quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O mercado de soja opera sem direção definida

As cotações da soja encerraram essa terça-feira em leve baixa, em movimento de consolidação, enquanto mercado aguarda maiores novidades dos fundamentos. Para hoje, a atenção estará voltada para o relatório de estoques do USDA. A expectativa é que os estoques de passagem dos EUA fiquem entre 2,4 milhões e 3,0 milhões de toneladas, o que deve servir de suporte ao mercado juntamente à continuidade da forte demanda asiática. Por outro lado, a expectativa de safra recorde naquele país se mantém cada vez mais firme, já que a perda de produção com geadas diminui a cada dia com o avanço da colheita. Assim, o mercado deve continuar se consolidando nos atuais níveis de preços e, na ausência de novidades dos fundamentos, deve passar a acompanhar mais de perto os mercados financeiros, principalmente o Dólar.

Cotações do milho seguem em alta

As cotações futuras do milho na BM&F encerraram essa terça-feira em alta, ainda refletindo a expectativa do mercado sobre um aumento nas exportações devido ao sucesso dos leilões no MT. Tecnicamente, o mercado rompeu uma resistência formada em agosto, quando as cotações oscilavam entre R$ 20,70 e R$ 21,44 por saca no contrato nov/09. A explicação para essa recuperação também pode ser atribuída à restrição de ofertas pelos produtores, à redução da área plantada com milho nessa safra e à tendência de alta assumida na Cbot. Como resultado, no mercado físico também pode ser observada uma recuperação nos preços.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Cotações da soja pressionadas pelo início da colheita nos EUA

Diante da transferência de área do milho para soja, a Secretaria de Agricultura do Paraná estima que a área cultivada naquele Estado será a maior da história, com 4,3 milhões de hectares e uma produção que pode chegar a 13,15 milhões de toneladas. Enquanto isso, na Cbot as cotações iniciaram a semana em baixa devido à ausência de riscos de geada previstos para os próximos dias e também por causa do início da colheita nos EUA. Segundo estimativas do USDA, aproximadamente 5% da nova safra já foi colhida até domingo. Essa colheita deve pressionar o mercado nos próximos dias, aumentando a possibilidade de rompimento do suporte do canal de alta.

Cotações do milho voltam a fechar em alta na BM&F

As cotações futuras do milho voltam a fechar em leve alta na BM&F e no mercado físico. Notícias de uma grande movimentação de caminhões ao longo da BR 163 para transporte de milho animou os participantes do mercado, reforçando a expectativa de que os leilões da Conab conseguirão viabilizar o escoamento do excedente de milho ao mercado externo. Para essa semana, o mercado aguarda a realização de mais um leilão para 800 mil toneladas de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP). Essa tendência de recuperação nas cotações do milho depende em grande parte do sucesso desses leilões. Por outro lado, a forte redução da área plantada também dá suporte às cotações. Segundo o Deral, no Paraná o milho deve perder aproximadamente 22% da área, que será cultivada com soja. Devemos atentar para o câmbio e para as cotações na Cbot, os quais são balizadores da paridade de exportação e, portanto, influenciam diretamente no sucesso dos leilões da Conab.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Mercado de soja continua sem tendência definida

Na última semana, os preços nominais da soja ficaram de lado nas principais praças de comercialização do país, acompanhando a falta de direcionamento das cotações futuras de Chicago. Na sexta-feira as cotações da Cbot fecharam em leve alta, encontrando suporte na atual demanda aquecida e aperto da oferta. O mercado tem oscilado de acordo com as alterações na previsão do tempo dos EUA, mais especificamente sobre as indicações de possibilidade de geadas nas regiões produtoras daquele país. Essa semana inicia com previsões de tempo afastando os riscos de geada naquela país, o que já pressiona as cotações no pregão eletrônico da Cbot. O dia deve iniciar em baixa superior a 10 pontos na Cbot.

A semana foi positiva para o mercado de milho.

Na sexta-feira as cotações futuras do milho encerraram em baixa na BM&F, com realização de lucros. Contudo, essa queda não foi suficiente para denotar uma reversão da tendência de alta registrada durante a semana. Assim, pode-se dizer que a semana foi positiva para o mercado do milho, sendo marcada pela alta dos preços do milho tanto no mercados físicos quanto futuros. O principal motivo pode ser atribuído aos leilões da Conab que têm viabilizado as exportações do cereal, deixando os compradores mais presentes que os vendedores no mercado. Além desses leilões, o clima chuvoso também tem dado suporte ao mercado, já que impede a intensificação do avanço do plantio. Não podemos deixar de citar a forte alta registrada durante a semana na Cbot, aumentando as expectativas de melhora na paridade de exportação. Em Chicago, a alta nas cotações do milho têm sido influenciadas principalmente pelas previsões de possibilidade de geadas nas regiões produtoras. Para esta semana, o mercado interno, físico e futuro, deve seguir sob expectativa de aumento do volume de exportações e, portanto, de olho nas cotações internacionais, no câmbio e nos resultados dos leilões da Conab.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Instabilidade das previsões de tempo para o EUA está gerando grande volatilidade para a Soja

As cotações da soja iniciaram o pregão de ontem em significativa baixa até o meio pregão da Cbot, quando a previsão do tempo passou a apontar aumento da possibilidade de geada na região produtora dos EUA na próxima semana. A partir dessa notícia, as cotações iniciaram o movimento de alta devolvendo todas perdas do dia.

Contudo, a instabilidade dessas previsões tem dado alta volatilidade ao mercado, deixando as cotações sem uma tendência definida. Nos fundamentos a dúvida é sobre qual fator pesará mais sobre as cotações, se a grande safra prevista para os EUA ou se a forte demanda asiática. Assim o mercado opera com caltela, acompanhando de perto as previsões climáticas e o mercado financeiro, principalmente o Dólar e Petróleo.

Cotações do milho encerram em forte alta essa quarta-feira na BM&F

As negociações do milho seguem pontuais no mercado físico. Contudo, nos poucos negócios realizados os preços estão sendo mais favoráveis aos produtores. Nos últimos quatro dias, o Indicador Cepea apontou uma alta de 2,35% nos preços médios da região de Campinas/SP, referência para os contratos da BM&F. Nesse período as cotações futuras da BM&F acompanharam timidamente a alta do indicador Cepea. Ontem, entretanto, o milho encerrou com forte alta na BM&F, acompanhando Chicago.

Ontem foi dia de forte alta com especulações sobre a possibilidade de geada. Com isso cresce as expectativas internas de melhora da demanda para exportação. Consequentemente, essa expectativa pode significar aumento do interesse pelos leilões de PEP que serão realizados hoje pela Conab. Contudo, as instabilidades das previsões do tempo nos EUA dificultam a análise sobre o direcionamento das cotações. O mercado está cauteloso, portanto, nossas atenções devem se voltar para os leilões da Conab e as cotações da Cbot.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Cotações do milho: chegamos no fim do poço?

O mercado físico de milho segue em sua rotineira fraqueza de negócios. Se de um lado temos os produtores aguardando a recuperação no volume de exportações, incentivadas pelos leilões da Conab, de outro lado temos um mercado consumidor sem urgência para aquisição do cereal. Como se costuma dizer, os consumidores estão comprando "da mão pra boca".
Para esta quinta-feira está programado mais um leilão da Conab para 800 mil toneladas de milho.

Na BM&F, as cotações encerraram essa terça-feira em leve alta. Grande parte dos traders acreditam que já estamos no fundo do poço para as cotações do milho e que os leilões da Conab devem escoar boa parte do excedente do mercado interno. Analisando-se tecnicamente, parece que essa teoria pode se confirmar, já que desde o dia 14/09 vem se formando um suporte em todos contratos futuros do milho na BM&F. Pode ser um bom momento para hedgear a compra futura de milho! (Essa é apenas uma opinião própria, não é uma recomendação!)

Enquanto isso, só nos resta acompanhar a situação do mercado norte americano, que está operando com forte volatilidade devido à grande expectativa sobre as previsões climáticas e seus possíveis resultados para a safra dos EUA. Nossas exportações dependem, em grande parte, das cotações do milho nos EUA.

Na Cbot, ontem foi dia de alta nas cotações. O mercado iniciou no positivo acompanhando a desvalorização do Dólar frente as principais moedas internacionais. Durante o dia, previsões climáticas de empresas privadas aumentaram a possibilidade de quedas de temperaturas nas regiões produtoras, o que aumentou o apetite dos traders em cobrir posições vendidas.

Tendência para o dia na BM&F: possibilidade de leve alta.

Clima ainda gera peocupações e alta nas cotações da Soja

As cotações da soja fecharam essa terça-feira em alta na Cbot com mercado especulando previsões climáticas para a região produtora dos EUA e suportado pela desvalorização do Dólar contra as principais moedas do globo. Outro suporte dado às cotações da soja vem da forte demanda internacional pela oleaginosa. Os prêmios oferecidos nos portos do Golfo do México (principal porta de saída da soja dos EUA) estão muito atraentes devido à forte procura.

Apesar da alta, a expectativa de safra recorde ainda exerce forte pressão baixista sobre as cotações. Por esse motivo o mercado iniciou o dia em baixa ontem na Cbot. Contudo, a partir do meio pregão, algumas agências privadas de previsão do tempo apontaram para a possibilidade de queda de temperatura no Meio-Oeste americano. Isso desencadeou uma série de compras para cobertura de posições vendidas, embutindo nos preços um prêmio para o risco climático.

Tendência para o dia: indefinida.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Qual o Futuro das Cotações do Milho?

O atual cenário do mercado de milho tem tornado monótona a tarefa de analisá-lo. Por isso, acredito que a melhor coisa a ser feita para quebrar esse "gelo" seja divagar sobre as possibilidades futuras tomando como base os fundamentos atuais e fatos passados. Para isso, analisemos a oferta e demanda de milho no mercado interno, segundo dados da Conab.



Observem que na safra 2007/08 o mercado de milho enfrentou um problema semelhante ao que passamos hoje, com forte incremento da produção e redução significativa das exportações. O resultado foi um nível muito elevado de estoques finais e forte pressão baixista sobre os preços. A reversão da tendência veio com o aumento no volume de exportações no último semestre de 2008, da redução da área plantada e dos problemas climáticos (seca) do início da safra 2008/09.


Nesta safra 2008/09, apesar da redução na produção total, o suprimento do mercado interno foi praticamente igual ao observado na safra 2007/08, da ordem de 62,7 milhões de toneladas. Entretanto, a Conab estima um aumento no consumo do cereal tanto no mercado interno quanto para exportação, o que diminuiria os estoques finais em comparação à safra anterior. Daí a importância do aumento das exportações e do consumo interno para a recuperação dos preços.

Particularmente, acredito que estamos perto da reversão dessa tendência baixista. Tal possibilidade, é uma opinião própria e depende de uma série de acontecimentos incertos. Portanto, resalvo que se trata de uma opinião e não uma recomendação de compra e/ou venda.


Segue abaixo os fatos e possibilidades que embasaram essa expectativa:
  • Os produtores estão firmes em segurar a oferta do cereal devido aos preços abaixo dos mínimos de garantia. Tal fato tem dado certo suporte aos preços no mercado físico;
  • Os leilões da Conab estão demonstrando resultados quanto ao aumento das exportações;
  • Diante de duas safras com sérios problemas e preços abaixo dos custos de produção, o plantio para esta safra sofrerá forte retração;
  • Ao primeiro sinal de problemas climáticos no desenvolvimento dessa safra 2009/2010, o mercado adicionará o prêmio de risco aos preços. As previsões da somar apontam para o risco de uma primavera tempestuosa no Sul do Brasil, com possibilidades de frentes frias, tempestades de ventos e geadas;
  • Se no Brasil estamos enfrentando problemas, imaginem os produtores da Argentina! Estimativas apontam para uma forte redução na área plantada com milho e trigo naquele país.

Caros leitores, conto com vossos comerntários, sugestões, dúvidas e/ou críticas para melhorar nosso blog e proporcionar o melhor conteúdo. Espero que nosso blog esteja contribuindo para seus agronegócios.

Menor risco de geadas nos EUA pressiona cotações da soja na Cbot

Os mercados futuros da soja operaram sem uma direção definida ontem. Se de um lado as previsões diminuindo o risco de geadas sobre as lavouras dos EUA pressionavam o mercado, por outro, as fortes vendas semanais para exportações deram suporte, impedindo as cotações de fecharem nas mínimas. O mercado deve seguir atento, principalmente, às previsões climáticas, o que dá uma tendência indefinida sobre as cotações. Por outro lado, a desvalorização do dólar e a forte demanda devem continuar servindo de suporte ao mercado. Enquanto esses fatores não tomam maiores definições o mercado deve seguir de lado.

Mercado físico de milho segue travado

Os produtores seguem resistindo às vendas de milho nos atuais níveis de preços enquanto os compradores continuam adquirindo somente o necessário para o curto prazo, resultando em um mercado travado.

Diante da persistência desse problema, o governo autorizou mais um leilão de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) para 800 mil toneladas de milho no próximo dia 24 (quinta-feira). Vale destacar que o Mato Grosso é o Estado com maior volume de ofertas de PEP devido à forte demanda apresentada nos últimos leilões.

O baixo escoamento da produção nacional ao mercado externo é o principal motivo das baixas cotações que estamos vendo nestas duas últimas safras (2007/08 e 2008/09). Nesse sentido, o principal propósito dos leilões é viabilizar o escoamento do milho nacional para o mercado externo. Assim, quanto melhor estiver a paridade de exportação, menor o prêmio necessário para viabilizar as exportações e mais efetivo se tornam os leilões da Conab. Portanto, devemos manter uma atenção constante sobre as cotações internacionais e sobre o câmbio.
Na Cbot, após a forte alta observada na terça-feira, o mercado devolveu praticamente todos os ganhos e fechou em forte queda ontem. O principal fator observado pelo mercado foi a diminuição dos riscos de geadas nas regiões produtoras. Isso diminui a expectativa do mercado interno sobre uma possível melhora na paridade de exportação.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Cotações da soja fecharam em baixa mas acima das mínimas

As cotações da soja encerraram o pregão de ontem em baixa, contudo, acima das mínimas do dia na Cbot. A atenção do mercado esteve divida entre as previsões climáticas para o Meio-Oeste Americano e o Dólar.

O dia iniciou com o mercado aumentando as perdas iniciadas no eletrônico noturno devido, principalmente, à divulgação de um novo relatório climático eliminando a possibilidade de geadas para o próximo final de semana. Entretanto, o mercado reagiu positivamente à desvalorização do Dólar, devolvendo parte das perdas iniciais.

Os participantes estão cautelosos em assumir riscos nesse momento, já que as previsões climáticas estão sendo muito inconsistentes. O que se tem por certo é que o extenso período de tempo frio que é esperado para a região produtora norte americana pode diminuir os altos índices produtivos abaixo do que está sendo projetado até o momento.

Cotações futuras do milho voltam a fechar em baixa na BM&F

As cotações do milho no mercado físico estão praticamente estáveis há semanas mesmo com toda pressão baixista do excedente de oferta sobre o mercado. A comercialização segue lenta em praticamente todas praças de negoicação, tendo nos leilões da Conab a única saída para aumentar o volume de escoamento das regiões produtoras para o mercado consumidor interno e externo. Na BM&F, as cotações futuras voltaram a registrar baixa ontem acompanhando a baixa nas cotações do milho da Cbot. Isso porque o mercado acompanha atento ao movimento de exportação e, consequentemente, às cotações do milho no mercado internacional. Nesse ponto, vale destacar que os ganhos registrados no início dessa semana na Cbot despertaram nos participantes do mercado interno a expectativa de uma possível alta na paridade de exportação do milho.

  • Cotações do milho no mercado físico Fonte: Cepea/Ag Estado



    • Milho Cbot para Dezembro/2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Com a previsão de geadas nos EUA, as cotações da soja fecham em forte alta.

A previsão de geadas na região produtora dos EUA gerou fortes ganhos para a soja na Cbot. A preocupação com as possíveis perdas em decorrência do atraso das lavouras fez com que fundos comprassem quase 9 mil contratos da oleaginosa. Além disso, os mercados financeiros também deram suporte às cotações, principalmente a desvalorização do Dólar contra as principais moedas internacionais. O mercado deve seguir atento às previsões climáticas dos próximos dias. Caso essa geada não se confirme, o mercado deve devolver parte dos ganhos.

Cotações futuras do milho sobem com previsão de geada nos EUA

Das 800 mil toneladas de PEP ofertadas ontem nos leilões da Conab, houve interesse por 625,5 mil toneladas, sendo no MT e MG os Estados com maior percentual de arremate dos leilões. Enquanto isso, no mercado externo, as atenções se voltaram para as cotações na Bolsa de Chicago, onde o milho chegou a bater o limite de alta devido a previsão de geadas para este final de semana na região produtora. Esse fator também influenciou as cotações na BM&F, onde as cotações futuras encerraram o dia em alta. Caso essa previsão de geada se confirme e venha a prejudicar as lavouras norte americanas, essa alta internacional deve se manter com reflexos positivos sobre a paridade de exportação.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Risco de geada dá suporte à soja na Cbot

As cotações da soja apresentaram leve alta ontem na Cbot, com mercado se consolidando frente às incertezas quanto ao futuro da safra norte americana.

Até o momento, o desenvolvimento das lavouras dos EUA é considerado bom ou ótimo em 68% dos casos, ante 56% na safra passada. Contudo, o atraso da safra é visível nas estatísticas de queda de folhas das lavouras. Até domingo, apenas 17% das lavouras estavam apresentando queda das folhas enquanto no mesmo período do ano passado esse percentual era de 20% e a média dos últimos 5 anos é de 36%.

Enquanto no médio / longo prazos a demanda asiática é o suporte principal, no curto prazo o suporte das cotações da soja vem desse atraso das lavouras. Quando previsões de tempo apontam qualquer possibilidade de geada na região produtora o mercado acaba ganhando forte suporte, como o que foi observado ontem, quando algumas previsões apontaram risco de geada para o próximo final de semana.



Fonte: Ag Estado / Cepea

Hoje tem leilão de PEP da Conab

A semana inicia com comercialização lenta. Mais uma vez o mercado aguarda os leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) que serão realizados hoje pela Conab. Serão ofertados prêmios para 800 mil toneladas, sendo que desta vez a quantidade ofertada no Mato Grosso aumentou de 500 mil para 570 mil toneladas devido ao maior interesse daquele Estado frente aos demais.

Na BM&F, as cotações seguem sua tendência de baixa, com os contratos mais longos se desvalorizando mais rápido que os mais curtos e diminuindo o diferencial (spread) entre eles.

Além dos leilões da Conab, as expectativas estão voltadas às cotações da Cbot e situação da lavoura norte americana e ao câmbio. Ontem, o milho da Cbot sofreu forte baixa devido às ótimas condições de desenvolvimento das lavouras norte americanas. O Real encerrou o dia com valorização de 0,71% contra o dólar.

Fonte: Ag Estado / Cepea

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Cotações futuras do milho sofrem forte queda na BM&F

Estimativas da Safras & Mercado apontam para a colheita de 86,8% do milho safrinha do Brasil, sendo Goiás o Estado que está mais avançado com 98% da área colhida. Mato Grosso tem 97% do total, Paraná com 87%, Mato Grosso do Sul com 85% e São Paulo com 67% da área de milho colhida.

Ainda segundo a Safras, o plantio da safra verão de milho atinge 2,5%, tendo o Rio Grande do Sul na liderança com 18% do plantio já realizado.

O mercado físico na sexta-feira continuou travado como de costume nessa safra, contudo os preços ficaram estáveis. As atenções estiveram sobre os leilões da Conab, que lançou prêmios para 800 mil toneladas de milho.

Na BM&F, as cotações dos contratos com vencimentos mais curtos fecharam em leve baixa, tentando encontrar um suporte. Contudo, os contratos com vencimento equivalente à próxima safra encerraram o dia em forte baixa, diminuindo o spread (safra x entressafra).

Explicação dessa baixa nos contratos para a safra 2009/10 pode estar nas estimativas de safra recorde nos EUA, as quais geram no mercado a expectativa de que a atual dificuldade de exportações deva persistir até 2010.

Fonte: BM&F


Enquanto isso, na Cbot, as cotações encerraram essa sexta-feira em leve alta. O mercado de milho da Cbot encontrou suporte nas vendas para exportação dos EUA que vieram acima da expectativa do mercado com destaque para as compras do Japão.


Assim, os fundamentos levaram especuladores e fundos a liquidarem operações de spread entre milho e soja, onde os fundos estavam vendidos em milho e comprados em soja. Alguns traders também apontaram a forte alta no mercado de trigo como fator para o suporte das cotações do milho na Cbot.

Fonte: Cbot

Tendência para o dia na BM&F: baixa. Mercado deve seguir pressionado buscando novo suporte.

Mercado de soja enfrenta forte baixa no encerramento da semana

Apesar das estimativas de oferta e demanda mundial de soja do USDA terem sido consideradas neutras pelo mercado e o dólar ter encerrado com desvalorização frente às principais moedas internacionais, as cotações da soja encerraram a semana com fortes perdas na Cbot.

O principal motivo para essas baixas continua sendo as previsões apontando ausência de riscos de geada para a região produtora dos EUA e a expectativa de uma grande safra. Esse fundamento impulsionou o movimento de liquidação de operações de spread entre milho e soja por fundos e especuladores, os quais estavam comprados em milho e vendidos em soja.

O resultado foi a forte baixa, quebrando suportes tando dos vencimentos mais curtos quanto dos vencimentos mais longos (maio/10).

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Estimativas do USDA não trazem novidades para soja

As estimativas do USDA para produção de soja dos EUA ficaram dentro do esperado pelo mercado, deixando as cotações da soja sem grandes alterações. O mercado deve seguir consolidado na atual faixa de cotações e acompanhar mercados financeiros (Dólar, petróleo e mercado acionário)enquanto maiores novidades dos fundamentos não aparecem.

USDA eleva sua projeção da safra norte americana de milho

O USDA elevou de 324,13 milhões para 329,03 milhões de toneladas a estimativa de produção de milho dos EUA. Contudo, também elevou sua estimativa de exportações e de consumo interno para ração animal, o que significou apenas um ligeiro aumento nos estoques finais do cereal.

Clique aqui para ver o relatório do USDA.

USDA eleva sua projeção da safra norte americana de soja

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) elevou de 87,071 milhões de toneladas para 88,32 milhões de toneladas a estimativa de produção de soja. Essa projeção ficou dentro das expectativas do mercado, contudo, ligeiramente abaixo da média esperada que era de 88,61 milhões de toneladas.

As estimativas de esmagamento e exportação também aumentaram, o que fez os estoques finais projetados ficarem praticamente inalterados.

Clique aqui para ver o relatório do USDA.

Mercado de soja com atenções voltadas aos relatórios do USDA

As cotações da soja na Cbot encerraram essa quinta-feira (10) em leve alta, sustentada pela desvalorização do dólar e alta do petróleo. O mercado foi marcado pela cautela dos participantes, em dia de pouco movimento e ajuste de posições antes da divulgação do relatório de oferta e demanda mundial do USDA, programado para hoje.

A expectativa é que o USDA aumente a estimativa de produção dos EUA de 87,07 milhões de toneladas (estimativa de agosto) para algo entre 86,71 e 90,01, com média de 88,61 milhões de toneladas.

Também será divulgado hoje o relatório de vendas semanais para exportação. A expectativa do mercado é de venda entre 300 mil e 500 mil toneladas.

Diante das incertezas acerca dos resultados a serem apresentados nos relatórios, não há uma tendência definida para o dia.

Hoje é dia de leilões da Conab e relatório do USDA

O mercado físico de milho segue travado, tendo praticamente todos participantes voltados aos leilões da Conab. Hoje será realizado mais um leilão de Prêmio para Escoamento da Produção (PEP) para 800 mil toneladas do cereal. Enquanto isso, os preços no mercado físico ficam relativamente estáveis mas seguem sob pressão baixista.

No mercado externo, as atenções voltam-se para o relatório de oferta e demanda mundial que será divulgado hoje pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Tendência para o dia na BM&F: mercado sem tendência definida.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Comercialização de milho segue fraca

O mercado de milho segue travado na grande maioria das praças, principalmente no Sul do Brasil, onde os produtores seguram a oferta devido os baixos preços. A solução para alguns compradores dessa região é adquirir o cereal no MT, onde o excesso de estoques de milho ultrapassa 5 milhões de toneladas.

A expectativa de alguns analistas é que, com auxílio dos leilões da Conab, as exportações aumentem nesse último quadrimestre e dê suporte às cotações no mercado interno. Outro ponto a ser pensado é quanto à redução da intenção de plantio para esta safra (2009/10), cujos trabalhos já iniciaram no Sul.

Podemos estar próximos do ponto de reversão dessa tendência baixista, contudo essa ainda depende em muito dos leilões para viabilizar as exportações.

Tendência para o dia na BM&F: baixa
  • Cotações do milho no mercado físico



As cotações da soja se consolidam aguardando USDA

As cotações na Cbot encerraram essa quarta-feira (09) em leve baixa, com o mercado se preparando para a divulgação do relatório de oferta e demanda mundial do USDA. A expectativa é que o USDA aumente a estimativa de produção dos EUA de 87,07 milhões de toneladas (estimativa de agosto) para algo entre 86,71 e 90,01, com média de 88,61 milhões de toneladas.

O mercado deve seguir atento às previsões climáticas para o Meio-Oeste. O risco de geadas sobre as lavouras norte-americanas ainda não foi completamente esquecido devido o atraso das lavouras.

Por outro lado, a demanda chinesa segue forte e, segundo estimativas, as importações da China devem aumentar entre novembro e dezembro para algo em torno de 4 milhões de toneladas.

Tendência para o dia: mercado deve ficar de lado.

  • Cotações da Soja Cbot para maio/2010

  • Cotações da soja no mercado físico


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Reta final da colheita do milho ocorre com mercado travado

A colheita da safra 2008/09 se aproxima do final com preços abaixo do mínimo de garantia e mercado enfraquecido. Segundo a consultoria Céleres, 88,9% da safrinha do Centro-Sul já foi colhida e o plantio da primeira safra 2009/10 já alcança 14% da área estimada no Rio Grande do Sul. A fraqueza do mercado se deve ao excesso de milho existente no mercado interno, que diminui a urgência dos compradores em adquirir o cereal. Nem mesmo o temporal que atingiu a região sul nessa terça-feira foi capaz de melhorar o apetite dos compradores, já que a possibilidade de perdas é mínima devido ao avanço da colheita.

Diante desse cenário os produtores seguem extremamente dependentes dos leilões da Conab para equilibrar seus estoques, escoando a produção para as regiões não produtoras e para o mercado externo.

No mercado externo, ontem, as cotações da Cbot apresentaram leve alta. As atenções ficaram voltadas para a desvalorização do Dólar contra as principais moedas internacionais. Isso influenciou diretamente na alta das commodities, principalmente do petróleo e indiretamente do milho. Apesar disso, a alta no milho foi contida pelos fundamentos, cujas estimativas apontam para uma safra recorde nos EUA.

No Brasil, o câmbio segue na contramão das principais moedas internacionais, com valorização devido à expectativa de entrada de investimentos no Brasil. Tal situação impossibilitou uma recuperação na paridade de exportação que ainda está acima dos preços praticados no mercado interno.

Desvalorização do Dólar puxa alta da soja

A desvalorização do Dólar contra as principais moedas internacionais influenciou a alta das cotações das commodities ontem. Vale lembrar que, com um dólar mais fraco, as commodities dolarizadas acabam ficando mais baratas, o que atrai compradores para o mercado.

Como o mercado já se encontrava sobrevendido, a desvalorização do Dólar acentuou a vontade dos participantes vendidos em realizar seus lucros e diminuir sua exposição aos riscos. Minha expectativa (e de grande parte dos analistas desse mercado) é que as fortes quedas dos últimos dias embutiu nos preços a expectativa de safra recorde dos EUA e a ausência de previsões de geadas naquele país. Assim, o atual aperto dos estoques e a força da demanda asiática deve gerar o suporte necessário para evitar novos movimentos de queda brusca.

O mercado deve buscar um ponto de consolidação nos próximos dias. Acredito que o contrato Cbot para Maio/2010 deve seguir oscilando entre US$ 9,50 e US$ 9,20 / bushel. Já para o contrato mais curto, Setembro/09, deve encontrar suporte próximo aos US$ 9,60 / bushel.

Tendência para o Dia: maior possibilidade de baixa.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Manchete do dia: escassez de soja faz indústria antecipar as paradas técnicas

Vale a pena ler o artigo publicado hoje no Correio News, onde o jornal destaca a antecipação da parada técnica de algumas esmagadoras devido ao aperto na oferta de soja. É comum a parada de aproximadamente 30 a 40 dias no auge da entressafra para manutenção das esmagadoras, contudo, ela foi antecipada esse ano devido à escassez de soja. Entre junho e julho, em intervalos médios de uma semana a dez dias, o esmagamento foi interrompido em plantas da Comigo, Brejeiro, Clarion e ADM. A Bunge programou parada para este feriado prolongado.
 
Artigo disponível em: http://migre.me/6AMV

Estimativas de super-safra americana segue pressionando cotações da soja

As cotações da soja encerraram a semana em baixa, acumulando perdas superiores a 8% na Cbot. A ausência de ameaças de geadas sobre as regiões produtoras norte-americanas e as estimativas de uma grande safra continuam impulsionando as vendas por parte de especuladores e fundos na Cbot. A atenção agora é sobre as estimativas da Cbot. As expectativas é de aumento, acompanhando as previsões privadas dos EUA. Está programado para a próximas sexta-feira (11) a divulgação do relatório de oferta e demanda mundial do USDA.

Hoje, a expectativa é que o mercado reembolse parte das perdas acompanhando a desvalorização do Dólar e realização de lucros dos participantes vendidos, antes da divulgação do levantamento do USDA.

Expectativa para o dia: alta.

Mercado físico de milho encerra a semana travado

O mercado de milho encerrou a semana inalterado, com fraca comercialização e atenção sobre os leilões da Conab realizados na sexta-feira (04). Das 800 mil toneladas de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) ofertados foram negociados 76,34% do total. Mato Grosso foi o Estado que mais despertou interesse pelos prêmios, sendo negociados 490 mil das 500 mil toneladas ofertadas. O Paraná segue com baixo interesse pelos prêmios oferecidos. Naquele Estado foram negociados somente 14,4% das 50 mil toneladas ofertadas. Na BM&F, as cotações futuras seguem a tendência baixista ditada pelos fundamentos. Do mercado internacional, os fundamentos também apontam para o cenário baixista e as cotações futuras da Cbot ratificam a situação. Por outro lado, o câmbio (R$ x US$) não colaborou e encerrou a sexta-feira em baixa de 1,39%.

Tendência para o dia na BM&F: baixa

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Cotação da soja acumula 7% de desvalorização esta semana

Ontem, a Cbot em mais um dia de baixa para soja, com grande participação de fundos liquidando posições compradas.

O dia iniciou com otimismo devido às vendas semanais para exportação de soja dos EUA acima do esperado pelo mercado. Foram vendidos 1,048 milhões de toneladas ante uma expectativa de, no máximo, 750 mil toneladas. Contudo, o mercado voltou ao negativo diante da projeção de produção dos EUA divulgada ontem pela Informa Economics. A consultoria estimou a produção norte americana em 91,78 milhões de toneladas, bem acima da ultima estimativa do USDA (87 milhões de toneladas) e da FC Stone (88,8 milhões de toneladas).

O momento é de muitas incertezas quanto ao futuro da oferta de soja. Se de um lado temos as projeções de safra recorde, de outro temos a preocupação com as possíveis geadas. Algumas previsões apontam possibilidade de geada entre os dias 15 e 18 de setembro. O mercado deve ficar de olho nas previsões de tempo para o Meio-Oeste americano até divulgação do relatório de oferta e demanda mundial do USDA no próximo dia 11 de setembro. Até esse momento, o mercado deve operar sem uma tendência definida, acompanhando os resultados das previsões climáticas e o temperamento dos mercados financeiros.
  • Gráfico da Soja Cbot para Setembro/2009


  • Gráfico da Soja Cbot para Maio/2010

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Cotações da soja fecham em baixa, testando novo suporte

O mercado de soja encerrou essa quarta-feira em mais um dia de baixa acompanhando o mau desempenho dos mercados financeiros, queda nas cotações do petróleo e fundamentos baixistas.

Nos fundamentos, o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras dos EUA e as recentes chuvas nas regiões produtoras da China colaboram para que os participantes realizem lucros de posições compradas.

Tecnicamente, as cotações parecem ter encontrado suporte nos atuais níveis. Grande parte dos analistas acreditam que o mercado já assimilou os fundamentos baixistas e que o atual suporte técnico deve se manter. Eu também faço parte desse time e não vejo um cenário mais negativo devido à demanda crescente dos países asiáticos.

Particularmente, acredito que a possibilidade de rompimento desse suporte é remota e, se ocorrer, seria um exagero do mercado com boas chances de ser corrigido. Mas fiquemos atentos aos fatores que podem torná-la realidade. Sob meu ponto de vista, eles podem ser: (1) Confirmação da especulação do governo Chinês vender um grande volume de seus estoques no mercado daquele país; (2) aumento acima do esperado da intenção de planio na América do Sul; e (3) forte baixa nos mercados financeiros com corrida dos fundos de investimento para compra de Dólar.

Tendência para o dia: alta

P.S.: no dia 11/09 o USDA divulgará seu relatório de estimativas de oferta e demanda mundial para as commodities.



  • Gráfico das Cotações da soja Cbot para set/2009


  • Gráficos das Cotações da soja Cbot para maio/2010


  • Gráfico de Cotações da soja BM&F para Maio/2010

Leilões da Conab se tornam a única alternativa para escoar a produção de milho

A comercialização no mercado físico de milho segue fraca e os leilões da Conab acabam se tornando a única alternativa para viabilizar o escoamento da produção das regiões produtoras aos centros consumidores e ao mercado externo.

Nesse ponto, em agosto, as exportações foram 141% maiores que o observado em julho e 27% superior a agosto de 2008. Em números, foram 372,2 mil toneladas exportadas em agosto ante 154,3 mil toneladas em julho e 293,3 mil toneladas em agosto de 2008. Esse resultado é fruto direto dos leilões, já que nesse período a paridade de exportação esteve abaixo dos preços no mercado interno, inviabilizando os negócios não subsidiados.

Contudo, esta notícia, que poderia se tornar um pequeno alívio aos produtores e governo, veio acompanhada das estimativas do Imea - Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária - que apontaram um aumento de 2,2 milhões de toneladas nas estimativas de produção do Mato Grosso.

Já no Paraná, as estimativas do Deral - Departamento de Economia Rural - apontam para uma redução da produção de 1,64 milhões de toneladas devido à estiagem no início da colheita e excesso de chuvas ao final.

Ficou claro que o Mato Grosso precisará de mais incentivos do que o programado pelo governo através dos leilões da Conab. Por outro lado, mesmo com as estimativas de uma produção menor no Paraná, os prêmios ofertados nos leilões daquele estado não estão sendo satisfatórios, pois foram negociados apenas 26,5% do total no último leilão (28/08). Clique aqui para ver a programação da Conab.

O Ministro da Agricultura, Reinold Stephanes, sinalizou positivamente no sentido de dar todo apôio necessário para dar suporte às cotações, ou seja, aumentar o volume de recursos direcionados para os leilões. Está programado para a próxima sexta-feira (04) a realização de mais um leilão de PEP com ofertas de prêmios para o escoamento de 800.000 toneladas de milho.

Acompanhando esse cenário ainda negativo, as cotações futuras da BM&F perdem o suporte e seguem a tendência de baixa nos vencimentos mais curtos (safrinha e entressafra). Já os contratos mais longos, correspondentes à próxima safra, encontram mais suporte devido à expectativa de redução de área.

Tendência para o dia na BM&F: baixa.



  • Gráfico das cotações do milho BM&F para Novembro/09

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Cotações da soja desabam acompanhando mercados financeiros

O mercado de soja sucumbiu ao cenário negativo que se desenhou nos mercados financeiros do mundo após a forte queda de 6,7% da bolsa de Xangai.

Além disso, a previsão de clima quente e seco no Meio-Oeste norte americano eliminou parte do receio que os participantes desse mercado tinham quanto à possibilidade de geadas.

Outro fator que veio a tona é a especulação sobre a possibilidade de a China leiloar parte de seus estoques de soja, o que reduziria pontualmente as compras daquele país.

Como resultado, somente ontem, as cotações da soja devolveram todos os ganhos do mês de agosto. Contudo, analisando-se tecnicamente, o mercado ainda se encontra dentro da tendência de alta, testando o suporte.

Tendência para o dia: alta

  • Gráfico da Soja Chicago para Setembro/09

Novos leilões da Conab precisam superar ganhos de produtividade no MT

A Conab anunciou a realização de mais um leilão de PEP na próxima sexta-feira (4) para 800 mil toneladas de milho. Desse total serão destinados 500 mil toneladas para o MT. Aos Estados do MS, DF e GO serão destinados, para cada um, 60 mil toneladas. Ao Paraná serão destinados recursos para oferta de 50 mil toneladas em PEP. Após reclamações dos produtores, a Bahia também será contemplada com o leilão de 80 mil toneladas. Ao Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rondônia e Tocantins serão ofertados 10 mil toneladas em cada Estado.

O destaque ontem ficou por conta das estimativas de produtividade dessa safrinha de milho. Segundo o Imea, esta safrinha no MT deverá produzir 8,5 milhões de toneladas, ante uma expectativa anterior de 6,3 milhões de toneladas. Já no Paraná, segundo o Deral, devido à estiagem no início do plantio da safrinha e às chuvas nessa fase de colheita, a produtividade será menor e a estimativa de colheita realizada pelo Deral aponta para 4,73 milhões de toneladas ante uma expectativa de 6,37 milhões de toneladas.

As cotações futuras do milho devem continuar dentro do canal de consolidação, sem uma tendência definida, já que as notícias dos fundamentos não permitem assumir uma mudança no atual cenário. Se de um lado temos a continuidade dos leilões de PEP auxiliando para o escoamento da produção, por outro, temos a safra recorde no MT exigindo que mais leilões sejam realizados.

Tendência para o dia na BM&F: baixa.
  • Cotações do milho no mercado interno

    Fonte: Agência Estado / Cepea

  • Gráfico do milho BM&F para Novembro/09