte: Chicago Board of Trade



Fonte: Ag Estado / Cepea

Suspensão do leilão da Conab deve influenciar negativamente as cotações do milho hoje

As cotações do milho, tanto no mercado físico quanto no futuro, encerraram em alta nessa quarta-feira. A recuperação nos preços tem sido consequência, principalmente, dos leilões da Conab que vinham viabilizando o escoamento do excedente de milho das regiões produtoras, principalmente do Mato Grosso, ao mercado externo. Contudo, ontem foi anunciado a suspensão do leilão que estava programado para hoje pela Conab. A justificativa é avaliar a demanda de alguns Estados produtores e fazer alterações operacionais. As dúvidas sobre essa atitude do governo geram preocupação aos participantes desse mercado, já que pode ser interpretada como um possível preparo para o fim do apôio à comercialização da safrinha. Esse fato deve exercer influência negativa sobre as cotações do milho hoje.

Tendência para o dia: baixa

Fonte: Ag Estado / Cepea